Agnello Bittencourt

Nasceu em Manaus, Amazonas, em 14 de dezembro de 1876, e faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de julho de 1975. Filho de Antônio Clemente Bittencourt e Antonia de Andrade Bittencourt.

Fez o curso primário no Colégio Treze de Maio e o curso da Escola Normal (1895), na cidade natal. Ainda aluno da Escola Normal, foi nomeado amanuense do Congresso Legislativo Estadual. Em 1896, foi designado professor primário em Aiapuá (Rio Purus), sendo em 1905 transferido para a capital. Exerceu os cargos de diretor da Escola Complementar do Sexo Masculino e do Grupo Escolar Silvério Nery, assim como o de inspetor de Ensino. Em 1905, por concurso, conquistou a cátedra de Geografia Geral e Corografia do Brasil do Ginásio Amazonense Pedro II (hoje Colégio Estadual do Amazonas), cargo em que se aposentou em 1946, após 52 anos de magistério. Foi diretor desse estabelecimento mais de uma vez.

Entre 1912 e 46, exerceu também a cadeira de Geografia Comercial e História das Indústrias e do Comércio da Escola de Comércio Sólon de Lucena, da Prefeitura Municipal. Foi seu diretor. Entre 1938/40, lecionou Geografia Humana no Colégio D. Bosco.

Foi diretor-geral da Instrução Pública por três vezes. Em 1940, foi delegado Regional do Recenseamento. Representou o Amazonas na Exposição Nacional de 1908 (RJ), nl VI, no VIII e no X Congressos Brasileiros de Geografia (1919 1922 e 1924). Em 1937, foi designado secretário do Diretório Regional de Geografia do Conselho Nacional de Estatística e em 1938 membro do Conselho Técnico de Economia e Finanças do Estado do Amazonas. Integrou a Comissão criada para promover e orientar a restauração da Biblioteca Pública em Manaus.

Fundador do IGH/AM (1917) e seu presidente de 1931 a 1946, quando passou a sócio benemérito e depois presidente de honra e presidente perpétuo. Membro da Academia Amazonense de Letras, do Grande Oriente Maçônico do Amazonas, Acre e Territórios Limítrofes, da Sociedade Brasileira de Geografia, do IHG/PA do IGH/BA, do IH/AL, do Instituto do Ceará. Em 31 de agosto de 1948, foi eleito sócio honorário do IGHB.

Escreveu muitos artigos publicados em jornais e revistas, além dos livros: Tese de Concurso, Manaus, Tip. do “Amazonas”, 1905 – Corografia do Estado do Amazonas, Manaus, Tip. do Palais Royal, 1925 – A Instrução Pública no Quatriênio Ephygenio de Salles, Manaus, Impr. Ofic., 1929 – Discurso de posse na Acad. Amazonense de Letras, Manaus, Livr. Palácio Real, 1932 – Bacia Amazônica. Vias de comunicação e meios de transporte, RJ, INPA, 1957 – Navegação do Amazonas e Portos da Amazônia, RJ, SPEVEA, 1957 (Col. Araújo Lima) – Eduardo Gonçalves Ribeiro, Manaus, Ed. Sérgio Cardoso, 1962 – Mosaicos do Amazonas, Ec. Sérgio Cardoso, 1966 (Série Torquato Tapajós) – Plantas e Animais Bizarros do Amazonas, Manaus, Ed. Sérgio Cardoso, 1966 (Série Torquato Tapajós) – Reminiscências do Ayapuá. Monografia sobre uma sociedade rural, RJ, Laemmert, 1966 – O Homem Amazonense e o Espaço, RJ, Artenova/Gov. do Est./CFC, 1969 – Fundação de Manaus. Pródromos e sequências, Manaus, Ed. Sérgio Cardoso, 1969, ilustr. – Dicionário Amazonense de Biografias. Vultos do passado, RJ Conquista/Gov. do Est./Acad. Amaz. de Letras, 1973.

Fonte: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro