Gabriela Antonina Mata Machado

Conhecida como tia "Inhá" pelos Matta Machado, era chamada de "Mãe-outra" pelos Rabelo Mourão. Isto porque todos chamavam de mamãe Amélia a avó Amélia Senhorinha. Dona Gabriela também trabalhou na Fábrica de Fiação e Tecidos Santa Bárbara como guardiã das moças tecelãs. Criou também o sobrinho Moacir da Mata Machado.

Fontes Fonte Memórias Compilado e Publicado por Fernando da Mata Machado Dados

   Texto da Fonte: Era mignom e graciosa e teve muitos pretendentes. Primeiro seu tio materno Augusto Caldeira, ao qual desenganou, dizendo-lhe: 'Tio é para se tomar benção e respeitar.' Depois, apareceu um certo tenento do exército e disse ao avô: 'Seu João da Matta, eu resolvi mudar de estado e sua filha me convém.' Ao que o papai Matta respondeu-lhe "na bucha": 'A minha filha lhe convém, mas o senhor não me convém 

Fonte A Saga dos Mourão (Edição do Autor ) Dados

   Texto da Fonte: É certo que falava francês, tocava piano e fazia poesias e quadrinhas como esta, quando recebeu carta dizendo da chegada de seu filho Gabriel: "Esta folha de papel, que tão boas novas traz, Ora, viva Gabriel, Que cabeça de rapaz!" A vida do casal era boa e sofisticada. Com a morte prematura do marido, passaram consideráveis dificuldades. 

Fonte Minha Vida de Menina Dados

   Texto da Fonte: Terça-feira, 10 de dezembro [de 1895] Quando vovó se mudou para a Rua Direita, eu me acostumei a passar as tardes na casa de Dona Gabriela. Como Catãozinho e Ramalho moram lá, passo as noites na prosa com eles, todo a família sentada na pedreira da rua. Clélia, Edésia e Nícia demoram ali pouco tempo e entram para dentro para estudar. Catãozinho e os outros me dizem: "Não precisa estudar não; fica aí. Nós te levamos às nove horas." Voltando ao exame. Na prova escrita Clélia me deu o borrão dela e eu copiei. na oral, nos quinze minutos que temos, Clélia me levou para o canto do outro salão e disse: "Helena, preste atenção, pelo amor de Deus, estes quinze minutos, que você faz um exame bom." Explicou-me os teoremas com tanta clareza, que da segunda vez eu repeti para ela muito bem. Fiu para a pedra. Catãozinho me conhecendo muito bem e sabendo que eu me fio só na memória disse: "Você quer que eu lhe faça perguntas ou quer expor o ponto?" Respondi que preferia expor e expus, um atrás do outro, os três teoremas, sem ele dizer uma palavra. Acabada a exposição ele virou para os outros examinadores e disse: "Eu estou satisfeito. Vocês querem fazer alguma pergunta?" Eles responderam que não. À noite, na casa de Dona Gabriela, Catãozinho me disse: "Olhe, eu não lhe dei distinção porque você é muito vadia durante o ano. Mas não pude deixar de lhe dar plenamenteI. Está satisfeita?" Que é que eu havia de responder?