João Falcão, John Falconet

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João Falcão, John Falconet

Portuguese: Don João Falcão John Falconet
Also Known As: "John Folche", "João Folche", "John Falconet", "João Falconete", "John Folchonete", "João Folchonete"
Birthdate:
Birthplace: England, United Kingdom
Death: Benavente Municipality, Santarém District, Portugal
Immediate Family:

Son of Simão Folche and Maria de Kerch
Husband of Catarina de Estranberg and Maria da Silva
Father of Isabel Folche

Managed by: Jorge Arez da Silva
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Immediate Family

About João Falcão, John Falconet

Duas são as opiniões que há entre os Genealógicos sobre a origem e princípio desta família; uns a principiarão em Mossèm João Falconete Cavaleiro Inglês que veio a este Reino no tempo do Sr. D. Fernando no Socorro dos Ingleses, como diz a Europa Portuguesa pág. 223 N74, e tornara a vir segunda vez com a Rainha D. Felipa mulher do Sr. Rei D. João I com quem casara a 2 de fevereiro de 1386 como se ve na Crônica do dito Rei págs. 236 e 246, que se estabeleceu neste Reino, e casara com D. Catarina de Abreu filha de Gonçallo Annes de Abreu Sr. de Castelo de Vide, e outras terras, e sua mulher; outros dizem que o dito Gonçallo Annes de Abreu fora o que casara com Madama Isabel filha de d° Mossèm João Falconete, deduzindo uns e outros o Apelido de Falcão deste João Falconete, por se Aportuguesar o Falconete, em Falcão; consistindo a dúvida, em uns lhe darem a varonia de Falcões, outros a de Abreus.

Parece-nos em primeiro lugar que houve equivocação em chamar a Mossèm João Falconete, pois é natural que se chama-se Folchonete por diminutivo de Foche Apelido da sua ilustríssima Família, porque Mossèm João Folchonete, a que chamarão Falconete era filho de Simão Folche Milorde do Parlamento Alto da Inglaterra, e sua mulher Madama Maria de Kerch, neto de Romão Folche, e sua mulher Madama Sabelala, bisneto de João Folche, e Madama Loduvica, terceiro neto de Romão Folche, e Madama Ximena 4º neto de Romão Folche, e d. Maria Annes de Alfaro de que trata o Conde D. Pedro fl. 24 Not. L e João Baptista Lavanha na Plana 73 Not. G todos Milordes no Parlamento Alto da Inglaterra como consta de um Mapa que vimos dos mesmos, e portanto era mais natural, e conforme a rezão, chamar-se ou apelidar-se Folchonete; diz o mesmo Mapa que o dito Mossèm João Folchonete viera para este Reino com sua mulher Madama Catharina de Estranberg por um homizio, e que em atenção a sua qualidade fora neste Reino Governador da Praça de Benavente, e seu Alcaide-Mór tendo sido na Inglaterra Milorde do Parlamento Alto como seus passados.

E que rezão ou motivo se podera considerar para se transtornar e alterar um Apelido tão destinto, e por onde se aparentava com toda a primeira grandeza de Espanha e Portugal, e por onde se podia conhecer em todo o tempo a sua destinação, por um novo que nele principiava, e não dizia respeito a Família alguma, antes escurecia a de quem era descendente? Que rezão poderemos encontrar para que os descendentes de Mossèm Folchonete não usassem do Apelido de Folches, quando os mais estrangeiros destintos que se tem estabelecido neste Reino transmetirão a sua descendencia o seu Apelido, sem uma alteração, mas em toda a sua pureza, e só um caso Remarcavel, como o de Gonçallo Pires Juzarte, que por recobrar a Bandeira Real, dipôs da Batalha de Touro, se vangloriou de tomar o de Bandeira para os seus descendentes, e para si.

Porém não é necessário o que fica dito para mostrar que o Apelido de Falcão não foi por se Aportuguesar o Folchonete, ou Falconete, basta mostrar-mos que este Apelido já era antigo neste Reino, quando a ele veio o d° Mossèm João Folchonete, ou Falconete.

O Pe. D. Flaminio de Sta. Mª Cónego Regrante de Sto. Agostinho no seu Tomo 6 dando em prova um Instrumento que traz no seu Tomo 3 das provas fl. 545 mostra que já no tempo do Sr. D. Pedro havião Falcões neste Reino, pois consta que o dito Rei coutara a Lourenço Annes Falcão de Évora, e sua mulher Mor Gonçlaves, e a seu genro Gonçallo Annes de Abreu, e a Nuno Fernandes todos sobrinhos do Bispo de Évora as suas herdades de Alvarandeo no tr° da dita Cidade, isto narra de 1401, e 1403 que corresponde a era de Cristo de 1363-1365 que o Sr. Rei D. Fernando confirmou, aparece o dito Gonçallo Annes de Abreu na era de Cezar de 1405 que corresponde ao ano de 1367 de Cristo casado com D. Antonia Falcão filha do d°.

