Aires Gomes da Silva, 3º senhor de Vagos

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Aires Gomes da Silva, 3º senhor de Vagos

Birthdate:
Birthplace: Santarem, Portugal
Death:
Place of Burial: São Silvestre, Coimbra, Portugal
Immediate Family:

Son of João Gomes da Silva, 2º senhor de Vagos and Margarida Coelho
Husband of Dª. Leonor de Miranda and Beatriz Telles de Menezes
Father of Dª. Leonor da Silva; João da Silva, 4º senhor de Vagos; D. Isabel de Menezes, condessa de Olivença; Fernão Telles de Menezes, 4° senhor de Unhão and Margarida da Silva
Brother of Teresa da Silva and Isabel Gomes da Silva
Half brother of Fernão da Silva; D.Diogo da Silva; Pedro da Silva; Lopo da Silva and Filipa da Silva

Occupation: Regedor das justiças. Presidente do Senado da Câmara de Lisboa. Alcaide-mór de Montemor-o-Velho. Senhor de Vagos (3)., Senhor de Vagos
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About Aires Gomes da Silva, 3º senhor de Vagos

Wikipédia, a enciclopédia livre: PT

Aires Gomes da Silva, foi senhor de Vagos, regedor da Casa do Cível e alcaide-mor de Montemor-o-Velho.

Terceiro Senhor de Vagos, e Unhaõ.

Arias Gomez de Silva, feñor de Vagos, y otras villas, Alcayde mayor de Mõtemor el viejo, Prefidente de la jufticia de Portugal, que acompañó al Infante D. Pedro en la batalla de Alfarrubeira, que dio a el Rey Rey D. Alonfo Quinto; y de fu fegunda muger D. Beatriz de Menefes, hija de D. Martin de Menefes feñor de Cantañede, y de D. Terefa Vazquez Coutiño, hija de Vafco Fernandez Coutiño, feñor del Couto de Liomil, y de D. Beatriz Gonçalez de Moura. Nieta de D. Gonçalo Tellez de Menefes, Conde de Neyba, y Faria, feñor de Cantañede, y de la Condefa D. Maria de Alburquerque, hja de D. Iuan Alonfo de Alburquerque, llamado el del Ataud. Segunda nieta de Martin Alonfo Tellez de Meneves, y de D. Aldonça de Vafconcelos, hija de Men Rodriguez de Vafconcelos, Alcayde mayor de Chaves, y de D. Maria Martinez fu primera muger. Tercera nieta de D. Alonfo Tellez de Menefes, mayordomo mayor del Rey D. Alonfo Quarto de Portugal, y de D. Berenguela Lorenço, hija de Lorenço Suarez de Valladares. Quarta nieta de Gonçalo Yañez de Menefes, y de fu muger D. Vrraca de Lima, hija de Fernan Yañez de Lima. Quinta nieta de D. Iuan Alfonfo Tellez de Menefes, feñor de Alburquerque, y de D. Elvira Gonçalez Giron, hija de D. Gonçalo Ruiz Giron, y de D. Elvira Diaz. Sexta nieta de D. Alonfo Tellez de Menefes, primer feñor, y poblador de Alburquerque, Rico-home de Caftilla, y de fu fegunda muger D. Terefa, hija del Rey D. Sancho de Portugal, y de D. Maria Paez Ribero. Septima nieta de Tel Perez, Rico-home de Caftilla, feñor de las villas de Menefes, Villanueva, y San Ramon, y de D. Gontroda Garcia fu muger. Octava nieta de D. Pedro Bernardo, el primero de la familia de Menefes, y de D. Maria Suarez de Amaya, hija de D. Men Gonçalez de Amaya, y de D. Leonida Suarez. Arbol Genealógico y Resumen Breve de la Varonía de Don Fernando Téllez e Faro y Silva, Conde de Arada Por Díaz de la Carrera, Diego. Madrid, MCXLXI, Cap. VII. Págs. 15-17



Regedor das justiças. Presidente do Senado da Câmara de Lisboa. Alcaide-mór de Montemor-o-Velho. Senhor de Vagos (3). Armado cavaleiro pelo infante D. Pedro em Ceuta, de quem foi partidário, retirando-se para Castela depois da batalha de Alfarrobeira.

