Antônio José de Melo e Sousa

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Antônio José de Melo e Sousa

Birthdate:
Birthplace: Engenho Capió, Nísia Floresta, State of Rio Grande do Norte, Brazil
Death: July 05, 1955 (87)
Recife, State of Pernambuco, Brazil
Immediate Family:

Son of Antônio José de Melo e Sousa and Maria Emília Seabra de Melo e Sousa

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Last Updated:

About Antônio José de Melo e Sousa

Antônio José de Melo e Sousa Filho nasceu no engenho Capió em Papari, hoje Nísia Floresta (RN), no dia 24 de dezembro de 1867, filho de Antônio José de Melo e Sousa e de Maria Emília Seabra de Melo e Sousa. Recebeu o diploma de bacharel na Faculdade de Direito do Recife em 1889. Em seguida foi nomeado promotor de justiça na comarca de Goianinha (RN), e aí permaneceu de 1890 a 1892. Foi candidato derrotado ao Congresso Constituinte estadual de 1891 na chapa organizada por Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, líder do Partido Republicano do Rio Grande do Norte. Ao lado de Pedro Velho, passou então a trabalhar pela deposição do governador eleito Miguel Joaquim de Almeida Castro. Após a derrubada de Miguel Castro em 28 de novembro de 1891, foi eleito deputado ao Congresso Constituinte estadual de 1892, que elegeu Pedro Velho governador do estado (1892-1896). Entre 1892 e 1895 ocupou o cargo de diretor geral de Instrução Pública. Em 1895 tornou-se procurador da República no Rio Grande do Norte, mantendo o posto no governo de Joaquim Ferreira Chaves (1896-1900). Em 1899 foi nomeado secretário de Governo, passando em 1900 a procurador geral, com assento no Superior Tribunal de Justiça. Em 23 de fevereiro de 1907, foi eleito governador em substituição a Manuel Moreira Dias, que por sua vez, como vice-governador, substituía o titular Augusto Tavares de Lira, cujo quadriênio acabava em 25 de março de 1908. Nesse período foi promulgada nova Constituição para o estado, em que se ampliava o mandato do governador de quatro para seis anos. Após passar o governo para Alberto Maranhão (1908-1914), foi eleito senador pelo Rio Grande do Norte na legenda do Partido Republicano, ocupando a vaga deixada pelo senador Pedro Velho, falecido em 1907. Foi reeleito em 1915 e participou das comissões de Saúde Pública, de Estatística e Colonização, de Instrução Pública e de Redação de Leis. Em 1920 renunciou ao Senado para eleger-se governador do Rio Grande do Norte com o apoio de Joaquim Ferreira Chaves (1914-1920), que havia desmontado todo o aparato que permitira aos “pedrovelhistas” dominar a cena política do estado. Por sua vez, Ferreira Chaves elegeu-se senador em seu lugar. Seu governo concentrou-se nas áreas da educação e saúde pública. Na área da educação, construiu 54 escolas primárias, cuidando de espalhá-las por todo o território do Rio Grande do Norte. Criou uma Escola Normal Primária na cidade de Mossoró para melhorar a qualidade dos professores. Construiu o primeiro grupo escolar do estado. Criou também na capital uma Escola Profissional, organizou a Escola de Farmácia, primeiro estabelecimento de ensino superior no estado, e criou uma Escola Elementar de Agricultura e Agronomia. Segundo Itamar de Souza, multiplicou por cinco as matrículas no ensino primário e por seis a frequência. Na área da saúde, reformou os serviços de Higiene e Saúde Pública. Criou o Serviço de Profilaxia das Moléstias Venéreas e o Serviço de Profilaxia Rural. Instalou em Natal um laboratório destinado a análises hospitalares, ao preparo de soros, vacinas e substâncias injetáveis. Dotou a Repartição de Higiene e Saúde Pública de um necrotério aparelhado para fazer autópsias. Construiu também um Posto Antiofídico. Passou ainda a destinar cinco por cento de toda a renda ordinária do estado para a construção de obras contra os efeitos da seca, a chamada “Caixa das Secas”. Em 1923 tentou fazer de Elói Castriciano de Sousa seu sucessor, mas sua indicação foi preterida em favor de Joaquim Ferreira Chaves, que apresentou pela terceira vez sua candidatura ao governo. A iniciativa foi barrada, porém, pela chamada “facção do Seridó”, que, reorganizada pelos deputados federais Juvenal Lamartine de Faria e José Augusto Bezerra de Medeiros, e apoiada pelo presidente da República Artur Bernardes, destituiu Ferreira Chaves da chefia do partido, indicando José Augusto para governador. Após passar o governo José Augusto em 1º de janeiro de 1924, foi nomeado consultor jurídico do estado, cargo no qual se aposentaria em 1935. Após a Revolução de 1930 foi secretário geral do estado na interventoria de Herculino Cascardo, ocupando o governo na renúncia deste em 12 de janeiro de 1932 e assumindo ainda a administração do estado de 5 de fevereiro de 1932 a 11 de junho de 1932, at é a chegada do interventor Bertino Dutra da Silva. Foi também secretário geral do estado na interventoria de Mário Leopoldo Pereira da Câmara, de 1933 a 1935, cobrindo diversas interinidades. Além de político, Antônio de Sousa foi escritor, jornalista e intelectual. Publicou diversos romances e contos sob o pseudônimo de Policarpo Feitosa, e várias de suas obras, como Flor do sertão (1928),

