Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado

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Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado

Portuguese: Capitão-mor Amador Bueno da Ribeira o Aclamado
Birthdate:
Birthplace: Sao Paulo, São Paulo, Brazil
Death: circa 1646 (61-79)
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
Place of Burial: Brazil
Immediate Family:

Son of Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Sevilhano and Maria Pires
Husband of Bernarda Luís Camacho and Margarida Mendonça
Father of Maria Bueno da Ribeira; Amador Bueno, o Moço; Marianna Bueno da Ribeira; Diogo Bueno; Catarina da Ribeira and 4 others
Brother of Francisco Bueno; Jerônimo Bueno; Maria Bueno da Ribeira; Bartolomeu Bueno de Ribeira, o Moço - 1° Anhanguera; Mécia de Ribeira and 1 other

Occupation: Capitão mor, Bandeirante, capitão mór e ouvidor da capitania, Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de São Vicente
Managed by: Private User
Last Updated:

About Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado

Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado (* São Paulo, São Paulo c. 1575 + c. 1646)

Pai: Bartolomeu Bueno de Ribeira * c. 1555 Mãe: Maria Pires

Casamento: Bernarda Luís Camacho

Filhos:

  • Catarina da Ribeira casada com António Preto e António Ribeiro de Morais
  • Amador Bueno, o Moço casado com Margarida de Mendonça
  • António Bueno casado com Maria do Amaral
  • Isabel da Ribeira casada com Domingos da Silva Guimarães
  • Maria Bueno de Ribeira casada com João Mateus Rendon
  • Ana de Ribeira casada com Francisco Rendon Quevedo
  • Diogo Bueno casado com Maria de Oliveira
  • Bartolomeu Bueno
  • Mariana Bueno casada com Sebastião Preto Moreira
  • Francisco Bueno Luís casado com N

(extraído de http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=341453)


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Amador_Bueno

Amador Bueno de Ribeira, dito O Aclamado, (c. 1584 — c. 1649) um paulista que o povo aclamou rei em São Paulo. Eram os mesmos revoltosos de 1641 (no que se conheceu popularmente como Botada dos padres fora, por dirigir-se contra os jesuítas). O mesmo espírito de rebelião se respirava nos dois movimentos ou impulsos populares.

Amador teria nascido por volta do ano de 1584 em São Paulo e morreu após 1649. Tinha pai castelhano, Bartolomeu Bueno, o Sevilhano, porque nascera em Sevilha, por volta de 1555 e morto em São Paulo. Este seu pai, carpinteiro da Ribeira de Sevilha, viera para o Brasil na armada de D. Diego Flores de Valdez. Em 1616 era vereador. Casara por volta de 1590 com Maria Pires, nascida em 1564, filha de Salvador Pires e de Mércia Fernandes, mameluca, também conhecida como Mécia Uçu porque sua mãe descendia do Cacique de Ururaí, Piquirobi, índio de São Vicente e também de Antônio Rodrigues, um dos dois portugueses encontrados por Martim Afonso de Sousa, que não se sabe como vieram parar no litoral paulista.

Amador foi capitão-mor e ouvidor da capitania de São Vicente em 1627. Quando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal em 1640, no ano seguinte Amador foi aclamado rei em São Paulo pelo poderoso partido de influentes e ricos castelhanos, liderados pelos irmãos Rendon de Quevedo, Juan e Francisco Rendón de Quevedo y Luna naturais de Coria, partido ao qual ainda pertenciam D. Francisco de Lemos, da cidade de Orens; D. Gabriel Ponce de León, de Guaira; D. Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai, D. André de Zunega e seu irmão D. Bartolomeu de Contreras y Torales, D. João de Espíndola e Gusmão, da província do Paraguai, e outros que subscreveram o termo de aclamação, a 1º de abril de 1641. Como os espanhóis não queriam ser súditos de D. João IV, que reputavam vassalo rebelde a seu soberano, resolveram provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando talvez anexá-la às colônias espanholas limítrofes. Diz o historiador Afonso Taunay em "Ensaios Paulistas", pág. 631: «Oferecem o trono ao sogro, ele próprio filho de espanhol e homem do maior prol em sua república pela inteligência, a fortuna, o passado de bandeirante, o casamento, os cargos ocupados.»

Amador Bueno recusou a honra, e com a espada desembainhada, deu vivas, como leal vassalo, ao rei de Portugal, em quem se restaurava a monarquia portuguesa depois de sessenta anos de União Ibérica. Ameaçado de desacato, Amador Bueno tinha se refugiado no mosteiro beneditino, pedindo a intervenção do abade e seus monges.