Torre de Vilar: Teixeira Lopes dá conta que por carta de 17 de Dezembro de 1434, D. Duarte concede a Aires Gomes da Silva a Torre de Vilar, na freguesia de Vilar do Torno e Alentém, Lousada. LOPES, Eduardo Teixeira "Lousada e as suas freguesias na Idade Média". Lousada: Câmara Municipal de Lousada, 2004.

Em 1367, o rei D. Fernando doa Vilar de Torno, Unhão e Meinedo a Aires Gomes da Silva, documentando-se a manutenção da Torre na mesma família, ao longo do século XV. Conforme refere a documentação da chancelaria de D. Duarte, o rei faz uma concessão ao sobrinho-neto de Aires Gomes da Silva, em 1434, na qual é nomeada, explicitamente, a Torre de Vilar.

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AIRES GOMES DA SILVA, em quem seu pai renunciou o senhorio das terras de Unhão, Brunhais, Torre de Vilar, Cepães, Vila Caís, Regilde, Atães, Manhuncelos e Vagos, renúncia confirmada por carta régia de 17 de Dezembro de 1434(1), havia sido armado cavaleiro pelo infante D. Pedro, em Ceuta, logo após a conquista da cidade. Nomeado regedor da justiça da Casa do Cível de Lisboa, por carta de 7 de Julho de 1441, assinada pelo Infante Regente, seguiu o seu partido e com êle se encontrou, em 20 de Maio de 1449, na desastrosa batalha da Alfarrobeira. Por este facto perdeu o ofício e foi-lhe confiscada toda a casa; mas, não só veio a ser perdoado (2), como ainda tornou a reaver, como veremos, parte da sua fazenda.

Casou a primeira vez com D. Leonor de Miranda, filha do famoso D. Martim Afonso da Charneca, bispo de Coimbra, arcebispo de Braga, do conselho de D. João I e seu embaixador a França. Deste consórcio nasceu única D. Leonor da Silva.

Casou esta senhora, nas proximidades de 9 de Maio de 1443, data da carta régia de aprovação do seu contrato antenupcial (3), com D. João de Meneses, filho primogénito de D. Fernando de Meneses, 2." senhor de Cantanhede, irmão da segunda mulher de Aires Gomes da Silva. A D. Leonor foi doada pela rainha D. Isabel, por carta de 27 de Julho de 1452, a quinta de S. Silvestre, não se entendendo nela a ermida de S. Marcos com suas pertenças (4), doação confirmada, por carta de 6 de Outubro segumte, por D. Afonso V a D. João de Meneses, incluindo nela o padroado da igreja de S. Silvestre (5). Morreu D. Leonor da. Silva, sendo já viúva, a 5 de Junho de 1464, e na sua sepultura em S. Marcos, onde já a não encontrei, gravou-se o seguinte epitáfio: Aqui ja:{ a mui nobre e virtuosa Snra D. Lianor da Sylva, filha de Aires Gomes da Sjlva, molher que foi de Dom João de Meneses, Snr de Cantanhede, a qual se finou na idade de 40 annos, e na sua

(1) Chancelaria de D. Duarte, liv. 1.°, fl. 68.

(2) Por três cartas de perdão, dadas em Almeirim, a 22 de Abril de 1451, foram relevados de culpa por serem na batalha da Alfarrobeira, Aires Gomes da Silva e seus dois filhos João da Silva e Fernão Teles. — Chancelaria de D. Afonso V, liv. 1 1.°, fl. 20.

(3) Ibidem, Vív. 12.°, fl. i38.

(4) Ibidem, fl. 115.

(5) Ibidem.

Quinta de S. Silvestre, aos 5 dias do mes de Junho, era do nacimeuto de Nosso Sr Jesu Christo de 1464 (1).

