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About João Batista Ferreira de Sousa Coutinho, Barão de Catas Altas
História das Minas de Ouro e Diamante: O Barão de Catas Altas
João Batista Ferreira de Sousa Coutinho, o Barão de Catas Altas, foi uma das mais excêntricas e pitorescas figuras das Minas Gerais Colonial. Era amigo de Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade, de quem acabou desposando a sobrinha, Clara Sofia de Sousa Coutinho. Considerado o homem mais rico do Brasil, durante o primeiro Império. Dado a excentricidades variadas, recebia seus convidados com uma chuva de ouro em pó, promovia banquetes miraculosos, mandava ferrar cavalos com ferraduras de ouro e tantas outras extravagâncias. Conheça melhor este importante personagem de nossa história através do texto dedicado a ele, extraído da obra Opulência das Minas Geras, publicada em 1924, o qual transcrevo a seguir:
O Barão de Catas Altas. A história deste homem é bastante singular. Ele era sacristão na aldeia de Catas Altas. Tendo herdado uma parte da mina do Gongo Soco e tendo usurpado o resto da propriedade, ficou imensamente rico. À prosperidade e julgando inesgotável a sua mina, prodigalizava o ouro a medida que o extraia da terra. Sua mania era maravilhar a todo mundo por suas riquezas. Em seus banquetes, sua felicidade consistia em quebrar tudo o que de frágil sobre a mesa, a fim de ter a ocasião de ostentar no dia seguinte nova baixela de porcelana e de cristais. Este doido mandou um dia fazer almôndegas de uma espécie nova: eram avelãs extravagantes de ouro mássico que distribuía na sobremesa por seus numerosos convidados. No tempo de sua prosperidade além da casa do Gongo, ele possuía belas residências em Caeté, Ouro Preto, Sabará, Santa Luzia, Brumado. Seus administradores tinham ordem de conservar mesa franca. Faça-se uma idéia das contas que choviam sobre o Barão no fim do ano! Não viajava senão escoltado de uns quarenta papa-jantares e aduladores por quem pagava as despesas. Na ocasião da primeira viajem do Imperador Pedro I a Minas, fez mimo Sua Majestade de uma baixela de ouro mássico. A paixão do gosto não aulfocou nele a das honras. Ele pagou muito ouro para ser feito dignitário do Império. Tendo sido apresentado ao Imperador, este príncipe lhe perguntou seu nome – João Batista Ferreira de Souza Coutinho, respondeu o ricaço – Mais comprido é o nome do que a pessoa, replicou o Imperador, pois o aspirante às riquezas era de estatura muito baixa. Para consolá-lo deste dito D. Pedro o nomeou Barão de Catas Altas. Era um sorvedouro de dinheiro este Catas Altas. O dinheiro que obteve da venda do Gongo foi gasto bem depressa. Teve ainda a felicidade, se assim se pode chamar a facilidade de fazer novas loucuras, de restabelecer sua fortuna, comprando por uma bagatela (três contos) a rica mina de Macaúbas, de onde extraiu muito ouro antes de vendê-la, por preço muito elevado, a uma Companhia Inglesa. Suas repetidas extravagâncias acabaram por arruíná-lo completamente. Morreu de paixão no mês de maio do ano 1839, pobre e devorado, por assim dizer, por seus credores. Seu filho único habita uma herdade perto de Caeté, que lhe fornece apenas com o que subsistir. A historia do Barão de Catas Altas é, pouco mais ou menos, a da mor parte dos proprietários de minas na província de Minas Gerais.
Sobre (nome) (Português)
Foto do Perfil
Casa do Barão de Catas Altas , em Gongo Soco, em foto de 1913, já em pleno processo de deteriorização.
História das Minas de Ouro e Diamante: O Barão de Catas Altas
João Batista Ferreira de Sousa Coutinho, o Barão de Catas Altas, foi uma das mais excêntricas e pitorescas figuras das Minas Gerais Colonial. Era amigo de Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade, de quem acabou desposando a sobrinha, Clara Sofia de Sousa Coutinho. Considerado o homem mais rico do Brasil, durante o primeiro Império. Dado a excentricidades variadas, recebia seus convidados com uma chuva de ouro em pó, promovia banquetes miraculosos, mandava ferrar cavalos com ferraduras de ouro e tantas outras extravagâncias. Conheça melhor este importante personagem de nossa história através do texto dedicado a ele, extraído da obra Opulência das Minas Geras, publicada em 1924, o qual transcrevo a seguir:
O Barão de Catas Altas. A história deste homem é bastante singular. Ele era sacristão na aldeia de Catas Altas. Tendo herdado uma parte da mina do Gongo Soco e tendo usurpado o resto da propriedade, ficou imensamente rico. À prosperidade e julgando inesgotável a sua mina, prodigalizava o ouro a medida que o extraia da terra. Sua mania era maravilhar a todo mundo por suas riquezas. Em seus banquetes, sua felicidade consistia em quebrar tudo o que de frágil sobre a mesa, a fim de ter a ocasião de ostentar no dia seguinte nova baixela de porcelana e de cristais. Este doido mandou um dia fazer almôndegas de uma espécie nova: eram avelãs extravagantes de ouro mássico que distribuía na sobremesa por seus numerosos convidados. No tempo de sua prosperidade além da casa do Gongo, ele possuía belas residências em Caeté, Ouro Preto, Sabará, Santa Luzia, Brumado. Seus administradores tinham ordem de conservar mesa franca. Faça-se uma idéia das contas que choviam sobre o Barão no fim do ano! Não viajava senão escoltado de uns quarenta papa-jantares e aduladores por quem pagava as despesas. Na ocasião da primeira viajem do Imperador Pedro I a Minas, fez mimo Sua Majestade de uma baixela de ouro mássico. A paixão do gosto não aulfocou nele a das honras. Ele pagou muito ouro para ser feito dignitário do Império. Tendo sido apresentado ao Imperador, este príncipe lhe perguntou seu nome – João Batista Ferreira de Souza Coutinho, respondeu o ricaço – Mais comprido é o nome do que a pessoa, replicou o Imperador, pois o aspirante às riquezas era de estatura muito baixa. Para consolá-lo deste dito D. Pedro o nomeou Barão de Catas Altas. Era um sorvedouro de dinheiro este Catas Altas. O dinheiro que obteve da venda do Gongo foi gasto bem depressa. Teve ainda a felicidade, se assim se pode chamar a facilidade de fazer novas loucuras, de restabelecer sua fortuna, comprando por uma bagatela (três contos) a rica mina de Macaúbas, de onde extraiu muito ouro antes de vendê-la, por preço muito elevado, a uma Companhia Inglesa. Suas repetidas extravagâncias acabaram por arruíná-lo completamente. Morreu de paixão no mês de maio do ano 1839, pobre e devorado, por assim dizer, por seus credores. Seu filho único habita uma herdade perto de Caeté, que lhe fornece apenas com o que subsistir. A historia do Barão de Catas Altas é, pouco mais ou menos, a da mor parte dos proprietários de minas na província de Minas Gerais.
João Batista Ferreira de Sousa Coutinho, Barão de Catas Altas's Timeline
1775 |
1775
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Brazil
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1811 |
April 6, 1811
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Freguesia de Santo Antonio, Santa Bárbara, Minas Gerais, Brasil (Brazil)
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1839 |
May 31, 1839
Age 64
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