Garcia Mendes de Sousa

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About Garcia Mendes de Sousa

Garcia Mendes de Sousa (1175 – 29 de Abril de 1239) foi um rico-homem do Reino de Portugal tendo apanhado no seu período de vida de 60 anos os reinados de D. Sancho I de Portugal, D. Afonso II de Portugal e de D. Sancho II de Portugal. Foi senhor de Vilar de Maçada. A sua tumba encontra-se no Mosteiro de Alcobaça.

Relações familiares

Foi filho de Mendo de Sousa, “o Sousão” e de D. Maria Rodrigues Veloso. Casou com Elvira Gonçalves de Toronho) (m. 16 de Janeiro de 1245), filha de Gonçalo Pais de Toronho e de Ximena Pais, de quem teve:

D. Gonçalo Garcia de Sousa (1215 -?), casou em 1273, em Santarém com D. Leonor Afonso, (c. 1215 - 1259), filha bastarda do rei D. Afonso III de Portugal.

D. Mem Garcia de Sousa (1200 - 1275) casou com D. Teresa Anes de Lima (c. 1200 - 1275) filha de João Fernandes de Lima "o Bom" e de D. Maria Pais Ribeira, "a Ribeirinha",

D. João Garcia de Sousa, “O Pinto”, senhor de Alegrete (1220 -?) casou com Urraca Fernandes de Lumiares, filha de Fernão Pires de Lumiares e de D. Urraca Vasques de Bragança

D. Fernão Garcia de Sousa,

D. Pedro Garcia de Sousa,

D. Maria Garcia de Sousa,

D. Sancho Garcia de Sousa

Bibliografia

José Augusto de Sotto Mayor Pizarro, Linhagens Medievais Portuguesas - 3 vols, Universidade Moderna, 1ª Edição, Porto, 1999. vol. 1-pg. 216.

Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. X-pg. 322 (Sousas).

D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946, Tomo XII-P-pg. 147

https://www.wikiwand.com/pt/Garcia_Mendes_de_Sousa



Garcia Mendes II de Sousa, O de Eixo (1175 – 27 de fevereiro de 1239) foi um rico-homem do Reino de Portugal tendo apanhado no seu período de vida de 60 anos os reinados de D. Sancho I de Portugal, D. Afonso II de Portugal e de D. Sancho II de Portugal.

Foi senhor de Vilar de Maçada, e ainda um trovador português da fase inicial da poesia medieval ibérica. A sua tumba encontra-se no Mosteiro de Alcobaça.

Í Primeiros anos[:

Garcia era filho secundogénito de Mendo de Sousa, “o Sousão” e de D. Maria Rodrigues Veloso, da linhagem galega dos Trava, nasceu por volta de 1175.

Aparece pela primeira vez documentado na corte de D. Sancho I, assinando documentos até 1211[1].

Por esta altura, estaria já casado com D. Elvira Gonçalves de Toronho, de uma linhagem do sul da Galiza.

Manteve desta forma laços trovadorescos, já que o sogro, Gonçalo Pais de Toronho, era provavelmente primo segundo do trovador Fernão Pais de Tamalhancos; e, segundo os Nobiliários, a tia de Elvira, Maria Pais, foi a dama por quem terá morrido de amores o trovador Pero Rodrigues da Palmeira.

Sousa por nascimento, Garcia herdou dos seus pais uma porção de terra na região do rio Vouga, onde se incluía a localidade de Eixo, onde o seu paço estaria situado e do qual teria herdado o seu cognome, e também outros bens no Entre-Douro-e-Minho e na Beira.

A posição de Gonçalo e dos Sousas teve consequências imediatasː aquele foi retirado do cargo de mordomo, e a sua hegemonia na corte viu também um fim, sendo afastado.

Na mordomia é substituído por Martim Fernandes, um dos executores testamenteiros que, como se pode depreender, terá ficado do lado do rei, como Lourenço Soares.

Despeitado, e talvez até então receoso de se opor ao rei, Gonçalo encontrou neste ato a justificação para se assumir abertamente como dedicado defensor dos direitos das infantas irmãs do rei, e como acérrimo inimigo da política centralizadora de Afonso II[.

No ano seguinte, em 1212, Afonso II intimou as irmãs para que que lhe fizessem restituição das terras herdadas.