Advirta-se que é êrro do epitáfio, erro repetido por vários autores, intitular-se D. João de Meneses senhor de Cantanhede, porque êle não sobreviveu a seu pai, a quem sucedeu directamente na casa, pelos anos de 1476, seu neto D. Pedro, 3.º senhor e 1.° conde de Cantanhede.

Alêra deste filho teve D. Leonor da Silva outro, famoso poeta, muito nomeado no Cancioneiro de Resende. Chamou-se D. João de Meneses e teve a alcunha do Pica-sinos, por em garoto passar a vida a fazer badalar os sinos da igreja de S. Silvestre.

Aires Gomes da Silva, sendo apenas ainda cavaleiro da casa do infante D. Pedro e encontrando-se já viúvo, foi-lhe por êle tratado o casamento com D. Beatriz de Meneses, filha de D. Martinho de Meneses, i.° senhor de Cantanhede, e de sua mulher D. Teresa Yasques Coutinho. Lavrou-se a escritura de dote e arras em Lisboa, a 8 de Outubro de 1429, já depois de casados; dotou-se a noiva com sete mil coroas velhas de oiro, do cunho dei Rei de França, com a condição de por sua morte passarem a seus herdeiros; e Aires Gomes prometeu-lhe de arras duas mil das mesmas coroas para o caso de a preceder no tumulo. Confirmando esta escritura, mandou o infante D. Pedro, duque d^ Coimbra, expedir uma carta em Tentúgal, a 15 de Setembro de 1431, a favor dos referidos Aires Gomes da Silva, cavaleiro do seu conselho e regedor da casa da Infanta sua mulher, e D. Beatriz de Meneses. Confirmou tudo el rei D. Duarte em Santarém, a 15 de Novembro de 1433, apesar do contrato ter sido posto em escritura depois de consumado o matrimónio (2).

Para este casamento concorreram também D. João I e a condessa de Neiva D. Maria.

Esta senhora tinha da Coroa as terras de Azurara e Fao, e pediu a el Rei que delas fizesse mercê a sua criada D. Beatriz de Meneses, neta dela Condessa. Anuiu D. João I, e a carta foi dada a D. Beatriz em Lisboa, a 17 de Outubro de 1429(3).

El Rei, em carta dada em Almeirim, a 12 de Fevereiro de 1430, declara ter feito o casamento de D. Beatriz de Meneses, sua criada, com Aires Gomes, prometendo-lhe quatro mil coroas de oiro, pelas quais lhe manda pagar de tença anual quarenta e dois mil oitocentos e cinquenta e sele reais brancos no almoxarifado de Ponte de Lima. D. Duarte, em Santarém, a 26 de No-

(1) D. António Caetano de Sousa, Memorias sepulchraes, fl. 117 v.

(2) Chancelaria de D. Afonso F, liv. II.°, fl. 26 v.

(3) Ibidem, fl. 32 v.

vembro de 1433, confirmou aquela tença a Aires Gomes da Silva, do seu conselho e cavaleiro da casa do infante D. Pedro; e D. Afonso V, em Évora, a 28 de Abril de 1450, vistas «as muitas e grandes razões que para ello temos», confirmou tudo a D. Beatriz, por a ela ter pertencido o referido casamento (1).

São notáveis aquelas palavras de D. Afonso V dirigidas à mulher de um dos fidalgos, que ao lado do infante D. Pedro haviam entrado na batalha da Alfarrobeira, mas explicam-se pela afeição da rainha D. Isabel, de quem D. Beatriz era aia, e pela consideração que D. Afonso V votou a esta senhora, a quem nomeou aia de seus filhos quando estes perderam sua mãe.

