Vasco Martins Pimentel

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About Vasco Martins Pimentel

Perfil na Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_Martins_Pimentel

Vasco Martins Pimentel (1220 – Córdova, c. 1283) foi um militar e Cavaleiro medieval do Reino de Portugal. Participou na guerra travada em 1283 pelo rei D. Afonso X de Leão e Castela “o Sábio” contra o seu filho, o futuro rei D. Sancho IV de Leão e Castela. Foi meirinho-mor de todo o Reino de Portugal durante o reinado de D. Afonso III de Portugal. Por razões desconhecidas e pouco depois do inicio do reinado do rei D. Dinis I de Portugal, partiu para o Reino de Castela onde veio a morrer.

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Rico-homem, meirinho-mor do reino. Senhor da honra de Santo Arião de Vizela.

NFP, 1941, Peminteis $ 1 N 1:

D. VASCO MARTINS PEMINTEL f.o de Martim Fz de Novaes (1) q viveo em Riba de Vizella no tempo dos Reys D. Sancho Capello e D. Aff.o 3.o com o qual se achou no Cerco de Sevilha no anno de 1248 e sua m.er D. Sancha Martins f.a de Martim Fz de Riba de Vizella, e sua m.er D. Thereza Soares de q tratamos no tt.o de Novaes $ 1 N 5 foi o pr.o o d.o D. Vasco q se appellidou de Pemintel, e dizem tomara o appellido, ou lho pozerao de ser m.to colerico, e agastado; viveo na freg.a de S. Adriao de Vizella junto ao Rio de Vizella na q.ta q antao chamavao Louroza, e hoje se se chama paço Velho em cuja q.ta fez huas nobres Cazas q se arruinarao e hua Capella; foi contentporaneo do Rey D. Aff.o 3.o, e seu Meirinho Mor porem por alguns agravos q o dito Rey lhe fez se passou a Castella ao servisso do Rey D. Aff.o Sabio levando em sua companhia 250 Cavalheiros no anno de 1283, e morreo na batalha de Cordova. Cazou 1.a vez com D. M.a Antunes, ou Annes f.a de Joao Mz de Fornellos, e sua m.er D. Urraca Fafes

[...]

Cazou 2.a vez D. Vasco Martins Pemintel com D. Maria Glz Portocarreiro f.a de Goncallo Viega Portocarreiro, e D. Sancha Pires; cuja M.a Glz era Irmãa de Goncallo Glz q o Conde D. P.o diz fora Arcebispo de Braga, q hera Sobrinho de D. Joao Viegas Portocarreiro Arcebispo de Braga, q instituio o Morgado de Semelhe (2) e Gondizalve, e outros bens como consta do seu testam.to feito em Valhadolid no anno de 1253 pello q passou a esta linha o d.o Morgado veja-se o tt.o de Cunhas $ 15 N 6 Sub. N 5

[...]

(1) Martim Fz de Novaes viveo no seu Sollar de S. Simão de Novaes perto do Mosteiro de Landim; achou-se na tomada de Cevilha. Conde D. P.o tt.o 35, Pl. 18.

(2) D. João Viegas Portocarreiro Arcebispo de Braga Instituidor do Morgado de Semelhe na era de Cezar de 1253 era f.o de D. Egas Henriques, e sua m.er D. Theresa Glz da Cerveira e neto p.to de D. Henrique Fz chamado o Mago, e sua m.er D. Ouruanna Reymondo de Portocarreiro, f.a de Reymon Gracia Portocarreiro Sr. de Portocarreiro, Villa Real, Villa Nova de Ancos, 2.o neto de D. Fernão Aff.o de Tolledo Fidaigo Cordovez. Foi o Pr.o chamado p.a o Morgado de Semelhe pello d.o Arcebispo seu Sobr.o Gon.lo Glz Arcediago do Couto de Braga f.o de seu Irmão Gon.lo Viegas, e sua m.er Sancha Pires, o qual Arcediago era Irmão de D. M.a Glz Portocarreiro m.er 2.a de D. Vasco Mz Pemintel.

http://roglo.eu/roglo?lang=pt;i=3427271



See http://trees.ancestry.com/tree/25067072/person/12805796622

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ver, Os primórdios do Ius corrigendi em Portugal: Os meirinhos-mores de D. Afonso III»more by José Domingues, in https://www.academia.edu/3099263/_Os_primordios_do_Ius_corrigendi_e...



Vasco Martins Pimentel foi o principal fundador da familia Pimentel.
Aunque fidalgo, provavelmente pertencente a antiga familia de Marnel, era um simple cavaleiro. Sobretudo, segundo a versaõ primitiva do Livro de Linhagems do Conde D. Pedro, era fruto de um adultério entre seu pai, Martim Fernandes dito de Novais, e Sancha Martins de Riba de Vizela, rica-dona, mas infelizmente casada com Gonçalo Rodrigues de Nomais.

Esto “parvenu” (B. Vasconcelos e Sousa, p. 114), com a macula de bastardia, "de hábitos rudes e impetuosos" (p. 121), foi o artesaõ de uma extraordinária ascençaõ social : graças aos cargos régios, o cavaleiro rustico tornou-se uma peça essencial de esta nobreza de serviço que o rei D. Afonso III utilizou para afirmar a autoridade da Coroa, contra a velha nobreza dos ricos-homems. Vasco Martins foi nomeado meirinho-mor do Reino, um cargo estratégico para a afirmação da jurisdição real sobre a justiça senhorial. Seu poder, em nome da Coroa, permitiu a Vasco Martins de promover seu próprio "processo de senhorializaçaõ" (p. 191).

Primeiro elemento d’este processo, Vasco Martins foi um pai abastante prolifico, com um numero importante de filhos sobreviventes : onze, entre os seus dois casamentos sucessivos. Enquanto, em França, o mais importante para um pequeno cavaleiro provincial era o casamento do seu filho primogénito, o resto dos filhos sendo mais uma carga que uma vantagem, a situação em Portugal era completamente diferente: até o final da Idade media, a regra sucessoral era igualitaria, sem vantagem particular para o primogénito, nem para os filhos sobre as filhas. De um ponto de visto sucessoral, a linhagem paterna e a materna estavam iguales. Entaõ, todos os filhos, com a condição de fazer bom casamentos, poderiam aumentar o património da família, e seu poder social.

A estratégia familiar de Vasco Martins permitiu a aquisição do que faltava mais a este quase self made man: terras e senhorios, da parte de esta antiga nobreza provincial sobre a qual Vasco Martins exercia o poder real. Foi assim que Vasco Martins conseguiu casar uma filha com o poderoso Gonçalo o liberal, Conde Pereira, e um filho com a herdeira da família dos Resendes, da media nobreza rural, mais com um importante património fundiário. Tanto que, por volta de 1300, um considerável património familiar se tinha acumulado, em indivisaõ completa entre os descendentes, já muito numerosos, de Vasco Martins Pimentel, os do primeiro casamento como os do segundo (sobre estos casamentos, v. as noticias sobre as mulheres de Vasco Martins). A divisaõ do património foi conflituosa, e uma intervenção da Coroa foi necessária. Mas a base do poder familiar tinha sida colocada. Na geração seguinte, três dos quatros filhos de Afonso Vasques Pimentel fueron casados com três membros da família de Morais, como veremos.

Bernardo VASCONCELOS e SOUSA, Os Pimenteis. Percursos de uma linhagem da nobreza medieval portuguesa (séculos XIII-XIV), Lisboa, Imprensa nacional, Casa da Moeda, 2000.
V. tambem Gaio, t. 22, "Peminteis", §1, n°1, p. 137 sq.