Gonçalo Cão, O Navegador

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Gonçalo Cão, O Navegador

Birthdate:
Death:
Immediate Family:

Son of Pedro Lopes do Cano, Dr. and Catarina Dias Cão
Husband of Inês Pinto and Francisca da Nóbrega
Father of Maria Cão; Domingas Pinto Ribeiro; D. Inês Pinto and Anacleto Cão
Brother of João Cão, Dr. and Isabel Pires Cão

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About Gonçalo Cão, O Navegador

NFP - Caens §10 N4


Ou o Navegador. Tem precisamente a mesma 1.ª mulher e filha.

Proprietário dos ofícios de tabelião do público e judicial de Seia, assim como escrivão das sisas do Casal e Seixo do Ervedal.

Raízes da Beira de Eduardo Osório Gonçalves, Dislivro, 2006, vol. II, pág. 559 (Titº Pintos de Lagares, § 1º, nº 3)

Ainda assim podendo as datas estar erradas, deixo aqui dois pequenos extractos sobre Diogo Cão:

Diogo Cão é uma figura um pouco misteriosa porque a respeito dele pode-se dizer que se sabe muito e que não se sabe nada. Quem era Diogo Cão? Não restam dúvidas quanto à sua origem: não era nobre, era plebeu. E tudo indica que pertencia a uma família natural de Vila Real de Trás-os-Montes. Ninguém sabe no entanto o nome do pai, o nome da mãe, o dia em que nasceu e onde. O único nome que se pode considerar como certo e seguro é o nome de seu avô Gonçalo Cão.

http://zevinganez.blogspot.pt/2008/04/navegadores-portugueses-sculo...

Seis dias depois 14.IV.1484, foi-lhe passado carta de enobrecimento, em que se atende não só os seus serviços, mas também aos de seu avô, Gonçalo Cão, no tempo de D. João I, nas lutas contra Castela, e aos de seu pai, Álvaro Fernandes Cão no reinado de D. Afonso V.

Feito nobre de cota das armas, “....os quais ele e os que dele descendem, por linha direita de legítimo matrimónio gerados, queremos e havemos por bem que tragam, pode usar as armas a que se referem na rub de Cão...” Em português moderno o documento que notabiliza o valoroso navegador:

«Dom João II …A quantos esta nossa carta virem fazemos saber que considerando nós como os virtuosos nosso Senhor para sempre outorga glória, e que assim em semelhança e imitação os bons Reis e príncipes, pois na terra, de sua mão não têm seu lugar e principado, devem dar honra aos que por virtude e serviços merecem, por onde os outros se chamem a bem fazer: Portanto, havendo nós respeito como Diogo Cão, Cavaleiro de nossa Casa, é dela merecedor assim pelos serviços que Gonçalo Cão, seu avó fez a El-Rei dom João…Dada na nossa vila de Santarém aos 14 dias do mês de Abril. Nicolau Eannes a dez, 1484»

http://afmata-tropicalia.blogspot.pt/2010/01/1-viagem-de-exploracao... ———————————————————————————————————————————————————

A primeira referência conhecida sobre Diogo Cão deve-se a um estrangeiro: trata-se do relato da Voyage D’Eustache Delafosse sur la côte de guinée, au Portugal & en Espagne (1479-1481). Na descrição do apresamento de um navio castelhano na costa da Mina, em 1480, Diogo Cão desempenhava na altura as funções de Capitão de um dos quatro navios portugueses.

É consensual que em torno da sua figura subsistem duas grandes questões por esclarecer. A primeira diz respeito ao número de viagens que efectuou, e a segunda acerca das circunstâncias e local da sua morte.

Em nossa opinião a questão relacionada com as suas viagens é mais complexa do que até aqui tem sido apresentada. E não passa só por saber se Diogo Cão efectuou duas ou três viagens, como capitão de navio, pois seria improvável ver alguém chegar a tal posição, mesmo naquela época, sem antes disso ser um navegador experiente.

E uma grande experiência de mar não se obtém em duas ou três viagens. Por isso acreditamos que Diogo Cão, antes de ser nomeado capitão de navio, muito terá navegado. O facto de não existirem referências a viagens nesse período não deve ser encarado como ausência das mesmas. É que a partir do momento em que as actividades e as viagens entraram na rotina, deixaram de constituir novidade. Por isso menos razões haveria para que fossem descritas.

Quanto às viagens comprovadas, foi Damião Peres quem estabeleceu a cronologia geralmente seguida. A primeira destas viagens terá tido início no verão de 1482, passando a expedição por S. Jorge da Mina, dirigindo-se depois ao cabo de Santa Catarina.

No decurso desta viagem terá sido descoberto o rio do Padrão (actual rio Congo), onde foi erguido o primeiro padrão de pedra. Mais a sul, no cabo do Lobo, até onde prosseguiu a expedição, foi colocado o padrão de Santo Agostinho. Os navios terão então regressado a Portugal, em Abril de 1484. Nessa altura Diogo Cão foi distinguido por D. João II, pelos serviços prestados.

A segunda viagem iniciou-se, muito provavelmente, nos finais de 1485. O objectivo seria continuar a exploração da costa africana para além do cabo do Lobo. Desta feita são fixados padrões no cabo Negro e no cabo do Padrão (actual cape Cross, na Namíbia).

Não existem grandes indicações quanto ao período de regresso desta segunda expedição a Portugal. Nem tão-pouco quanto à data em que a exploração do rio Congo foi levada a cabo. No entanto não restam dúvidas, face às provas existentes nas rochas de Ielala, de que o navegador e os seus homens estiveram nesse local.

As dificuldades de precisão na cronologia destas duas viagens motivaram o aparecimento de uma outra tese, segundo a qual o navegador teria feito três (e não duas) viagens de exploração ao longo da costa ocidental africana, como pretende Carmen Radulet.

A célebre legenda (... et hic moritur) da carta de Henricus Martellus, de c. 1490, foi interpretada por vários autores como querendo dizer que provavelmente Diogo Cão teria morrido quando os seus navios se encontravam na zona da Serra Parda (Cross Point), em 1486; mas outros aceitaram a leitura proposta por Américo da Costa Ramalho, segundo a qual a frase quereria dizer que aí acabava a serra.

O conhecimento de um mapa do cartógrafo veneziano Pietro Coppo, datado de 1520, veio resolver a questão: aí está escrito “reversus est in regno”, aludindo agora sem dúvida ao navegador, que assim volveu ao reino mas do qual nunca mais houve notícia. Ficou porém a memória da sua participação neste período de explorações, em que se nota claramente o interesse em encontrar o extremo sul do continente africano, que o mesmo é dizer, a passagem para a Índia.

António Gonçalves

Bibliografia: CORDEIRO, Luciano, Diogo Cão, Lisboa, Imprensa Nacional, 1892. GUERREIRO, Inácio, "A Viagem de Bartolomeu Dias e seus Reflexos na Cartografia Europeia Coeva", in A Viagem de Bartolomeu Dias e a Problemática dos Descobrimentos, Actas do Seminário..., Ponta Delgada, Secretaria Regional de Educação e Cultura/Direcção Regional dos Assuntos Culturais, 1989, pp. 133-144. PERES, Damião, Diogo Cão, Lisboa, Agência Geral do Ultramar, 1957. RADULET, Carmen M., As Viagens de Diogo Cão – Um problema ainda em aberto, Lisboa, 1988. Voyage D’Eustache Delafosse sur la côte de Guinée, au Portugal & en Espagne (1479-1481), Paris, Editions Chandeigne, 1992.

http://cvc.instituto-camoes.pt/navegaport/d15.html

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