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Sefarditas e Cristãos Novos na formação do povo brasileiro

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  • https://www.familysearch.org/tree/person/sources/GDJJ-S3Y
    Isaac Jose Peres (1876 - 1945)
    Podemos afirmar em acordo com Falbel (1984), que duas grandes personalidades dignas de menção emergiram no cenário da vida sefarad [1] em Itacoatiara no início do século XX – Izaac José Perez e David J...
  • Francisco Félix da Fonseca Pereira Pinto (1805 - 1867)
    Francisco Félix da Fonseca Pereira Pinto (Porto Alegre, 21 de setembro de 1805 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1861) foi um militar brasileiro.Filho do brigadeiro Joaquim Félix da Fonseca e de Fran...
  • Fernão Lopes (b. - 1711)
    "Vínculos do Fogo I" do autor Alberto Dines-1992. Arvore LP 7 e LP 8
  • André da Veiga (deceased)
    "Vínculos do Fogo I" do autor Alberto Dines-1992. Arvore LP 7
  • Leonor Álvares de Passos (aft.1560 - 1638)
    “Filha de Pedro Anes, abastado mercador de gados, natural do Bairro de Lestoso, filho de lavradores honrados, moradores na dita Quinta do Bairro de Lestoso, e de sua mulher Ana Gonçalves, natural da ru...

Brasil foi descoberto em pleno período da Inquisição que em nosso país durou mais de três séculos. Os cristãos-novos integraram-se bem à sociedade local: conviviam com cristãos-velhos portugueses e com eles compartilhavam novas experiências, frequentavam igrejas, realizavam negócios e casavam-se entre si.

Na própria expedição de Pedro Álvares Cabral já aparecem alguns judeus, dentre eles, Gaspar Lemos, (seu nome antes da conversão era Elias Lipner),Capitão-mor, que gozava de grande prestígio com o Rei D. Manuel. Podemos imaginar que tamanha alegria regressou Gaspar Lemos a Portugal, levando consigo esta boa nova: – descobria-se um paraíso, uma terra cheia de rios e montanhas, fauna e flora jamais vistos. Teria pensado consigo: não seria ela uma “terra escolhida” para meus irmãos hebreus? Esta imaginação começou a tornar-se realidade quando o judeu Fernando de Noronha, primeiro arrendatário do Brasil, demanda trazer um grande número de mão de obra para explorar seiscentas milhas da costa, construindo e guarnecendo fortalezas na obrigação de pagar uma taxa de arrendamento à coroa portuguesa a partir do terceiro ano. Assim, milhares e milhares de judeus fugindo da chamada “Santa Inquisição” e das perseguições do “Santo Ofício” de Roma, começaram a colonizar este país.

Afinal, os judeus ibéricos, como qualquer outro judeu da diáspora, procuravam um lugar tranqüilo e seguro para ali se estabelecer, trabalhar, e criar sua família dignamente.

De fins do século XVI a meados do século XVII, vários senhores de engenho de origem cristã-nova viviam na Bahia, e era constituída também de cristãos-novos boa parte da chamada açucarocracia pernambucana, formada por senhores de engenho, traficantes de escravos e grandes comerciantes.

Apesar da proibição formal da participação na administração da colônia, também havia muitos cristãos-novos ocupando postos importantes, como cargos políticos nas municipalidades e posições de alto escalão na burocracia e no clero

A vida na Colônia não foi sempre fácil para os cristãos-novos. A presença de um visitador da Inquisição incitou denúncias de heresias,e de delitos em geral contra a fé católica. Os motivos das denúncias podiam ser religiosos ou econômicos, mas, por uma razão ou outra, os cristãos-novos viveram longo tempo sob o signo da desconfiança: seriam criptojudeus (judeus ocultos), mantendo o judaísmo às escondidas por várias gerações, ou haviam se tornado bons cristãos? Muitos eram denunciados apenas porque mantinham certas tradições judaicas, embora nem sequer soubessem a origem desses rituais: só na prisão iriam entender, por exemplo, que seguir o costume familiar de fazer pão ou limpar a casa às sextas-feiras era parte da tradição judaica.

A primeira experiência de liberdade para as práticas judaicas ocorreu entre 1630 e 1654, com a invasão holandesa. Nesse período, muitos judeus holandeses, de origem portuguesa e espanhola, estabeleceram-se em Pernambuco, tendo se destacado principalmente no comércio de açúcar e escravos, e pela aquisição do direito de arrecadação de impostos, exercendo funções semelhantes às praticadas há séculos na Europa. Motivados pela chegada desses judeus, muitos cristãos-novos vivendo nas redondezas decidiram declarar abertamente o seu judaísmo.

Mas a liberdade para a prática do judaísmo na Colônia só foi garantida na Constituição do Império do Brasil, 12 anos depois da quebra da intolerância religiosa pelo tratado comercial de 1810, assinado entre Portugal e Inglaterra.
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Entre as famílias bandeirantes de
comprovada186 origem judaica, troncos dos paulistas, encontram-se: Camacho, Paiva, Castilho,
Barbosa, Mendes, Bueno, Fernandes, Álvares, Raposo Tavares, Neto, Rebelo, Furtado,
Álvares, Bicudo, Mendonça, Lopes, Grou, Machado, Pedroso, Pires, Silva, Ribeiro,
Quadros, Lopes Fragoso, Álvares Pimentel, Moraes, Rodrigues Salamanca, Lemos, Esteves,
Sousa, Leme, Mota, Jorge, Sanches, Corrêa, Peixoto, Proença, Roldão, Jorge, Costa,
Vaz, Santos, Bezarano, Macedo, Melo Coutinho, Mourato, Amaral, Coutinho, Gonçalves
Varejão, Madeira, Vaz de Barros, Lima, Freitas.
Fonte:

Marcelo Meira Amaral Bogaciovas

http://www.catedra-alberto-benveniste.org/_fich/17/TESE_MARCELO_MEI...