Emília Dulce Moncorvo de Figueiredo

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Emília Dulce Moncorvo de Figueiredo

Also Known As: "Carmen Dolores"
Birthdate:
Birthplace: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Death: August 16, 1910 (58)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Immediate Family:

Daughter of Carlos Honório de Figueiredo and Emília Dulce Moncorvo
Wife of Jerônimo Emílio Bandeira de Melo
Mother of Cecília Moncorvo Bandeira de Melo; Gustavo Moncorvo Bandeira de Melo; Gastão Bandeira de Melo; Alice Moncorvo Bandeira de Melo and Oscar Moncorvo Bandeira de Melo
Sister of Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo
Half sister of Teresa Cristina Araújo Vianna e Figueiredo; Cândido José de Araújo Vianna e Figueiredo and Joaquim Bernardo de Araújo Vianna e Figueiredo

Managed by: Private User
Last Updated:

About Emília Dulce Moncorvo de Figueiredo

Emília Moncorvo de Figueiredo nasceu em 11 de março de 1852 no Rio de Janeiro. Ao casar-se com o médico Jerônimo Bandeira de Mello, passou a assinar Emília Moncorvo Bandeira de Mello. O escritor Lima Barreto (que não era dado a elogios fáceis) escreveu no seu Diário íntimo, que ela era “uma moça esbelta (...), reservada, vestida sempre com discretas toilettes, que quase nunca é vista nos lugares onde nos pomos à mostra (...). É ela, entre nós, uma das poucas pessoas que possuem um perfeito conhecimento da língua francesa (...). Além desse conhecimento, que é valioso, possui uma ciência perfeita do inglês (...) e há anos se dedica ao estudo da metafísica alemã e dos teólogos da Idade Média”.

        Com tantas qualidades intelectuais, não é de admirar que tenha tido ambições literárias. Amiga de Machado de Assis, procurou para isso o seu apoio, que não obteve. Escreveu a respeito, quando da morte do escritor em 1908: “Há cinco anos talvez, procurei-o na Secretaria de Indústria e Viação, para o consultar sobre o projeto que já se definia em meu espírito de escrever para jornais. Achei-o gentilíssimo, amável, com o macio sorriso de sempre: mas nessa gentileza um pouco negativa, nessa doçura talvez enigmática, senti a falta de apoio intelectual que lhe pedia. E afastei-me, entristecida”
Lançada finalmente por Alcindo Guanabara, colaborou nos periódicos A Tribuna e Étoile do Sud como cronista e contista, usando os pseudônimos de Júlio de Castro, Leonel Sampaio, Mário Villar e Célia Márcia. Em 1905 ganhou uma coluna dominical (A semana) na primeira página de O Paiz (então o principal jornal sul-americano), passando a assiná-la como Carmen Dolores, nome que conservou pelo resto da vida, e que lhe trouxe a fama. Segundo Coelho Neto, outro dos seus admiradores e autor da introdução de Um drama na roça, durante um ano manteve oculta sua verdadeira identidade, provocando grande reboliço no meio literário da capital, pois a autoria dos seus escritos foi atribuída a mais de um autor consagrado.
        Juntamente com Júlia Lopes de Almeida, escrevia em O Paiz. Embora Dona Júlia seja hoje mais conhecida, Carmen Dolores parece ter sido mais admirada pelos seus contemporâneos, pois sua coluna ocupava um dia nobre (domingo), enquanto a de sua companheira e amiga uma simples quarta-feira. Recebeu muitos elogios de intelectuais importantes, como os já citados Coelho Neto (“é hoje, sem contestação, um dos escritores de mais brilho, exímia analista de almas”) e Lima Barreto (“é um raro tipo de autora, entre nós. Bela, não é coquette; ilustrada, não é pedante; gloriosa, não se exibe”) e outros, como Gilberto Amado, que numa crônica (O Paiz, 21.08.1910) elogia a sua “prosa indisciplinada e belicosa”. Mas a definição mais adequada talvez tenha sido feita por ela mesma (O Paiz, 13.01.1907): “quero lembrar uma coisa aos que amavelmente me lêem: é que jamais, desde que abalancei com um atrevimento nunca visto a escrever para o público, jamais me subordinei à opinião de ninguém, nem a convenções estabelecidas, nem a maneirismos femininos ou coisa que o valha. Sou uma independente, que digo o que penso com a mais absoluta indiferença pelo efeito que produzo, usando apenas um objetivo: ser sincera comigo própria.” Pela crueza e atrevimento dos seus escritos, foi freqüentemente atacada por moralistas e antifeministas, principalmente conservadores católicos e positivistas radicais. Sobre isso, escreveu Coelho Neto: “Há cruezas na página? Que culpa tem o espelho da imagem que reflete? Não responsabilizem a escritora, responsabilizem a vida.” Mas, do ponto de vista de hoje em dia, sua posição sobre a condição da mulher é bastante contraditória e paradoxal. Defensora do divórcio e do trabalho feminino, não o foi no entanto em relação ao direito ao voto. Carmen Dolores morreu no Rio, em 16 de agosto de 1910. Teve quatro filhos, entre eles a também escritora Cecília Bandeira de Mello (Mme. Chrysanthéme).

Fonte: http://www.verbo21.com.br/v1/index.php?option=com_content&view=arti...

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Emília Dulce Moncorvo de Figueiredo's Timeline

1852
March 11, 1852
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
1870
1870
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
1879
1879
1886
1886
1910
August 16, 1910
Age 58
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
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