Diz o mesmo historiador: «Desceram à praça fronteira o prelado e sua comunidade, procurado convencer os manifestantes que deviam abandonar o intento que os congregara. (....) Arrependidos do seu desacordo, resolveram os aclamadores aderir ao movimento restaurador do 1º de dezembro de 1640. E assim foi D. João IV solenemente reconhecido soberano dos paulistas a 3 de abril de 1641, num gesto esplêndido de solidariedade lusa, do qual a unidade do Brasil imenso viria valer-se pelo alargamento extraordinário de sua área.» O auto da Câmara foi assinado pelo capitão-mor de São Paulo, João Luís Mafra, Antônio Raposo Tavares, Frei João da Graça, abade do Mosteiro de São bento, Frei Bento da Trindade, Frei Manuel de Santa Maria, frei Francisco dos Santos, Fernão Dias Paes Leme, Antônio Pompeu de Almeida, o vigário padre Manuel Nunes, Lourenço Castanho Taques e outros paulistas.

Por esse ato, Amador Bueno deixou nome ilustre e recebeu carta de el-rei em que lhe agradecia a lealdade. Quase duzentos anos depois, Dom Pedro I fez questão de ressaltar que foi aclamado Imperador pela primeira vez na terra do "fidelíssimo e nunca assaz louvado Amador Bueno de Ribeira".

Muito se escreveu sobre essa dita «Aclamação» de Amador Bueno. Amador era homem riquíssimo e de muito bom senso, que gozou do maior prestígio. Sobre o mito imutável de sua aclamação deve-se ler o que escreveu Alfredo Ellis Jr em O ouro e a Paulistania no Boletim n° 8 da Cadeira de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo-USP. Prudente, quando o partido espanhol o quis ver rei, se refugiou no mosteiro de São Bento e mandou chamar Lourenço Castanho Taques para serenar e despersuadir o povo. Castanho Taques sustentava o partido dos jesuítas e os dois, Castanho Taques e Amador Bueno, apoiavam Salvador Correia de Sá e Benevides, almirante e governador do sul do Brasil.

Do grupo de Amador faziam parte seus genros e amigos espanhóis, D. Francisco Mateus de Rendon, D. João Mateus Rendon (genros); D. Francisco de Lemos e seus dois filhos, D. Gabriel Ponce de Leon, D. Bartolomeu de Torales e seus três filhos, D. André de Zunega, Bartolomeu de Contreras e João Espinola.

Do Livro 13 de sesmarias, consta que em 31 de março de 1627 obtivera carta de data de uma légua de terras nos campos de Juqueri, passada pelo capitão-mor Álvaro Luís do Vale, loco-tenente do donatário.

Foi ainda provedor e contador de Fazenda Nacional da dita capitania por provisão de Diogo Luís de Oliveira, datada na Bahia de 6 de dezembro de 1633, tomando posse em Santos dada por Pedro da Nota Leite, capitão-mor governador da capitania, em abril de 1634.

Casou com Bernarda Luís, filha de Domingos Luís, o Carvoeiro, e de Ana Camacho, os quais em 10 de abril de 1603 haviam fundado a capela de Nossa Senhora da Luz no bairro do Guarepe, nos arredores da vila de São Paulo. Tiveram numerosa descendência, entre elas um filho, bandeirante, também chamado Bartolomeu Bueno como seu avô e seu tio e um filho chamado, para distinguir do pai, Amador Bueno, o Moço, também bandeirante.

Entre seus irmãos os famosos bandeirantes Francisco Bueno e Bartolomeu Bueno, o Moço.


Breve sumário biográfico

Amador Bueno era, pelo lado materno, descendente do cacique Pequerobi, pois nasceu de Maria Pires, filha de Salvador Pires com Mecia Fernandes ou Mecia Ussú. Além dos sangues tupi e português, também tinha o de espanhóis: seu pai, Bartolomeu Bueno, era natural de Sevilha.

Primeiro filho do consórcio, que se realizou em 1571, é possível que tenha nascido em 1572. Na época da aclamação para rei de São Paulo, teria, portanto, cerca de setenta anos.

Exerceu, na Capitania de São Vicente, os mais altos cargos públicos de eleição e nomeação.

