

Arnaldo Mendes Norton de Matos (Ponte de Lima, 11 de Fevereiro de 1863 — Lisboa, 17 de Dezembro de 1923) foi um magistrado judicial com uma longa carreira no Ultramar nomeadamente como Procurador da Coroa e Fazenda em Goa. Posteriormente foi professor de Direito, presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e reitor da Universidade de Coimbra (1916-1918).[1] Foi irmão do general José Maria Norton de Matos e cunhado do escritor Eugénio de Castro.
Nasceu a 11 de Fevereiro de 1863, em Ponte de Lima. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra (1886). Fez carreira na magistratura, ingressando no quadro do Ultramar. Foi juiz de Direito de 1.ª Instância em São Tomé (1894), procurador da Coroa e Fazenda junto da Relação de Goa (1895) e, novamente, juiz de Direito no Barlavento, Cabo Verde (1901). Mais tarde, ascendeu a juiz da Relação de Moçambique (1905), tendo sido transferido para a Relação de Nova Goa (1906). Foi nomeado presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, por Decreto de 19 de Julho de 1919. Tomou posse no mesmo dia. Terminou a sua carreira como juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça (1922). Exerceu ainda o cargo de reitor da Universidade de Coimbra (1916-1918). Integrou, como vogal, a secção judicial do Conselho Colonial (1911). Publicou uma colectânea de pareceres jurídicos. Faleceu em Lisboa, a 17 de Dezembro de 1923.
in,http://www.trl.mj.pt/presidentes/presidenteslista.php
Na estrada que liga Ponte de Lima a Braga, dentro de uma quinta murada, surge o bonito Solar do Baganheiro. Mandado construir no Séc. XVII pelo Conêgo Diogo Corrêa, cavaleiro da Ordem de Malta, foi ampliado no Séc. XVIII, conservando-se ainda nos descendentes do fundador. Com jardins, pomares envolventes e uma vida agrícola bastante intensa esta quinta proporciona-lhe uma vista magnifica sobre o vale.
A Casa do Baganheiro, situada na freguesia da Queijada, concelho de Ponte de Lima, chamou-se inicialmente "Casa de Cima da Vila do Couto da Queijada", remontando a sua construção aos meados do Séc. XVII, tendo sido seus primeiros proprietários, o casal José Corrêa e D. Maria Borges de Abreu e Lima. Aquele curioso nome da casa, liga-se certamente e, em primeiro lugar, à implantação em relação à Vila de Ponte de Lima; em segundo, pôr as suas terras, fazerem parte duma Comenda da Ordem da Ordem de Malta, legada a José Corrêa, por seu tio, o Cónego Diogo Corrêa, da Sé de Lamego e oriundo dos Corrêas da Casa do Landeiro, em Nine.
Só nos finais do Séc. XVIII é que surgiu a designação de Casa do Baganheiro, talvez pelo facto de na propriedade se cultivar muito linho, cuja semente tinha a designação regional de "Baganho". Com uma designação ou outra, a casa esteve desde a sua fundação na posse dos ascendentes dos actuais proprietários; em meados do Séc. passado terá atingido o máximo da sua área agrícola, quando a sua única proprietária, D. Joaquina Corrêa Martins de Carvalho casou com o Dr. Manuel de Matos Prègo e Sousa, Senhor da Casa do Bárrio, em Moreira por sua vez abastado proprietário. Juntaram-se assim duas casas agrícolas; e deste casamento, houve apenas uma única herdeira, D. Emília Corrêa de Matos Prègo e Sousa, que veio a casar com outro grande proprietário. Tomaz Mendes Norton, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Senhor de Refoios. Deste casal surgiram 11 filhos e dessa forma, as suas propriedades foram muito divididas.
Ficou a Casa do Baganheiro, para o filho primogénito, o Dr. Arnaldo Mendes Norton de Matos Prègo, do concelho de sua Magestade. Do seu casamento com D. Maria Luiza de Castro Freire de Vasconcelos e Almeida, surgiram 6 filhos tendo a casa ficado em co-propriedade vários anos, administrada pelo primogénito o Dr. Arnaldo de Castro e Almeida Mendes Norton de Matos. Por consenso entre os proprietários e com a ideia de evitar a divisão, a casa, que não as propriedades agrícolas, ficou para o único irmão sem descendência, o Dr. Luís de Castro e Almeida Norton de Matos, diplomata e escritor, que tomou o compromisso de fazer testamento, a favor do neto mais velho Varão, do seu irmão primogénito, o acima referido (Dr. Arnaldo C. e A. M. Norton de Matos), disposição que foi rigorosamente cumprida e consumada, na pessoa de Luís da Costa Cabral Norton de Matos, tendo seu pai como usufrutuário.
in, Forum, geneall
1863 |
February 11, 1863
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Ponte de Lima, Viana do Castelo, Portugal
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February 11, 1863
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Ponte de Lima, Viana do Castelo District, Reino de Portugal
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1896
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October 1, 1897
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1897
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December 17, 1923
Age 60
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Lisboa, Lisboa, Portugal
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