Francisco Soares de Alarcão, Reitor da Universidade de Évora

Francisco Soares (Torres Vedras, 1605 - Juromenha, 19 de janeiro de 1659), foi um religioso da Companhia de Jesus, filósofo e teólogo português. É também referido como “Francisco Soares Lusitano”, ou simplesmente "Soares Lusitano", para distingui-lo do contemporâneo espanhol de Granada, Francisco Suárez, também membro da Companhia de Jesus, filósofo e jurista.

Biografia

Era filho de D. João Soares de Alarcão, Alcaide-mor de Torres Vedras durante a Dinastia Filipina (1580-1640).

Em 1619 ingressou na Companhia de Jesus. Fez os seus estudos em Coimbra. Graduado, leccionou naquela instituição Humanidades, Teologia e Filosofia.

Foi Doutor e Reitor da Universidade de Évora.

No contexto da Guerra da Restauração da Independência Portuguesa (1640-1668), devido às suas ligações familiares, chegou a ser detido em duas ocasiões, apesar de ter demonstrado a sua fidelidade a João IV de Portugal (1640-1654), quando ainda em 1640 pronunciou um discurso pela “feliz aclamação de D. João IV”.

Já como Reitor provou uma vez mais a sua adesão à causa da Restauração, tendo acompanhado os seus alunos no Batalhão Académico daquela instituição, guarnecendo a Praça-forte de Juromenha. Marcharam, em conjunto com as forças portuguesas, para libertar Elvas das tropas espanholas, tendo saído vitoriosos na batalha das Linhas de Elvas (14 de janeiro de 1659).

De regresso à Juromenha veio a falecer com os seus alunos devido a uma explosão acidental de um paiol de pólvora. Jamais se apurou a causa da explosão, se um foguete, lançado na euforia das celebrações, ou mesmo traição.

Obra

Foi conhecedor das teorias de Copérnico, Kepler, Galileu, apoiou as descobertas de Harvey e tornou conhecida em Portugal a obra de Descartes.

Publicou algumas obras, com destaque para o “Cursus Philisophicus in quattuor tomos”

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