Conhecem-se de Amador Bueno os nomes de nove filhos, ligados aos representantes das mais nobres famílias da Península Ibérica. Destacou-se Amador Bueno, o moço, que também exerceu, como seu pai, os mais altos cargos da Capitania.

Amador Bueno foi bisavô de Amador Bueno da Veiga, que comandou os Paulistas na Guerra dos Emboabas. Foi, ademais, tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera".

Faleceu, ao que parece, com oitenta anos presumíveis, entre 31 de outubro de 1646, quando compareceu ao testamento de uma sua filha, e 1 de janeiro de 1650, quando o seu filho Amador Bueno, o moço, foi eleito juiz ordinário da Câmara de São Paulo. Quanto ao local do seu sepultamento, conjectura-se que tenha sido na parte desaparecida do Convento de São Francisco, em que funcionou a Faculdade de Direito de São Paulo.

As principais sesmarias de Amador Bueno localizavam-se à margem direita do rio Tietê, provavelmente, a começar no atual bairro da Casa Verde, onde ficaria sua sede. Na cidade, sua moradia parece ter sido na Rua Direita, lado ímpar, em frente à atual (N.E.: em 1941) Casa Alemã, mais ou menos.



Seu pai era espanhol, Bartolomeu Bueno, dito O Sevilhano porque nascera em Sevilha, por volta de 1555 e que morreu em São Paulo, por volta de 1620. Seu pai, carpinteiro da Ribeira de Sevilha, viera para o Brasil na armada de D. Diego Flores de Valdez. Em 1616 era vereador. Casou por volta de 1584 com Maria Pires, a mãe de Amador, nascida em 1564, filha de Salvador Pires, português do Porto, e de Mércia Fernandes, também conhecida como Mécia Uçu. Mércia Fernandes era filha de António Fernandes, português, e de Antónia Rodrigues, mameluca, descendente do Cacique Piquerobi de Ururaí) e de António Rodrigues, um dos dois portugueses encontrados por Martim Afonso de Sousa, que não se sabe como vieram parar no litoral paulista. Tinha, assim, ancestralidade castelhana, o resto portuguesa, e 1/16 de ancestralidade indígena. Primeiro filho do consórcio, que se realizou em 1571, é possível que tenha nascido em 1572. Na época da aclamação para rei de São Paulo, teria, portanto, cerca de setenta anos. Amador foi capitão-mor e ouvidor da capitania de São Vicente em 1627. Quando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal em 1640, no ano seguinte Amador foi aclamado rei em São Paulo pelo poderoso partido de influentes e ricos castelhanos, liderados pelos irmãos Rendon de Quevedo, Juan e Francisco Rendón de Quevedo y Luna naturais de Coria, partido ao qual ainda pertenciam D. Francisco de Lemos, da cidade de Orens; D. Gabriel Ponce de León, de Guaira; D. Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai, D. André de Zunega e seu irmão D. Bartolomeu de Contreras y Torales, D. João de Espíndola e Gusmão, da província do Paraguai, e outros que subscreveram o termo de aclamação, a 1º de abril de 1641. Contrariando o golpe de estado do 1 de Dezembro de 1640, no Reino de Portugal, os espanhóis não queriam ser súditos de D. João IV, que reputavam vassalo rebelde a seu soberano, resolveram provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando talvez anexá-la às colônias espanholas limítrofes.[6] Diz o historiador Afonso Taunay em "Ensaios Paulistas", pág. 631: «Oferecem o trono ao sogro, ele próprio filho de espanhol e homem do maior prol em sua república pela inteligência, a fortuna, o passado de bandeirante, o casamento, os cargos ocupados.» No entanto, Amador Bueno recusou a honra e, com a espada desembainhada, pelo contrário, deu vivas ao rei de Portugal, assumindo-se como seu leal vassalo, depois de sessenta anos de União Ibérica, aliando-se à restauração da monarquia portuguesa. Ameaçado de desacato, Amador Bueno, tinha-se refugiado no mosteiro beneditino pedindo a intervenção do abade e seus monges. Diz o mesmo historiador: «Desceram à praça fronteira o prelado e sua comunidade, procurado convencer os manifestantes que deviam abandonar o intento que os congregara. (....) Arrependidos do seu desacordo, resolveram os aclamadores aderir ao movimento restaurador do 1º de Dezembro de 1640. E assim foi D. João IV solenemente reconhecido soberano dos paulistas a 3 de abril de 1641, num gesto esplêndido de solidariedade lusa, do qual a unidade do Brasil imenso viria valer-se pelo alargamento extraordinário de sua área.»