Em Sintra, a 20 de Setembro de 1450, «pelas muitas grandes razões que temos para lho outorgar», confirmou el Rei a D. Beatriz a doação das terras de Azurara e Fão (2); e a 12 do mês seguinte confirmou-lhe o contrato do seu casamento, determinando que as estipuladas arras de duas mil coroas lhe fossem pagas pelas rendas das terras de seu marido, sem embargo delas estarem dadas a algumas outras pessoas (3). E não ficou ainda por aqui, pois que por carta de 25 de Julho de 1453 se sabe haver D. Afonso V restituído a D. Beatriz e a Aires Gomes seu marido a terra de Vagos e outras, as quais depois de confiscadas haviam sido doadas a Diogo da Silva (4); e por outra carta de i3 de Fevereiro de 1459 consta mais haver doado a Fernão Teles, filho de D. Beatriz e Aires Gomes, as terras de Unhão, Cepães e Meinedo, também confiscadas a seu pai e doadas a Gonçalo Pereira (5).

Já então era Aires Gomes da Silva falecido e havia ido a sepultar a S. Marcos, onde ainda hoje se lhe encontra o túmulo no corpo da igreja, da parte da epístola, com o seguinte epitáfio por mim copiado, como todos os mais, no dia 7 de Outubro de 1902:

AQVMAZ'0 MVINOBREE VIRTVOSOBARÁ-AIRES-GOMEZDA-SILVA GOVERNADOR

-QVE FOI-DELIXBOA-FALECEO-EM IDADE-DE-55 ANOS-AOS-25 DE MAIO-DE 1454.

Por baixo, entre três escarcelas, linjabeiras, como são designadas no espólio do seu contemporâneo o dr. Martim do Sem, está gravada a divisa:

LARDANT DESIR

(1) Chancelaria de D. Afonso V, liv. 1 1.", fl. 43.

(2) Ibidem, fl. 32 v.

(3) Ibidem, fl. 26 v.

(4) Nós requeremos ora Diogo da Silva, fidalgo de nossa casa, que nos fizesse serviço da terra de Vagos e da terra de Vila Caís, honra de Manhuncelos, honra de Regilde e quinta de Faães, que foram de Aires Gomes da Silva, seu irmão, para dela fazermos mercê a D. Brites de Meneses, aia que foi da Rainha minha mulher, e ao dito Aires Gomes seu marido, o qual (Diogo da Silva), com vontade que tem de nos em tudo servir, renunciou em nossas mãos todas as ditas terras, etc. — Ibidem, liv. 10 », fl. 19 v.

(5) Ibidem, liv. 36.», fls. 58 e 65.

A data da morte posta no epitáfio deverá estar certa, porque Aires Gomes a 16 de Agosto daquele ano de 1464 era certamente já morto. Nesta data foi passada em Sintra uma carta a D. Beatriz de Meneses, «aia que foi da Rainha minha molher», pelos serviços a ela feitos e bem assim a D. João I e a D. Afonso V, de doação a seu filho João da Silva da terra de Azurara, a qual D. Beatriz tinha em sua vida, e de um conto de libras a ela dado de mercê por falecimento de seu marido (1).

Mais doze anos de vida teve ainda D. Beatriz de Meneses e foi neste espaço de tempo que ela concluiu a fundação do mosteiro de S. Marcos.

Em Outubro de 1450 doara D. Afonso V àquela senhora a administração da capela instituída em S. Marcos por João Gomes da Silva, e logo em Julho do ano seguinte entregou D. Beatriz todos os bens à Ordem de S. Jerónimo, com a condição dela em S. Marcos edificar um mosteiro. Foi porem só em fins de 1453, que se tornou definitivo o estabelecimento da Ordem em S. Marcos, começando d'então por diante as obras de apropriação das antigas casas dos fidalgos para uso da comunidade, la a fundação, por os meios serem poucos, seguindo lentamente, até que D. Beatriz se encontrou livre do serviço do paço.

Pouco depois dela enviuvar morria, a i5 de Dezembro de 1435, a rainha D. Isabel e D. Afonso V nomeava a D. Beatriz de Meneses aia de seus filhos, de cuja educação e criação ela tratou até 1462, segundo parece. Neste ano retirou-se D. Beatriz da corte, tendo já largado o serviço em Setembro e estando em Novembro substituída no cargo por D. Beatriz de Vilhena.

