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About D.Alberto Allen Álvares Pereira de Sequeira Bramão
Nasceu em 7 de Novembro de 1865, com o nome completo de Alberto Allen Pereira de Sequeira Bramão. Seus pais foram Jaime Henriques Álvares Pereira de Sequeira Bramão e Delfina Emília Allen.
Começou a colaborar na imprensa nas páginas do Monitor, jornal que sucedeu ao Monitor de Bouças, onde publicava também o seu particular amigo Raul Brandão. Esta situação pode ser observada “no prefácio-carta a Alberto Bramão, Raul Brandão evoca a Foz do Douro da sua infância e da sua adolescência e comenta: «Foi das nossas discussões sobre Arte que estes contos nasceram...». [%C3%81lvaro Manuel Machado, Raul Brandão entre o romantismo e o modernismo, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, Ministério da Educação, Lisboa, 1984, p. 53]
A sua ligação ao jornalismo é muito estreita e extensa, conforme veremos na listagem dos jornais e revistas onde colaborou, a consultar na parte final desta nota biográfica.
Entra na política pela aproximação que fez a Marçal Pacheco, deputado e mais tarde par do reino, que foi co-proprietário do jornal O Repórter. Por essa via estabeleceu relações de amizade com algumas personalidades políticas de relevo no Partido Regenerador, tornando-se depois secretário particular de Hintze Ribeiro.
Foi eleito deputado em 1901 pelo círculo eleitoral nº123, de Ponta do Sol; em 1902-1904, pelo círculo eleitoral nº1, de Viana de Castelo, voltando a ser eleito pelo mesmo círculo em 1904. Integrou diversas comissões de Redacção no Parlamento. Com Carlos Malheiro Dias e José Maria de Oliveira Simões apresentou uma proposta de defesa dos interesses do concelho de Monção. [cf. Luís Bigotte Chorão, Dicionário Biográfico Parlamentar 1834-1910, vol. 1 (A-C), coord. Maria Filomena Mónica, col. Parlamento, Imprensa de Ciências Sociais/Assembleia da República, Lisboa, 2004, p. 437-438]
Homem de ideias e ideais.
Com efeito enquanto desempenhava importante papel como Deputado Regenerador ou secretário de Hintze Ribeiro na presidência de ministérios (foi o primeiro a sugerir e levar perante a Assembleia uma proposta de Lei defendendo a possibilidade do divórcio), D. Alberto Bramão escreveu várias e muito interessantes obras memorialistas, livros de impressões e recolhas de crónicas onde revela um espírito notável e uma presença crítica surpreendente para um poeta algo idealista.
De extrema importância para a biografia de algumas das maiores figuras da nossa literatura, jornalismo e política são as crónicas e escritos memorialistas do autor que traçam um quadro notável de uma das épocas mais conturbadas da nossa história no que a essas três vertentes concerne e que demonstram a própria importância do autor na sua época e a relevância do seu papel.
Dedicou-se também à poesia tendo publicado inúmeros poemas por diversas publicações. No final da década de 80 do século XIX, a sua poesia aproximou-se da corrente decadentista, conforme se pode constatar no soneto “Delírio” (1886), onde revela um sadismo vampírico. Mas, a sua matriz literária aproxima-o, em termos literários, do neo-romantismo, sendo mesmo considerado “um dos poetas que melhor ilustram a continuidade de linhas temáticas e estilísticas do romantismo epigonal português” [Dicion%C3%A1rio Cronológico de Autores Portugueses, vol. II, Coord. Eugénio Lisboa, Publicações Europa-América, Mem Martins, 1990, p. 490].
Em 1895, Alberto Bramão publica uma colectânea de poemas intitulada Fantasias, onde essas influências neo-românticas são claras. Exalta a mulher, na sua beleza perfeita, pura e quase divina, não apenas o amor por consumar.
Em 1906 foi um dos fundadores da Sociedade de Propaganda de Portugal, organização a que viria a presidir anos mais tarde. Foi também esta instituição que organizou em Lisboa, em 1911, o I Congresso Internacional de Turismo.
Foi também membro da Associação de Jornalistas de Lisboa.
Foi casado com a escritora D.Adelaide Bramão , que também assinava Baronesa X.
Fotografia da colecção particular de Ana I. de Sacadura Botte Lobato de Mello Bramão Ramos e filhos.
Bibliografia
1886
Um beijo: Poemeto - Porto: Casa Editora - A. Reis, 1886
1896
A rir e a sério: o cantagallo (historia veridica de seus feitos): theatros e touros: verdades e paradoxos - Lisboa: Liv. António Maria Pereira, 1896
1898
Illusöes perdidas - Lisboa: Livraria de António Maria Pereira, 1898 Nota: segundo a lista de obras do autor patente no volume Faúlhas dum Lume Vivo, esta livro térá sido traduzido em francês e italiano.
1899
O jornalismo - Lisboa: [s.n.], 1899
1901
A Nossa Alliança: conferencia realisada na sede da Associação dos Jornalistas de Lisboa - Lisboa: [s.n.], 1901
1908
Casamento e divórcio - Lisboa: Liv. Central de Gomes de Carvalho, 1908
191? [nota - esta data, para este livro é um dado da BN, investigadores afirmam que a primeira edição desta obra é, de facto a de 1924]
Sentenças máximas e reflexões / D. Alberto Bramão .- [S.l.]: [191-] (Lisboa : : A Americana)
1922
O meu breviario - [S.l.: s.n.], 1922
1924
Sentenças, maximas e reflexöes - Lisboa: A Americana, 1924
1928
Crepusculos.- Lisboa: [s.n.], 1928 (Lisboa : O Sport )
1935
O julgamento do amor: auto em verso - Lisboa: Liv. Central, 1935
1936
Recordaçöes do jornalismo, da política, da literatura e do mundanismo - [S.l.: s.n.], 1936 (Porto : : Imprensa Portuguesa)
1936
Hotéis e água: I congressso nacional de turismo: IV secção - [S.l.: s.n.], 1936 (Lisboa : : Soc. Nac. de Tipografia)
1945
Últimas recordações, Livro póstumo - [S.l.: s.n.], 1945 (Lisboa : : Emp. Nac. de Publicidade) Nota este livro terá sido organizado pela viúva do autor D. Adelaide Bramão)
1945
Faulhas dum lume vivo: livro póstumo - Lisboa: [s.n.], 1945 (volume organizado pela viúva do autor, D. Adelaide Bramão)
D.Alberto Allen Álvares Pereira de Sequeira Bramão's Timeline
1865 |
November 7, 1865
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1944 |
1944
Age 78
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