O auto da Câmara foi assinado pelo capitão-mor de São Paulo, João Luís Mafra, Antônio Raposo Tavares, Frei João da Graça, abade do Mosteiro de São bento, Frei Bento da Trindade, Frei Manuel de Santa Maria, frei Francisco dos Santos, Fernão Dias Paes Leme, Antônio Pompeu de Almeida, o vigário padre Manuel Nunes, Lourenço Castanho Taques e outros paulistas. Por esse ato, Amador Bueno deixou nome ilustre e recebeu carta de el-rei em que lhe agradecia a lealdade. Quase duzentos anos depois, Dom Pedro I fez questão de ressaltar que foi aclamado Imperador pela primeira vez na terra do "fidelíssimo e nunca assaz louvado Amador Bueno de Ribeira". Muito se escreveu sobre essa dita «Aclamação» de Amador Bueno. Amador era homem riquíssimo e de muito bom senso, que gozou do maior prestígio. Sobre o mito imutável de sua aclamação deve-se ler o que escreveu Alfredo Ellis Jr. em O ouro e a Paulistânia no Boletim n° 8 da Cadeira de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Prudente, quando o partido espanhol o quis ver rei, se refugiou no mosteiro de São Bento e mandou chamar Lourenço Castanho Taques para serenar e dissuadir o povo. Castanho Taques sustentava o partido dos jesuítas e os dois, Castanho Taques e Amador Bueno, apoiavam Salvador Correia de Sá e Benevides, almirante e governador do sul do Brasil. Do grupo de Amador faziam parte seus genros e amigos espanhóis, D. Francisco Mateus de Rendon, D. João Mateus Rendon (genros); D. Francisco de Lemos e seus dois filhos, D. Gabriel Ponce de León, D. Bartolomeu de Torales e seus três filhos, D. Andrés de Zuñega, Bartolomeu de Contreras e João Espínola. Do Livro 13 de sesmarias, consta que em 31 de março de 1627 obtivera carta de data de uma légua de terras nos campos de Juqueri, passada pelo capitão-mor Álvaro Luís do Vale, locotenente do donatário. As principais sesmarias de Amador Bueno localizavam-se à margem direita do rio Tietê, provavelmente, a começar no atual bairro da Casa Verde, onde ficaria sua sede. Na cidade, sua moradia parece ter sido na Rua Direita, lado ímpar, em frente à atual (N.E.: em 1941) Casa Alemã, mais ou menos. Foi ainda provedor e contador de Fazenda Nacional da dita capitania por provisão de Diogo Luís de Oliveira, datada na Bahia de 6 de dezembro de 1633, tomando posse em Santos dada por Pedro da Mota Leite, capitão-mor governador da capitania, em abril de 1634. Família Casou com Bernarda Luís, filha de Domingos Luís, o Carvoeiro, e de Ana Camacho, os quais em 10 de abril de 1603 haviam fundado a capela de Nossa Senhora da Luz no bairro do Guarepe, nos arredores da vila de São Paulo. Tiveram numerosa descendência, entre elas um filho, bandeirante, também chamado Bartolomeu Bueno como seu avô e seu tio e um filho chamado, para distinguir do pai, Amador Bueno, o Moço, também bandeirante. Conhecem-se de Amador Bueno os nomes de nove filhos, ligados aos representantes das mais nobres famílias da Península Ibérica. Destacou-se Amador Bueno, o moço, que também exerceu, como seu pai, os mais altos cargos da Capitania. Amador Bueno foi bisavô de Amador Bueno da Veiga, que comandou os Paulistas na Guerra dos Emboabas. Foi, ademais, tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera".

Entre seus irmãos os famosos bandeirantes Francisco Bueno e Bartolomeu Bueno, o Moço. Morte Amador Bueno morreu em data incerta entre 1646 e 1650. Acredita-se que tenha sido sepultado na parte desaparecida do Convento de São Francisco. Faleceu, ao que parece, com oitenta anos presumíveis, entre 31 de outubro de 1646, quando compareceu ao testamento de uma sua filha, e 1 de janeiro de 1650, quando o seu filho Amador Bueno, o moço, foi eleito juiz ordinário da Câmara de São Paulo. Quanto ao local do seu sepultamento, conjectura-se que tenha sido na parte desaparecida do Convento de São Francisco, em que funcionou a Faculdade de Direito de São Paulo. Descendência Amador Bueno foi o bisavô de outra personagem importante da história de São Paulo, Amador Bueno da Veiga, que comandou os paulistas na Guerra dos Emboabas. Foi também tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera". São muitos os brasileiros descendentes de Amador Bueno. Dentre eles estão vultos como Getúlio Vargas , Tancredo Neves , Roberto Marinho , Júlio de Mesquita Filho , Walter Moreira Sales , Vicente de Carvalho , Carlos Drummond de Andrade , Frei Gaspar da Madre de Deus , Pedro Taques de Almeida Paes Leme e Bárbara Heliodora .