Foi então que D. Beatriz de Meneses, conforme o seu epitáfio, «se recolheu a S. Marcos, onde a mor parte delle fez». Foi portanto também então que às obras do convento se deu maior impulso, vindo a sua primitiva fábrica a estar já concluída em 1 de Julho de 1463 (2).

A propósito deste mosteiro de S. Marcos escreveu-me o ilustrado secretário da junta de paróquia de S. Silvestre, António Avelino, em 20 de Março de 1885, uma interessante carta, na qual, entre outras coisas, me revela a existência no cartório daquela igreja de um livro intitulado Memórias com notí-

(1) Chancelaria de D. Manuel, liv. 32.º, fl. 28.

(2) San Marcos apar de Coimbra, artigos meus publicados no Jornal do Commercio em Agosto e Setembro de igoS. Para esta parte do texto veja-se o n.° de 26 de Agosto.

cias àcêrca da referida freguesia. O mais antigo documento, no tal livro mencionado, é o testamento datado de 1441 de João Gomes da Silva, documento por onde consta andar o padroado da igreja anexo ao praso ou quinta de S. Silvestre, tudo pertencente ao testador. Por morte deste passou o praso a seu filho Aires Gomes da Silva, 2." senhor de Vagos, companheiro do infante D. Pedro na batalha da Alfarrobeira. Foi-lhe confiscada toda a casa e portanto também a quinta de S. Silvestre, a qual, sendo depois vendida em praça, foi arrematada pela rainha D. Isabel e por ela doada a D. Beatriz de Meneses, viúva de Aires Gomes. Esta senhora por sua vez fez doação da quinta a sua enteada D. Leonor da Silva, mulher de seu sobrinho D. João de Meneses, herdeiro da casa de Cantanhede, e nos seus sucessores permaneceu a posse do padroado de S. Silvestre até 1721, ano em que, em virtude da execução movida contra os 3.°^ Marqueses de Marialva, foram, a quinta e o padroado anexo, vendidos a Manuel Castanheda de Moura e Horta (1), em cujos descendentes se conservou aquele até 1833. Incidentemente também se diz na referida carta haver o convento de S. Marcos sido fundação da mencionada D. Beatriz de Meneses, mas não sei se isto constaria do tal livro das Memórias, ou se seria simplesmente opinião de quem escreveu a carta.

Morreu D. Beatriz de Meneses em 1466, antes de 10 de Julho (2), e foi sepultada na igreja de S. Marcos, na capela mor da parte do evangelho, com o epitáfio seguinte gravado entre dois escudos de armas, ambos partidos de um lião (Silva) e de campo liso (Meneses):

AQVI lAZ • DONA BRITIZ • DE MENESES • MO

LHER • DAIRES • GOMEZ • DA SILVA • GOVERNADOR

QVE FOI • DE LIXBOA • AYA • DA ESCLARECIDA •

RAINHA • DONA ISABEL • MOLHER DELREI • DOM

AFOMSO O QVITO • E DEPOIS • O FOY TANBEM •

DE SEVS • FILHOS • ATE • QVE • SE • RECOLHEO •

A ESTE MOESTEIRO • DE SÃ M^iíCOS • ONDE AMOR

PARTE • DELE • FEZ • E ASI • DAS RENDAS - DOTOV •

De Aires Gomes da Silva e D. Beatriz de Meneses foram filhos: João da Silva, 4.° senhor de Vagos, de quem tratarei lá adiante; Fernão Teles de

(1) Este sujeito foi cavaleiro da Ordem de Cristo, sargento mor da comarca de Coimbra e um dos homens mais ricos da província da Beira, oe se tratou na corte com coche, liteira, pagens e criados».

(2) Consta da carta daquela data de doação a seu filho Fernão Teles de um conto de libras da moradia de sua mãe. — Chancelaria de D. João 111, liv. 51.º de Doações, fl. 54.