Em respostas, as três infantas-rainhas, Teresa, Sancha e Mafalda, recolheram-se ao fortíssimo e quase inexpugnável castelo de Montemor-o-Velho, que era da primeira e estava guardado por Gonçalo.

As tropas reais, sob comando de Martim Anes de Riba de Vizela, foram obrigadas a atravessar terrenos pantanosos no caminho de Coimbra sobre Montemor, sendo pressionadas a tal por Gonçalo e as hostes das infantas.

Foi uma batalha travada junto a esses pântanos, uma vez que durante a batalha, Gonçalo constrangia Martim Anes a manter-se no pântano enquanto lutava, tendo Martim provavelmente falecido exangue devido às sanguessugas que o atacaram.

Este conflito seria resolvido com intervenção do Papa Inocêncio III; o rei indemnizaria as infantas com uma soma considerável de dinheiro, e a guarnição dos castelos foi confiada a cavaleiros templários, mas era o rei que exercia as funções soberanas sobre as terras e não as infantas.

Porém os Sousas seriam renegados durante todo o reinado, e assim sendo saíram de Portugal, refugiando-se em outras cortes peninsulares.[5]

Gonçalo nunca chegaria a gozar de influência na corte de Afonso II.

É possível que Garcia se tenha reunido com o irmão em Leão ou tenha mesmo seguido para Aragão, acompanhando o infante Pedro Sanches, irmão do rei. Uma outra possibilidade é que tenha permanecido nos domínios da esposa, Elvira[6], com quem estaria casado pelo menos desde 1211.

O florescer da corte sousã[:

Esta cantiga foi feita a Roi d'Espanha, [c]a mi faliu con'[o] condado. "Alá u nazq la Torona, e los pavéns son [au]tan[s] e la terra é tro bona! E já quites son los mans! C'ora me volho tornar a Sousa, a lo mon logar, que me adosa e me saudona. La auga, que ten, me sona que corre i, u é Natal, e la folha assi verdona que nul temp non lhi faz mal; (?) (ar) tod'om se deu a pagar de l'odor que de si dona [L]a chontene é tro bona que nulh'om non lhi acha par; que malos son d'asembrar los faisons en la Tor[o]na a quen non porta culhar." Garcia Mendiz d'Eixo

Regresso[:

A morte prematura de Afonso II em 1223 permitiu o regresso dos Sousas, aproveitando a menoridade de Sancho II de Portugal para readquirirem influência. De facto, no assento da demanda entre as infantas e a coroa, estabelecida em 1223, reinando já Sancho II, e com a qual afirmava a infanta-rainha Mafalda que o castelo de Montemor poderia ser entregue a oito fidalgos, entre eles Gonçalo Mendes.

Este no entretanto herdara várias tenências do cunhado[4].

Garcia, no entanto, regressara mais cedo, pois entre 1217 e 1224 figura já na documentação curial, testemunhando, naquele ano de 1217, o acordo entre Afonso e as irmãs[1][6].

Há, por volta de 1230[7], notícias de uma doação, em conjunto com a sua esposa, ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas.

Com a morte de Afonso II, volta a afastar-se da corte, evitando os conflitos nobiliárquicos que marcaram o período de menoridade de Sancho II. Morre a 27 de fevereiro de 1239, sendo sepultado no panteão dos Sousa, no Mosteiro de Alcobaça, onde se juntaria a sua viúva, alguns anos depois.

O patrocínio da cultura:

A família de Sousa seria a maior patrocinadora da trovadorismo, e o próprio Garcia estava ligado a variados trovadoresː ele próprio, os seus filhos Gonçalo Garcia e Fernão Garcia, e um genro de Gonçalo Mendes, Afonso Lopes de Baião.

O trovador D. Abril confirma uma doação do chefe da família, que ainda arma cavaleiro Gonçalo Gomes de Briteiros, irmão do trovador Rui Gomes de Briteiros[8].

O ambiente geralmente régio em que se centrava esta atividade deparava-se em Portugal com um ambiente mais senhorial, que era o que de facto recebia e fazia florescer o trovadorismo, na língua vernácula (galego-português), em oposição à preferência da cúria régia pelo latim tradicional que continuava a manifestar-se em documentos desta proveniência[8].