Seu pai era espanhol, Bartolomeu Bueno, dito O Sevilhano porque nascera em Sevilha, por volta de 1555 e que morreu em São Paulo. Este seu pai, carpinteiro da Ribeira de Sevilha, viera para o Brasil na armada de D. Diego Flores de Valdez. Em 1616 era vereador. Casara por volta de 1590 com Maria Pires, nascida em 1564, filha de Salvador Pires, português do Porto, e de Mércia Fernandes, também conhecida como Mécia Uçu. Mércia Fernandes era filha de António Fernandes, português, e de Antónia Rodrigues, mameluca, descendente do Cacique Piquerobi de Ururaí) e de António Rodrigues, um dos dois portugueses encontrados por Martim Afonso de Sousa, que não se sabe como vieram parar no litoral paulista. Tinha, assim, ancestralidade castelhana, o resto portuguesa, e 1/16 de ancestralidade indígena.

Amador foi capitão-mor e ouvidor da capitania de São Vicente em 1627.

Quando D. João IV de Bragança assumiu o trono de Portugal em 1640, no ano seguinte Amador foi aclamado rei em São Paulo pelo poderoso partido de influentes e ricos castelhanos, liderados pelos irmãos Rendon de Quevedo, Juan e Francisco Rendón de Quevedo y Luna naturais de Coria, partido ao qual ainda pertenciam D. Francisco de Lemos, da cidade de Orens; D. Gabriel Ponce de León, de Guaira; D. Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai, D. André de Zunega e seu irmão D. Bartolomeu de Contreras y Torales, D. João de Espíndola e Gusmão, da província do Paraguai, e outros que subscreveram o termo de aclamação, a 1º de abril de 1641. Contrariando o golpe de estado do 1 de Dezembro de 1640, no Reino de Portugal, os espanhóis não queriam ser súditos de D. João IV, que reputavam vassalo rebelde a seu soberano, resolveram provocar a secessão da região paulista do resto do Brasil, esperando talvez anexá-la às colônias espanholas limítrofes. Diz o historiador Afonso Taunay em "Ensaios Paulistas", pág. 631: «Oferecem o trono ao sogro, ele próprio filho de espanhol e homem do maior prol em sua república pela inteligência, a fortuna, o passado de bandeirante, o casamento, os cargos ocupados.»

No entanto, Amador Bueno recusou a honra e, com a espada desembainhada, pelo contrário, deu vivas ao rei de Portugal, assumindo-se como seu leal vassalo, depois de sessenta anos de União Ibérica, aliando-se à restauração da monarquia portuguesa. Ameaçado de desacato, Amador Bueno, tinha-se refugiado no mosteiro beneditino pedindo a intervenção do abade e seus monges. Diz o mesmo historiador: «Desceram à praça fronteira o prelado e sua comunidade, procurado convencer os manifestantes que deviam abandonar o intento que os congregara. (....) Arrependidos do seu desacordo, resolveram os aclamadores aderir ao movimento restaurador do 1º de Dezembro de 1640. E assim foi D. João IV solenemente reconhecido soberano dos paulistas a 3 de abril de 1641, num gesto esplêndido de solidariedade lusa, do qual a unidade do Brasil imenso viria valer-se pelo alargamento extraordinário de sua área.»

O auto da Câmara foi assinado pelo capitão-mor de São Paulo, João Luís Mafra, Antônio Raposo Tavares, Frei João da Graça, abade do Mosteiro de São bento, Frei Bento da Trindade, Frei Manuel de Santa Maria, frei Francisco dos Santos, Fernão Dias Paes Leme, Antônio Pompeu de Almeida, o vigário padre Manuel Nunes, Lourenço Castanho Taques e outros paulistas.

Por esse ato, Amador Bueno deixou nome ilustre e recebeu carta de el-rei em que lhe agradecia a lealdade. Quase duzentos anos depois, Dom Pedro I fez questão de ressaltar que foi aclamado Imperador pela primeira vez na terra do "fidelíssimo e nunca assaz louvado Amador Bueno de Ribeira".