 Gizinha  (1930)  e  Alma  bravia  (1934)  foram  reconhecidas  pela  crítica  de  seu  tempo.  Pelo  menos  um  de  seus  contos,  Um  depósito  de  coisa  fungível, mereceu,  depois  de  sua  morte,  divulgação  nacional  numa  coletânea  da  editora  Civilização  Brasileira  que  reunia  textos  escolhidos  de  autores  brasileiros.  Publicou  ainda  Sertaneja (1899); Apontamentos e documentos (1902); Explicações elementares sobre a Constituição Política  do  Rio  Grande  do  Norte  (1909);  Encontros  do  caminho  (1936);  Os  moluscos   (1938); Jornal  de  vila  (1939);  Gente  arrancada  (1941)  e  Dois  Recifes  (1945).  Foi  publicado como obra póstuma Quase romance... quase memória (1969).   Como  jornalista,  foi  durante  longo  tempo  colaborador  do  jornal  A  República,  onde  manteve, inclusive, uma coluna em francês chamada “Minuderies”. Foi também redator de A  República  de  1891  até  1894,  no  período  crucial  para  a  consolidação  no  poder  do  grupo  organizado em torno de Pedro Velho, do qual o periódico servia de porta-voz. Retornou ao posto  de  redator  de  A  República  de  1899  até  o  ano  de  1907,  quando,  entre  outras  colaborações, dedicou-se a uma intensa polêmica a respeito da “educação da mulher” sob o pseudônimo  de  Policarpo  Feitosa,  contra  as  opiniões  manifestadas  então  no  Diário  de   Natal. Foi  ainda  fundador  e  redator  da  Revista  do  Rio  Grande  do  Norte,  dedicada  à  literatura, órgão do Grêmio Polimático entre 1898 e 1900.  Como  intelectual,  foi  um  dos  fundadores  do  Grêmio  Polimático  em  1897,  associação  literária da qual foi presidente. O grêmio reuniu  então  intelectuais  como  Augusto  Tavares  de  Lira,  Auta  de  Sousa  e  Henrique  Castriciano.  Como  diretor  de  Instrução  Pública,  em  1892, foi o responsável pela reativação da Biblioteca do Ateneu, colégio público de Natal, e mais tarde pela sua elevação à condição de Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Norte.  Foi  ainda  o  descobridor  do  violonista  Henrique  Brito  e  o  grande  responsável  pela  divulgação e pelo reconhecimento público da poetisa Auta de Sousa. No caso de Henrique Brito,  quando  era  governador  do  estado  reconheceu  o  talento  do  violonista  e  destinou-lhe   uma bolsa de estudos para que aprimorasse seus conhecimentos musicais no Rio de Janeiro.  Nessa  cidade,  Henrique  Brito  viria  a  se  tornar  parceiro  de  Braguinha,  Noel  Rosa  e  Almirante, e um dos fundadores do Bando dos Tangarás. No caso de Auta de Sousa, foi o seu  primeiro  editor,  publicando  o  livro   Horto pela  gráfica  do  jornal  A  República,  e chancelando-o por meio da indicação de editoria da Biblioteca do Grêmio Polimático. Foi também o primeiro crítico de Auta de Sousa, exaltando seu merecimento literário por meio das  páginas  de  A  República.  Finalmente,  foi  sócio-fundador  do  Instituto  Histórico  e  Geográfico do Rio Grande do Norte e também criador da revista do Instituto.   Faleceu em Recife em 6 de julho de 1955.  Não se casou. 

Fonte: Fundação Getúlio Vargas

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Antônio José de Melo e Sousa's Timeline

1867
December 24, 1867
Engenho Capió, Nísia Floresta, State of Rio Grande do Norte, Brazil
1955
July 5, 1955
Age 87
Recife, State of Pernambuco, Brazil