João Falcão Fidalgo da Casa Real, e filho de Gonçallos Falcão Sr. de Prª em um Juramento [Foi a Inquirição em que jurou João Falcão feita perante o Corregedor Andre Farinha Corregedor do Civil da cidade de Lisboa, e escrivão Cosme Correa antes do ano de 1547] que deu a respeito desta Família, a reqt° do Dr. Manoel Falcão Fidalgo da Casa Real da Cidade de Braga antes da era de 1547 diz assim: que ele era homem de mais de oitenta anos, e por esta razão sabia que os Falcões erão grande linhagem e muito antiga, o que diria se ele principia-se no dito Mossèm João Folchonete que era seu bisavô segundo uma opinião, e segundo a nossa seu 3º avô, não podendo reputar-se muita antiguidade até o principio que se lhe atribui, que vinha ao muito ser de cento e sessenta anos, que tantos erão do tempo do seu juramento ao que veio para este Reino Mossèm João Folchonete, e abatendo os oitenta anos de idade que disse ter, vinha a distar outros oitenta anos, que ele testemunha não podia ter por muita antiguidade.

Além dos que nos achamos Falcão, cujos pais e avós, assistirão antes da vinda do d° Mossèm João Fochonete a este Reino, e que dele se não dizem descendentes, achamos Jeronimo Falcão Alcaide-Mór de Penela no tempo do Sr. Rei D. Affonso V, que legitimou no ano de 1481, em que este Rei morreu, seus filhos Ayres Falcão e Thereza Falcão que os tinha havido de Brites Annes mulher solteria como consta do Liv. 2º das Legitimações fl. 233; achamos o Brasão que tirou Fernão Falcão, que está no Livro dos Privilégios da Torre do Tombo de 1529 a fl. 2 em que declara ser filho de Izabel Falcão e seu marido Alvaro Fernandes de Brito, e neto de Vicente Annes Falcão tavez Irmão de Lourenço Annes Falcão acima; achamos Mosquete Rodrigues Falcão, pai de Maria Rodrigues Falcão casada com Rodrigo Trancozo de Lira, e outros mais ramos que não numeramos, que se não dizem descenderem do d° Mossèm João Folchonete, o que tudo parece provar com evidência que a Família dos Falcões existia neste Reino muito antes da sua vinda a ele Mossèm João Folchonete; e sem outras linha que se ignorão. Posto isto como certo, a vista do que fica exposto, não há razão para supormos que o Apelido de Falcão vem de se Aportuguesar o Folchonete ou Falconete quando ele já existia; nem que seus descendentes o derivarão desta mudança quando ele lhe vinha sem transtorno algum, como logo diremos pela parte de seu pai, nesta linha de que tratamos.

É a varonia desta Família de Abreus, e não deixa lugar para se seguir o contrario, o Livro da Godiana a fl. 226 onde se diz que o Sr. Rei D. Duarte coutara a quinta de S. Marcos a João Falcão adiante §1 N2 que seu pai o Sr. Rei D. João tinha coutado, a Gonçallo Annes de Abreu, pai do d° João Falcão, que parece diferente do Gonçallo Annes de Abreu a quem o Sr. Rei D. Pedro tinha coutado as herdades que acima referimos D. Antonio Caetano de Souza no Tomo 12 Liv. 14 fl. 451 tratando do Casamento de D. Branca de Souza com o dito João Falcão diz que ele fora Sr. de Castelo de Vide, da Vila de Monforte, e da de Povoas e Meadas que forão dadas a Gonçallo Annes de Abreu seu pai, que alcançou os Reinados dos Srs. Reis D. Fernando, e D. João I, o que tudo não deixa lugar para hesitar; e no título de Silveiras se dá a d. Leonor de Abreu mulher de Nuno Martins da Silveira igualmente por filha do mesmo Gonçallo Annes de Abreu.

Sendo portanto certo que um Gonçallo Annes de Abreu era genro de Lourenço Annes Falcão, e casado com a filha do mesmo d. Antonia Falcão, a vista dos Instrumentos apontados acima por D. Falminio de Sta. Maria, e que um Gonçallo annes Falcão, fora pai do dito João Falcão, e visto o Mapa dos Milordes de Inglaterra, em que se dá a Mossèm João Folchonete casado com Madama Catharina de Estranberg, é certo que houve um Gonçallo Annes de Abreu filho de Gonçallo Annes de Abreu, e d. Antonio Falcão em que os Genealogicos antigos se confundirão, e que este casara com Madama Izabel filha do d° Mossèm João Folchonete, e sua mulher Madama Catharina de Estranberg.

E não usarem os desta Linha do Apelido de Foche, ou Folchonete, mas de Abreu mostra ser esta a sua varonia, tomando Abreu dela, e o de Falcão de sua avó materna; e ultimamente além de todo o exposto, não é natural que de Folche, se mudasse, e alterasse em Folchonete, ou Falconete tudo no mesmo sujeito, pois nunca a Corrupção de um Apelido acontece com esta brevidade. É a vista de tudo, por que damos principio a estes Falcões do modo seguinte, até que uma melhor instrução nos emende, achando fundamentos para isso, e se possa recolher em um título completo as Linha dispersas, e que não descendem do que pomos por Tronco no § seguinte.

MEIRELLES, A. de A.; AFFONSO, D. de A. Nobiliario de familias de Portugal de Felgueiras Gayo. [Impress%C3%A3o diplomática do original manuscrito, existente na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos]. Tomo XIII. Falcoins. págs. 75-76. Disponível em: <http://purl.pt/12151>

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João Falcão, John Falconet's Timeline

1350
1350
England, United Kingdom
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Benavente Municipality, Santarém District, Portugal