Cancioneiro Colocci-Brancuti Obra

A sua única cantiga, Alá u nazq la Torona, conhecida foi provavelmente composta durante o período em que esteve exilado em Toronho.

A composição está redigida em occitano, afastando-se da lírica galego-portuguesa, e parece ser de difícil leitura, uma vez que a cópia que sobreviveu até aos dias de hoje (no Cancioneiro Colocci-Brancuti) encontra-se bastante desfigurada.

Para além disso o género (amor, amigo ou escárnio) a que pertence também não é claro; com efeito, assemelha-se a uma cantiga de saudade, em que Garcia lembra com este sentimento as suas terras de origem (Sousa), à qual se prepararia para regressar[7].

Morte e posteridade:

Garcia faleceu a 27 de fevereiro de 1239, tendo sido sepultado na abadia de Alcobaça.[3]. O seu sobrinho, Mem Gonçalves, filho de Gonçalo Mendes, falecera antes do pai, pelo que, até à sua própria morte, fora ele o herdeiro dos desígnios da Casa de Sousa.

Tal não chegou a acontecer, pois precedeu o irmão na morteː a 25 de abril de 1243, Gonçalo falece, e fez-se sepultar junto a Garcia no abadia de Alcobaça.[3]. Foram os próprios filhos de Garcia que herdaram a chefia da família.

Descendência[

Trovadores, representados no Cancioneiro da Ajuda.

Garcia casou com Elvira Gonçalves de Toronho, filha de Gonçalo Pais de Toronho e de Ximena Pais da Maia, de quem teve:

D. Mem Garcia de Sousa, casou com Teresa Anes de Lima, filha de João Fernandes de Lima "o Bom" e de D. Maria Pais Ribeira, "a Ribeirinha",

D. João Garcia de Sousa, “O Pinto”, senhor de Alegrete (1220 -?) casou com Urraca Fernandes de Lumiares, filha de Fernão Pires de Lumiares e de D. Urraca Vasques de Bragança

D. Gonçalo Garcia de Sousa (1215 -1284), trovador e herdeiro da chefia da família (por parte do tio) casou em 1273, em Santarém com Leonor Afonso, (c. 1215 - 1259), filha bastarda do rei D. Afonso III de Portugal.

D. Fernão Garcia de Sousa, O Esgaravunha, trovador, casou com Urraca Abril de Lumiares

D. Maria Garcia de Sousa (antes de 1220 - depois de 1258), mencionada nas Inquirições Gerais de 1220 e 1258, foi barregã do infante Gil Sanches de Portugal

D. Pedro Garcia de Sousa,

D. Sancho Garcia de Sousa

Referências ↑ Ir para: a b c Sotto Mayor Pizarro 1997.

↑ GEPB 1935-57 vol.17, p. 889.

↑ Ir para: a b c d Sottomayor-Pizarro 1997.

↑ Ir para: a b GEPB 1935-57 vol.17, p. 889.

↑ Há várias referências, neste período, a membros da família em outras cortesː há notícias do seu filho, Gonçalo Garcia, na corte aragonesa.

↑ Ir para: a b Oliveira 1992.

↑ Ir para: a b c García Mendiz d' Eixo

↑ Ir para: a b Oliveira 2001.

Bibliografia

Gayo, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989.

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. , Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. Mattoso, José (1981). A nobreza medieval portuguesa: a família e o poder. Lisboa: Editorial Estampa. OCLC 8242615

Oliveira, António Resende de (2001). O trovador galego-português e o seu mundo. I. Lisboa: Editorial Notícias. ISBN 972-46-1286-4

Oliveira, António Resende de (1992). Depois do Espetáculo Trovadoresco - A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos sécs. XIII e XIV. Porto: [s.n.]

Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Tese de Doutoramento, Edicão do Autor

D. Sousa, António Caetano de, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946.

Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra

Garcia Mendes de Eixo - Trovador medieval

Garcia Mendes II de Sousa

Casa de Sousa

Herança familiar

Precedido por Mendo Gonçalves I de Sousa

Senhor de Eixo 1192-1239

Sucedido por

Mendo Garcia de Sousa

https://pt.wikipedia.org/wiki/Garcia_Mendes_II_de_Sousa