Soeiro da Costa, alcaide-mór de Lagos

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Soeiro da Costa, alcaide-mór de Lagos

Birthdate:
Birthplace: Lagos, Faro, Portugal
Death: 1472 (77-87)
Lagos, Faro, Portugal
Immediate Family:

Son of Soeiro da Costa and NN
Husband of Mécia Simões
Father of Afonso da Costa, alcaide-mor de Lagos
Brother of Mécia da Costa

Managed by: Private User
Last Updated:

About Soeiro da Costa, alcaide-mór de Lagos

Soeiro da Costa (Lagos, Algarve, c. 1390 — idem, 1472), navegador português, foi um dos Doze de Inglaterra.

Não há prova de sua filiação; mas foi, segundo os historiadores, filho ou neto de Afonso Lopes da Costa, que é atestado na cidade de Lagos em 1401, talvez já falecido a esta data. (Soeiro teve um filho Afonso, e descendia de outro Soeiro, na linha de Afonso Lopes, que provinha dos alcaides-mores de Évora, e longinquamente, de certo Gonçalo da Costa, que vivia no século XII.)

Era, assim, de uma pequena nobreza, de fidalguia antiga mas sem títulos. Seus ancestrais foram alcaides-mores de Évora, do século XIII e do século XIV, e depois pequenos proprietários rurais no Algarve.

Soeiro da Costa é um dos heróis semilendários do episódio narrado nos Lusíadas, e conhecido como a saga dos Doze de Inglaterra. A lenda é a seguinte:

Conta-se que, tendo sido doze damas inglesas da melhor nobreza ofendidas em sua honra por doze fidalgos da terra, apelaram aquelas a seu rei, para que designasse campeões que por elas se batessem; mas nenhum campeão que lutasse pelas damas foi encontrado na Inglaterra.

Lembrou-se então o rei que portugueses batiam-se com bravura e destemor, e apelou a cavaleiros de Portugal para que viessem lutar pelas damas ofendidas. Doze cavaleiros lusos enfrentaram então em justas os doze ingleses ofensores, e venceram-nos, assim lavando a honra das damas inglesas. Esses doze cavaleiros ficaram desde então conhecidos como os Doze de Inglaterra.

A base histórica para tal narrativa está, possivelmente, no fato de diversos dentre esses cavaleiros terem, na juventude, peregrinado como cavaleiros andantes pela Europa, lutando em diversos conflitos.

Assim, diz o cronista Gomes Eanes de Zurara (1410-1474) na sua Crónica dos feitos da Guiné, “Ca hera hi Sueiro da Costa, alcaide daquella villa de Lagos, o qual era homem nobre e fidalgo, criado de moço pequeno na camara delrrey dom Eduarte (D. Duarte) e que se acertava de seer em muy grandes fectos; ca elle fora na batalha de Monvedro (Monviedro), com elrrey dom Fernando dAragom contra os de Vallenca, e assy no cerco de Vallaguer (Balaguer), em que fezerom muy grandes cousas, e foe com elrrey Lancaraao (Ladislau), quando barrejou a cidade de Roma; e andou com elrrey Luis de Proenca (de Provença), em toda a sua guerra. E esteve na batalha da Ajancout (Azincourt), que foe hua muy grande e poderosa batalha entre elrrey de Franca e elrrey de Jngraterra. Efora ja na batalha de Vallamont, cabo de Caaes, com o conde estabre de Franca contra oduque dOssestre, e na batalha de Monseguro (Montségur), em que era o conde de Fooes (Foix) e o conde dArminhaque (Armagnac), e na tomada de Samsooes (Soissons) e no decerco de Ras (Rheims?) e assy no decerco de Cepta [Ceuta] Nas quaaes cousas sempre provou, coomo muy vallente homem darmas.”

(Algumas datas, para se precisar a cronologia: em 1411 acontece a batalha entre Luiz de Anjou, rei de Provença e Ladislau de Durazzo, rei de Nápoles; em 27 de fevereiro de 1412 ocorre a batalha de Murviedro; de 1 de agosto de 1413 a 31 de outubro de 1413, o cerco de Balaguer; entre 1412 e 1413, a batalha de Montségur; em 1414, o cerco de Roma; em 25 de outubro de 1415, a batalha de Azincourt; e em 1418-1419, o Conquista de Ceuta.)

Podemos reconstituir a biografia de Soeiro da Costa, em parte sobre conjecturas, em parte sobre o testemunho de crónicas como a de Zurara, e em parte sobre documentos.

Soeiro da Costa terá nascido c. 1390, muito provavelmente em Lagos, tendo sido seu avô (pai?) Afonso Lopes da Costa, que recebeu em 1384, do Mestre de Aviz, o prazo de uma azenha em Tavira e em 1401 se atesta em Lagos.

Em seguida vemos, já com vinte anos ou quase, Soeiro da Costa batendo-se nos principais campos de batalhas de começos do século XV, como o fizeram também Álvaro Vaz de Almada e o “grão Magriço.”

Nos documentos, Soeiro da Costa aparece pela primeira vez em 8 de maio de 1433, quando D. Duarte o nomeia para o cargo de almoxarife de Lagos no Algarve, dizendo-o “seu criado.” Em 18 de maio de 1439 D. Afonso V chama-o alcaide em Lagos no ato em que lhe concede uma tença anual de 200 mil libras. Está como alcaide-mor e almoxarife até 1450, embora seu genro Lançarote da Ilha apareça como almoxarife em 11 de abril de 1443.

Soeiro da Costa renuncia à alcaidaria-mor de Lagos em 1452, e em 5 de fevereiro de 1452, a pedido do infante D. Henrique, D. Afonso V nomeia Afonso da Costa, filho de Soeiro, para o posto de alcaide-mor de Lagos (em 3 de janeiro de 1486 D. João II confirma Afonso da Costa como alcaide-mor de Lagos).

Soeiro da Costa explora a costa da África, e envolve-se em diversos conflitos navais.

O rio Soeiro deve-lhe o nome. Soeiro da Costa morre em 1472; já estava falecido de pouco em 14 de agosto de 1472, pois a partir de janeiro de 1471 ainda recebia, por mercê de D. Afonso V, uma tença de cinco mil reais de prata.

Foi casado com Mécia Simões, ainda viva no tempo de D. João II, filha de Gil Simões que tinha a alcaidaria-mor de Estói, localidade junto a Faro, no Algarve.

Foi seu neto, pelo filho Afonso da Costa, o chanceler da relação de Lisboa e reitor da universidade portuguesa, Dr. Cristóvão da Costa.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Soeiro_da_Costa)

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