Muito se escreveu sobre essa dita «Aclamação» de Amador Bueno. Amador era homem riquíssimo e de muito bom senso, que gozou do maior prestígio. Sobre o mito imutável de sua aclamação deve-se ler o que escreveu Alfredo Ellis Jr. em O ouro e a Paulistânia no Boletim n° 8 da Cadeira de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Prudente, quando o partido espanhol o quis ver rei, se refugiou no mosteiro de São Bento e mandou chamar Lourenço Castanho Taques para serenar e dissuadir o povo. Castanho Taques sustentava o partido dos jesuítas e os dois, Castanho Taques e Amador Bueno, apoiavam Salvador Correia de Sá e Benevides, almirante e governador do sul do Brasil.

Do grupo de Amador faziam parte seus genros e amigos espanhóis, D. Francisco Mateus de Rendon, D. João Mateus Rendon (genros); D. Francisco de Lemos e seus dois filhos, D. Gabriel Ponce de León, D. Bartolomeu de Torales e seus três filhos, D. Andrés de Zuñega, Bartolomeu de Contreras e João Espínola.

Do Livro 13 de sesmarias, consta que em 31 de março de 1627 obtivera carta de data de uma légua de terras nos campos de Juqueri, passada pelo capitão-mor Álvaro Luís do Vale, locotenente do donatário.

Foi ainda provedor e contador de Fazenda Nacional da dita capitania por provisão de Diogo Luís de Oliveira, datada na Bahia de 6 de dezembro de 1633, tomando posse em Santos dada por Pedro da Mota Leite, capitão-mor governador da capitania, em abril de 1634.

Família: Casou com Bernarda Luís, filha de Domingos Luís, o Carvoeiro, e de Ana Camacho, os quais em 10 de abril de 1603 haviam fundado a capela de Nossa Senhora da Luz no bairro do Guarepe, nos arredores da vila de São Paulo. Tiveram numerosa descendência, entre elas um filho, bandeirante, também chamado Bartolomeu Bueno como seu avô e seu tio e um filho chamado, para distinguir do pai, Amador Bueno, o Moço, também bandeirante.

Entre seus irmãos os famosos bandeirantes Francisco Bueno e Bartolomeu Bueno, o Moço. Morte[editar | editar código-fonte] Amador Bueno morreu em data incerta entre 1646 e 1650. Acredita-se que tenha sido sepultado na parte desaparecida do Convento de São Francisco2 .

Descendência[editar | editar código-fonte] Amador Bueno foi o bisavô de outra personagem importante da história de São Paulo, Amador Bueno da Veiga, que comandou os paulistas na Guerra dos Emboabas. Foi também tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera"3 .

Contam-se hoje aos milhares os descendentes de Amador Bueno. Dentre eles estão vultos como Getúlio Vargas, Tancredo Neves, Roberto Marinho 4 , Júlio de Mesquita Filho, Walter Moreira Sales, Vicente de Carvalho, Carlos Drummond de Andrade 5 6 e Bárbara Heliodora. A respeito dos descendentes de Amador Bueno, o geneticista Sérgio Pena explica por que o número deles é enorme:

Por exemplo, Amador Bueno foi uma grande personagem histórica e o homem que, em 1641, apesar de aclamado pelo povo, não quis ser rei do Brasil. Podemos, então, tentar traçar a descendência de Amador Bueno. Na verdade, acabaremos descobrindo que virtualmente todo mundo no Brasil descende dele, porque o número de descendentes cresce, não em potência de 2, como no caso dos antepassados, mas mais rapidamente ainda, por causa do grande número de filhos que as pessoas tinham no passado. A propósito, sei com confiança que sou parente de Amador Bueno, porque um livro chamado Amador Bueno, o Aclamado, na Família Lagoana, menciona o nome de minha avó paterna, Balbina Drummond Pena, como sua descendente.

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Amador Bueno da Ribeira, o Aclamado's Timeline

1575
1575
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
1610
1610
Sao Paulo, Brazil
1611
1611
Sao Paulo, Brazil
1618
1618
SP, Brasil
1624
1624
São Paulo, SP, Brasil (Brazil)
1646
1646
Age 71
Sao Paulo, São Paulo, Brazil
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Sao Paulo, Brazil
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Sao Paulo, Brazil
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Sao Paulo, Brazil