António Garcia de Gamboa

Nasceu por volta de 1555, na vila de Almeida, em Portugal.

Antonio foi Cavaleiro da Ordem de Cristo e teve o foro de Fidalgo.

Foi Comendador das Miulsas de Porto Santo, e dos Dízimos do Pescado das vilas de Machico e Santa Cruz, na Ilha da Madeira.

Antonio teve a propriedade do posto de Sargento-mor da Ilha da Madeira, "que tudo se lhe deu pelos seus serviços, que foram muitos, porque serviu primeiro em Itália, nas Galés, com o Príncipe Doria, onde teve um célebre desafio com um castelhano natural de Belmonte; e por lhe fugir, o buscou por toda a Itália, pondo cartazes e tirando certidões; voltou com elas diante do mesmo Príncipe, que deu sentença contra o castelhano, julgando-o por infame, mandando-o pintar com uma roca na venta, e uma galinha de pintos aos pés; assim se vê estampado na sentença que pára em poder de seus descendentes".

Serviu também na jornada de Pinhão com uma companhia, da qual foi também Capitão em Tânger.

Passou ao Cabo Verde com o posto de Sargento-mor, e depois teve o mesmo em Setúbal.

Acompanhou o Rei Dom Sebastião em sua última jornada à África com o mesmo posto de Sargento-mor, e capitão de uma companhia do Terço, da qual era Coronel Vasco da Silveira, como tudo consta da fé de ofícios, e certidão de seus serviços.

Depois de resgatado, passou a esta Ilha da Madeira onde faleceu, e jaz sepultado na Igreja Colegiada de Santa Maria do Calhau, aos pés do altar de Santa Bárbara.

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