Pedro Rodrigues Bandeira

Pedro Rodrigues Bandeira, nascido na capital da Bahia em 22 de novembro de 1768. Foi na Bahia abastado negociante, sendo o maior exportador de fumo enfardado e enrolado, aguardente, produtos trazidos dos seus armazéns e alambiques de Cachoeira, enviados para os portos de Portugal, da África e da Índia, grande proprietário de prédios na capital, dono de vários navios que faziam o comércio de navegação para as principais cidades da Europa e da Asia, senhor dos Engenhos de açucar denominados Vitória, Pilar, Subahe, e Mussurunga, nos atuais municipios de Cachoeira e Santo Amaro e de grandes fazendas de criação de gado no sertão. Possuidor de grande fortuna, era reputado um dos homens mais ricos do Brasil-Colônia e nessa qualidade fez diversos empréstimos à Fazenda Real, distribuiu grandes benefícios a todas as Instituiçõoes de caridade existentes naquela época na capital e no interior da Bahia, em muitas das quais ainda hoje se encontra o seu retrato, em tamanho natural, como justa homenagem das nossas Igrejas, notadamente a do Pilar. Foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia da Capital e do Colégio dos Órfãos de São Joaquim. Contribuiu para a fundação de importantes empresas e foi um dos principais acionistas do primeiro Banco criado na Bahia, denominado “Caixa de Descontos”, filial do primitivo “Banco do Brasil”. Exerceu os cargos de Tesoureiro da Fazenda Real, de Diretor da Casa da Moeda. Existe ainda Papel Moeda assinado por Pedro Rodrigues Bandeira. Desempenhou o mandato de Membro do Conselho Geral da Província da Bahia de 1828 a 1834, tendo nesse caráter recusado a assumir o cargo de Presidente da mesma, quando em 28 de fevereiro de 1830 foi assassinado o Presidente Brigadeiro José Egidio Gordilho Barbuda, Primeiro Visconde de Camamú. Foi ainda pela Bahia Deputado às “Côrtes Gerais Extraordinárias e Constituintes de Portugal”, em 1821, Suplente de Deputado à Câmara Geral do Império, na Legislatura de 1826 a 1829 e um dos eleitos para constituir a lista para a composição do Senado do Império. Era Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, (24) e Comendador da Ordem de Cristo. Faleceu na capital da Bahia em 14 de outubro de 1835, (25) estando os seus restos mortais depositados em rica urna de jacarandá na Matriz de Nossa Senhora do Monte do Reconcavo, no atual Município de São Francisco do Conde, na Bahia.

Fonte: https://sites.google.com/site/genealogiadafamiliabandeira/geracao-1