

Orlando foi batizado em 15 de junho de 1914 em Santa Cruz do Rio Pardo. Link do Batismo 741 :https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939X-QJBC-7?i=130&wc=M5NT-GPD%3A371869601%2C371869602%2C372022501&cc=2177299
Os irmãos sertanistas Villas Boas eram tios do cartunista Cláuco e seus irmãos.
Informado por Jackson
Orlando Villas-Bôas (Santa Cruz do Rio Pardo, 12 de janeiro de 1914 — São Paulo, 12 de dezembro de 2002) foi um sertanista brasileiro.[2] Algumas pessoas dentre a qual Orlando Villas-Bôas dependeu de influências para ter feito registro dos índios com visão contrária a visão normal de mundo tem pensamentos e formas de descrever os índios condenada pela ótica dos Irmãos Villas-Bôas, visto porque Von Martius defendia que se tinha que se civilizar os índios e deixá-los satisfeitos e sadios, enquanto os Villas-Bôas defendia que os índios tinham que estarem abandonados, isolados, nunca serem domesticados e que não se deve civilizar os índios e também porque Claude Lévi-Strauss descreve os índios de acordo com a ótica do "Bom selvagem", e esse conceito de "Bom selvagem" são os índios totalmente submissos, os índios revoltosos são classificados pelo conceito como "Mau selvagens", o que faz desse conceito ser condenado pelos irmãos Villas-Bôas
Era o mais velho e último dos irmãos Villas-Bôas - Cláudio, Leonardo e Álvaro. Com Cláudio e Leonardo, Orlando fez o reconhecimento de numerosos acidentes geográficos do Brasil central. Em suas andanças, os irmãos abriram mais de 1.500 quilômetros de picadas na mata virgem, onde surgiram vilas e cidades.[5] Foi indicado duas vezes para o Prêmio Nobel da Paz, com Cláudio, em 1971 e, em 1976, pelo resgate das tribos xinguanas.[5]
Os irmãos lideraram a Expedição Roncador-Xingu, iniciada em 1943 e que depois de 24 anos deixou em seu rastro mais de 40 novas cidades, 19 campos de pouso e o Parque Nacional do Xingu, criado por lei em 1961, com a ajuda de Darcy Ribeiro. Na expedição, Orlando, Cláudio, Leonardo e Álvaro mapearam a região onde visitaram, conseguindo permissão tátita para instalar as bases da Fundação Brasil Central. Cuidadosos, eles souberam agir contra ideias militaristas ou contra a ação de especuladores.[5]
Contrário a ocupação de terras que eram considerados pelo Governo do Brasil da época como "Terra de ninguém", era super ambientalista radical e era contra a presença de pessoas na área do Cerrado inóspito, Orlando destacava que 400 anos depois do Descobrimento e Colonização do Brasil, os índios do Xingu estavam e continuavam totalmente isolados e sem ver a presença de pessoas.
Orlando e seus irmãos ajudaram a consolidar o Parque Indígena do Xingu com o apoio do marechal Rondon(este pensava diferente dos irmãos Villas-Bôas, de Darcy Ribeiro e do sanitarista Noel Nutels.[5] Orlando chegou, em 1961, a administrar o Parque, onde hoje vivem cerca de cinco mil e quinhentos índios de catorze etnias diferentes, todos isolados e sob tutela do governo, porém na época em que Orlando Villas-Bôas viveu não era comum se enxergar ou estimar muitos grupos etnias diferentes em um grupo de índios.
Publicou catorze livros. Algumas das aventuras da expedição Roncador-Xingu foram contadas em "A marcha para o Oeste", escrito com Cláudio. Já no fim da vida, Orlando começou a escrever uma autobiografia lançada após seu falecimento.
Foi demitido da Funai, órgão que ajudou a criar, em fevereiro de 2000 pelo seu então presidente, Carlos Marés de Souza. A demissão causou revolta da opinião pública e retratação formal do presidente Fernando Henrique Cardoso.[6]
Morreu aos 88 anos, em 2002, no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, por falência múltipla dos órgãos.
Orlando Villas-Bôas recebeu diversas homenagens em razão do trabalho desenvolvido, dentre elas:
Medalha do Fundador, concedida pela Royal Geographical Society of London, com a aprovação da Rainha da Inglaterra;
Da esquerda para a direita: Willy Brandt (ex-chanceler alemão e Nobel da Paz), Richard von Weizsäcker, presidente da Alemanha, e Orlando Vilas-Boas, em 1984 na Alemanha. As mais altas condecorações brasileiras, como o “Grau Oficial da Ordem do Rio Branco” e "Grão Mestre da Ordem Nacional do Mérito" entre outras; Membro do "The Explorers Club of New York" ; Foi indicado para o "Prêmio Nehru da Paz" e para o "Prêmio Nobel da Paz", por Julian Huxley e Claude Lévi-Strauss. Recebeu, ainda, cinco títulos "Doutor Honoris Causa" de universidades estaduais e federais brasileiras e algumas dezenas de títulos de cidadãos honorários de diferentes cidades brasileiras.
Em 2001 foi homenageado como enredo pela escola de samba Camisa Verde e Branco.
WP
1914 |
January 12, 1914
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Santa Cruz do Rio Pardo, State of São Paulo, Brazil
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2002 |
December 12, 2002
Age 88
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São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
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