Guilherme José Moreira, 1º barão de Juruá

Guilherme José Moreira, primeiro e único barão de Juruá (Salvador, 25 de junho de 1835 — Salvador, 23 de setembro de 1899) foi um político brasileiro. Filho dos portugueses Sebastião José Moreira e Maria José Moreira, transferiu-se para o Amazonas em 1854].[1] Negociante em Manaus, fundou, junto com um irmão a firma Moreira & Irmão. Foi vereador eleito de Manaus (1868-1872) e depois presidente da Câmara Municipal (1879).[1]

Foi presidente da província do Amazonas, nomeado por carta imperial de 20 de janeiro de 1878, de 27 de fevereiro a 7 de março de 1878 e de 16 de fevereiro a 11 de março de 1884.

Membro da Guarda Nacional, foi sucessivamente alferes, tenente e capitão no 1º Batalhão de Guardas Nacionais de Manaus, depois coronel comandante.[1]

Agraciado comendador da Imperial Ordem de Cristo em 1880, agraciado barão em 5 de julho de 1889.[1][2]

Fonte: WP
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Coronel da Guarda Nacional. CREAÇÃO DO TITULO : Barão por decreto de 5 de Julho de 1889.

Fonte: Archico Nobiliarchico Brasileiro
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Guilherme José Moreira, futuro barão de Juruá, nasceu em Salvador no ano de 1835, filho de Sebastião José Moreira e de Maria José Moreira. Em junho de 1854 chegou ao Amazonas, onde abriu uma firma comercial ao lado do irmão, coronel Emílio José Moreira. Em maio de 1876, já afastado das atividades comerciais, foi nomeado membro da comissão fiscal da Caixa Econômica da Província do Amazonas. Em 26 de fevereiro de 1878 tomou posse como segundo vice-presidente da província, durante a gestão do presidente Agesilau Pereira da Silva (maio de 1877 - março de 1878). Em abril de 1879 tornou-se presidente da Câmara Municipal de Manaus e em setembro de 1881 tomou posse como coronel comandante superior da Guarda Nacional nas comarcas Manaus e Rio Negro. Em 16 de fevereiro de 1884, já como tenente-coronel do Exército, foi nomeado primeiro vice-governador da província, no governo do presidente José Lustosa da Cunha Paranaguá (março de 1882 - março de 1884). Foi agraciado com o título de barão de Juruá. Após a proclamação da República (15/11/1889), assumiu temporariamente o governo do Amazonas em duas situações. A primeira delas foi em virtude de um arranjo político no ano de 1891. No dia 12 de abril chegou a Manaus a instrução vinda do governo federal para que assumisse o poder o coronel Gregório Taumaturgo de Azevedo. Contudo, Eduardo Gonçalves Ribeiro, governador na ocasião, ofereceu resistência a tal determinação. O governo federal não aceitou a permanência de Eduardo Ribeiro e, no dia 5 de maio de 1891, mandou dar posse a Guilherme José Moreira, enquanto era enviado do Rio de Janeiro um interventor. Vinte dias depois, quando chegou à capital amazonense, o interventor Antônio Gomes Pimentel assumiu o governo. Em 27 de junho de 1891, em seguida à promulgação da Constituição do Estado do Amazonas pelo Congresso Constituinte estadual, Guilherme José Moreira foi eleito vice-governador, enquanto Taumaturgo de Azevedo era eleito governador. Três dias depois assumiu temporariamente o governo, pela segunda vez, a fim de aguardar a chegada de Taumaturgo de Azevedo, que se encontrava fora do estado na ocasião. Organizou então os serviços públicos e a magistratura do estado, e presidiu a sessão solene para a instalação do Superior Tribunal de Justiça de Manaus. No início de julho baixou decretos nomeando os funcionários da secretaria do Superior Tribunal de Justiça e assim também os juízes de direito, juízes municipais e promotores das comarcas do estado. Deixou o cargo com a chegada a Manaus de Taumaturgo de Azevedo, que tomou posse em 1º de setembro de 1891. Faleceu em Salvador no ano de 1899.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas