António Bernardo da Costa Cabral, 2.º Conde de Tomar

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Palacete de Santa Sofia, Oeiras, Lisboa, Portugal

A Quinta de Santa Sofia, antiga propriedade dos Condes de Tomar, é um património arquitectónico único existente na freguesia da Cruz Quebrada, sendo um dos poucos restantes de elevada importância histórica e arquitectónica e que está em risco de desaparecer.

O Palacete de Santa Sofia (1896) é de autoria do Arquitecto José Luíz Monteiro detentor de obra notável na região de Lisboa sendo autor de obras como a Estação do Rossio em Lisboa (1886) e o Chalet Biester em Sintra (1890) entre outras de referência arquitectónica. O Arquitecto José Luíz Monteiro, conhecido como Mestre Monteiro, esteve fortemente associado a uma tipologia construtiva da época - o Chalet.

Com mestria e baseado numa escolha estilística particular, o Arquitecto José Luíz Monteiro projectou o Palacete de Santa Sofia tornando-o numa obra única caracterizada pelo estilo neo-árabe com frisos de azulejo sobre as janelas e varandas, diversos elementos em ferro forjado e cúpulas mouriscas.

Por outro lado, os magníficos jardins da Quinta de Santa Sofia representam uma reprodução da cerca do Convento de Cristo (Tomar), que também foi propriedade dos Condes de Tomar, e complementam a beleza do Palacete em harmonia, realçando a sua arquitectura singular

Enquadramento e nota histórica sobre o Palacete de Santa Sofia.

O Palacete de Santa Sofia está localizado junto à ponte sobre o rio Jamor de construção Filipina (1608), na periferia da zona urbana da Cruz Quebrada, sendo que uma parte dos terrenos do palacete e o palacete propriamente dito estão dentro do perímetro de protecção desta ponte, bem como dentro da zona de protecção do Estádio Nacional (restrições construtivas).

O Palacete de Santa Sofia, que foi em tempos conhecido como o “Palácio Moderno”, foi implantado na Quinta da Bela Vista, que pertenceu ao Conselheiro Bartolomeu dos Mártires Dias e Sousa, pai de Sofia Dias e Sousa, que casou com o 2º Conde de Tomar - António Bernardo da Costa Cabral. Por morte do sogro, o 2º Conde de Tomar herdou esta propriedade (bem como outros imóveis de relevo, de que se destaca o Palácio dos Condes de Tomar onde funciona hoje a Hemeroteca de Lisboa).

Foi o 2º Conde de Tomar que mandou construir o actual Palacete de Santa Sofia.

Enquanto aguardava a sua construção, instalou-se numa casa da Calçada do Salão, hoje Calçada Conde de Tomar, na Cruz Quebrada.

Nessa época, a Cruz Quebrada era um local de vilegiatura famoso, onde famílias fidalgas e da nobreza, bem como burgueses endinheirados vinham “a banhos”.

O Conde de Tomar tinha também casas que arrendava aos banhistas (entre os quais, Pinheiro Chagas), designadamente na Rua Fresca. Essa rua, hoje desaparecida, bordejava o Jamor e havia várias casas de veraneio onde hoje se situa a “raquete” do antigo terminal do eléctrico.

Foi na época do 2º Conde de Tomar que a belíssima réplica de parte da cerca do Convento de Tomar, que ainda hoje existe nos jardins do palacete, foi mandada construir por sua ordem.

A cerca do Convento de Tomar (Cerca ou Quinta dos Sete Montes) foi propriedade do 1º Conde de Tomar e dos seus herdeiros (entre eles, o 2º Conde de Tomar) durante quase um século, depois de ter sido adquirida por António Bernardo da Costa Cabral, Ministro do Reino e 1º Conde de Tomar, em 1837.

Esta aquisição verificou-se no seguimento da extinção das ordens religiosas e da anexação dos bens da Ordem de Cristo à Coroa e da sua posterior venda.

A "cerca" mandada construir pelo 2º Conde de Tomar nos jardins do Palacete de Santa Sofia evoca assim a ligação histórica da sua família à cerca do Convento de Tomar.

O Palacete de Santa Sofia passou depois para a família Costa Macedo por casamento de duas filhas do 2º Conde de Tomar, primeiro da sua filha Maria Dias e Sousa da Costa Cabral com António Maria da Costa Macedo em 1898 e, na sequência da morte desta, por casamento deste com a irmã gémea da sua anterior esposa, Luísa Dias e Sousa da Costa Cabral, em 1919.

Do primeiro casamento de António da Costa Macedo nasceram 7 filhos, que deram origem aos actuais proprietários do palacete, já que do 2º casamento não houve descendência.

Duas das filhas de António da Costa Macedo doaram importante documentação do 2º Conde de Tomar e do Conselheiro Bartolomeu dos Mártires Dias e Sousa à Torre do Tombo, onde pode ser consultada.

AA.VV. e Texto tirado dos "Amigos do Jamor"