![](https://www.geni.com/images/external/twitter_bird_small.gif?1663623393)
![](https://www.geni.com/images/facebook_white_small_short.gif?1663623393)
https://en.wikipedia.org/wiki/Miguel_da_Silva
http://www.ipv.pt/millenium/Millenium22/22_6.htm
Dom Miguel da Silva (Évora, c. 1480 - Roma, 5 de Junho de 1556), foi um nobre português do século XVI,embaixador em Roma, Bispo de Viseu (em 1526) e Cardeal da Igreja Católica Romana (em 1539).
Ficou conhecido na historiografia com a antonomásia com que o nomeavam ainda em vida: Cardeal de Viseu.
Era filho do 1.º Conde de Portalegre, figura proeminente da corte de D. Manuel I, e de sua esposa D. Maria de Ayala.
Demonstrando desde cedo dotes intelectuais notáveis, foi destinado por seu pai à carreira eclesiástica; não sendo por certo factor estranho à decisão a grande devoção religiosa da família, que contava com os exemplos dos tios de D. Miguel: Santa Beatriz da Silva e Beato Amadeu da Silva.
Obteve de D. Manuel I uma bolsa de estudos que lhe permitiu rumar a França em 1500 para frequentar os estudos de humanidades e teologia na famigerada Universidade de Paris.
A sua formação como humanista foi moldada por mais de uma década em Paris (de 1500 a 1514), com estadias em Siena e Bolonha.
Proeminente figura da Alta Renascença, foi um celebrado conhecedor de Latim e Grego e mecenas das artes.
Reflectindo a ascensão da sua família na corte em Lisboa, foi nomeado por D. Manuel I embaixador em Roma, rendendo o Doutor João Faria. Revelou-se um agente da completa confiança de D. Manuel I. Continuou no cargo após a morte deste em 1521, embora as relações entre o embaixador e o novo monarca não fossem tão calorosas.
Regressou a Lisboa contrariado e por ordem de D. João III em 1525, após uma ausência de um quarto de século. Recebido com frieza na corte, foi, não obstante, cumulado de mercês devido à influência do seu irmão - o 2.º Conde de Portalegre e Mordomo-mor - e à própria intersecção do papa Clemente VII. Ademais, o Papa fê-lo Bispo de Viseu logo em 1526.
Tendo sido nomeado membro do Conselho Real e escrivão da puridade, a sua importância na corte nunca foi, contudo, notável: quer devido à animosidade do jovem rei D. João III, quer pela manipulação da cúria régia pelo clã dos Alcáçovas Carneiro. Permaneceria em Portugal durante 15 anos até 1540.
O seu desvalimento junto de D. João III resultou de um contínuo acumular de tensões e crispações: o seu papel no terceiro matrimónio de seu pai, em 1518, com Leonor d'Áustria, que estava prometida ao próprio D. João; a intenção de Leão X de fazê-lo cardeal ainda em 1521; a oposição de D. Miguel à causa amada de D. João III, a entrada da Inquisição em Portugal (o que veio a ocorrer em 1531); a recusa do Rei a deixá-lo participar no Concílio de Mantua (convocado em 1537, mas que seria adiado até 1545, altura em que ocorreu em Trento, Alemanha); a recusa de Paulo III em nomear o Infante D. Henrique cardeal, mas concedendo do barrete cardinalício ao próprio D. Miguel em 1539; culminando em 1540 com a recusa do pontífice em reconhecer D. Henrique como administrador do Mosteiro de Alcobaça, após a morte do seu irmão o Infante Cardeal D. Afonso.
Vendo a sua posição deteriorar-se rapidamente, foge para Itália em 1540, escapando por uma questão de horas a uma ordem régia de prisão.
Em Roma recebeu-o calorosamente o Papa Paulo III. O seu cardinalato foi oficializado em 1541 (pois em 1539 tinha sido concedido in pectore).
Enquanto cardeal o seu titulus mudou várias vezes até se estabelecer no de Santa Maria Trastevere em 1553.
Paulo III fá-lo-ia ainda Bispo e administrador da cidade de Massa Marittima, na Toscana, em 1539.
Foi legado papal em Veneza, na Marca de Ancona e em Bolonha. Participou nos conclaves de 1549-1550, de Abril de 1555 e de Maio de 1555.
D. João III nunca lhe perdoou a fuga, tendo-o desnaturalizado e condenado por traição em 1542.
Moveu influências para que D. Miguel fosse extraditado e ultimamente planeou assassiná-lo. Mal-grado a fúria régia, D. Miguel da Silva viveu os últimos 15 anos da sua vida em Roma cumulado de riquezas e mercês.
Faleceu na sua amada Cidade Eterna a 5 de Junho de 1556.
maisa, in, http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_da_Silva_(cardeal)
————————————————————————————————
D. Miguel da Silva passou a Portugal como Escrivão da Puridade e bispo de Viseu, cumulado ainda de cargos e bens eclesiásticos que aplicou em obras arquitectónicas de grande fôlego; e nos seus vastos domínios territoriais, este poderoso senhor, que fora embaixador português junto da Curia romana desde 1515, membro da fervilhante roda social dos Medici e familiar dos papas Leão X e Clemente VII, não abdicou dos mesmos confortos que conhecera na Roma papal, nem da expressiva grandeza das suas obras arquitectónicas.
No remanso da província nortenha onde se recolheu, em Santo Tirso e Viseu, ou na Foz do Douro junto à cidade do Porto, D. Miguel protagonizou vastos empreendimentos de carácter representativo, cuja expressão formal, exibindo a sua condição de grande prelado à italiana, delegou no mestre de Cremona.
A redescoberta crítica da obra de Francesco da Cremona liga-se, assim, à figura de D. Miguel (…) enquanto estudioso de antiguidades e patrono das letras e das artes, muito contribuiu para trazer para o país natal. Sob este desafio máximo, Francesco da Cremona levantará uma série de obras que se caracterizarão pela aplicação de uma proposta estilística então quase desconhecida em Portugal: a renascentista.” ABREU, Susana Matos – A Obra do Arquitecto Italiano Francesco da Cremona (c.1480-c.1550) em Portugal: Novas pistas de investigação. Porto: CEPESE, 2010. pp. 557-558.
https://www.artecapital.net/arq_des-157-helena-osorio-parte-ii-foz-...
1480 |
1480
|
Évora, Évora, Reino de Portugaç
|
|
1556 |
June 5, 1556
Age 76
|
Roma, Roma, Italia (Italy)
|