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About António Pais Champalimaud de Matos Moreira Falcão, 2.º conde de Bracial
Palacete Falcão/Casa do 2.º Conde de Bracial Tipologia:Património Civil.
Localização:União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e S. Bartolomeu da Serra, cidade de Santiago do Cacém, Praça Conde de Bracial.
Georreferenciação:38º 00’ 54.72’’N; 8º41’49.13’’W.
Datação:Anterior aoséculo XIX.
Propriedade:Privada (família Portugal da Silveira).
Proteção:O edifício encontra-se dentro da Zona Especial de Proteção do Pelourinho de Santiago do Cacém (Zona Especial de Proteção publicada no Diário do Governo n.º 262 de 07-11-1956).
O edifício encontra-se normalmente fechado ao público.
Resenha Histórica:
Tal como o seu vizinho Palacete Aboim e (Parreira de) Lacerda, também esta casa nobre deve ser mais antiga do que a sua fachada do século XIX.
Infelizmente, não existem publicados ou conhecidos estudos que indiquem a idade do edifício, apenas se sabe que, no início do século XVIII, no Rol dos confessados de 1721, é dado como residindo na Rua Direita (atual Rua Dr. Francisco Beja da Costa, um dos arruamentos para onde este edifício tem fachadas públicas) Manuel Falcão Murzelo (c. 1630-?). O neto deste, João Falcão de Mendonça (1698-1754), iria instituir o morgadio da Quinta de S. João em 1743.
Em meados do século XIX (1842), este palacete era a morada do desembargador Jacinto Falcão Murzelo de Mendonça (1795-1852), 4.º morgado da Quinta de S. João, que deixou o morgadio ao seu sobrinho Jacinto Pais de Matos Moreira Falcão (1803-1890), mais tarde 1.º conde de Bracial.
Sabemos que este último fidalgo residiu em Santiago do Cacém noutro edifício, mas o seu filho António Pais Champalimaud de Matos Moreira Falcão (1845-1900), 2.º conde de Bracial e 1.º visconde de Santiago do Cacém, utilizou esta morada nobre como a sua residência.
Por morte do titular, sem filhos, o palacete e restante fortuna fundiária passaram por herança para o casal José Joaquim de Sande Salema Guerreiro Barradas Champalimaud (1855-1915) e D. Camila Infante Maldonado Passanha (1853-1921), respetivamente primo e cunhada do conde.
Ele era filho de Joaquim Carlos Champalimaud de Nussane Sousa Lira (1821-1858) e de D. Maria Madalena Pais Guerreiro Barradas de Sande Salema (1849-1909), herdeira do vínculo dos Barradas de Grândola e viscondessa de Benalcanfor pelo seu segundo casamento.
Ela, irmã da esposa do conde de Bracial, D. Palmira Infante Maldonado Passanha (1847-1895), era filha de Diogo Francisco Infante de Afonseca Vivião Passanha (1818-?) e de D. Maria José Sérgio Ayres Pinto Maldonado (c. 1820-?). José Joaquim foi o proprietário do primeiro automóvel da marca Rolls-Royce que existiu em Portugal, tendo adaptado a antiga Igreja do Espírito Santo (frente a este palacete), para garagem da viatura.
Com a morte de D. Camila, sem filhos do seu casamento com José Joaquim, o palacete passou por herança para Carlos José Parreira Cabral de Aboim Luzeiro de Reboredo Infante de Lacerda (1893-1968), seu afilhado, permanecendo na posse de seus descendentes.
António Pais Champalimaud de Matos Moreira Falcão, 2.º conde de Bracial's Timeline
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Age 55
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