Meneses, 3.° senhor de Unhão, que será mencionado no cap. VI; D. Isabel de Meneses, condessa de Olivença; e D. Margarida de Meneses, notável abadessa de Santa Clara de Coimbra onde foi sepultada no meio da igreja, gravando-se-lhe na campa o seguinte epitáfio: Aqui jaz a muito virtuosa & magnifica senhora Dona Margarida de Meneses, filha de Aires Gomes da Sylva, & de Dona Brites de Meneses, a qual foy elegida Abbadessa desta casa em idade de dezoito annos, & assi a governou no espiritual & temporal, que bem se pode dizer ser hum exemplo de nossa idade: forão os annos de sua muy religiosa vida oitenta & hum, faleceo a três dias de Novembro da Era de mil & quinhentos & vinte annos (1).

(1) Fr. Luís dos Anjos, Jardim de Portugal em que se dá noticia de algiías Sanctas, & outras molheres illustres em virtude, pág. 336.

(Anselmo Braamcamp Freire, Brasões da Sala de Sintra, Lv.2, 2ª ed., Univ. Coimbra, 1927)



Mariscal de D. João I. Participou na tomada de Ceuta, a 21.08.1415. Recebeu o senhorio de Sousel por doação de seu tio, o Condestável. Filhos:

D. Galiote Pereira, 3º senhor de Águas Belas * c. 1420

D. Henrique Pereira * c. 1420 + Isabel Pereira

D. Lizuarte Pereira

D. Isabel Pereira * c. 1420 + João Mendes da Guarda

D. Gonçalo Pereira

Nobiliário das Famílias de Portugal - vol. VIII - pg. 181 (Pereiras)

àcerca (Português)

SILVA, Aires Gomes da

Em 1500, partiu para o Oriente na armada de Pedro Álvares Cabral.

Sobre este fidalgo da Casa Real desconhece-se qualquer referência sobre o seu percurso antes de embarcar para a Índia.

O facto de ter morrido no decurso da viagem, antes mesmo de ter chegado ao Índico, abrevia a sua biografia.

No entanto, é possível traçar o seu perfil social através da sua genealogia. Aires Gomes era filho de Pedro da Silva, segundo filho bastardo de João Gomes da Silva, mais tarde legitimado, letrado em Direito, e de D. Isabel Paes, filha do Gonçalo Paes, cantor de D. Afonso V.

O avô deste capitão foi alcaide-mor de Montemor-o-Velho e senhor de Vagos. A família de Aires Gomes da Silva tinha ligações familiares com o 1.º conde de Cantanhede, com a condessa de Borba, com o 1.º conde de Olivença, com D. Álvaro de Bragança, irmão do 3.º duque de Bragança e um dos investidores da armada cabralina, com o conde de Tarouca e com o 1.º visconde de Vila Nova de Cerveira.

Em termos de ligações familiares a figuras do Oriente assinala-se que uma das suas primas co-irmãs casou com Fernão de Albuquerque, irmão do futuro Leão dos Mares e, mais relevante, que a sua prima como sobrinha, D. Guiomar da Silva, casou com Sancho de Tovar sota-capitão da armada de 1500.

Bibliografia: SILVA, Teresa Marques da, “O capitão Aires Gomes da Silva” in Descobridores do Brasil – Exploradores do Atlântico e Construtores do Estado da Índia, João Paulo Oliveira e Costa (coord.), Lisboa, SHIP, 2000, pp. 111-121.

Autor:Teresa Lacerda

in, http://www.fcsh.unl.pt/cham/eve/content.php?printconceito=1082

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Aires Gomes da Silva, foi senhor de Vagos, regedor da Casa do Cível e alcaide-mor de Montemor-o-Velho.

Era filho de João Gomes da Silva, 2º senhor de Vagos, e de Margarida Coelho, filha de Gonçalo Pires Coelho e de Maria Silva

Casou uma primeira vez com Leonor de Miranda, filha Martim Afonso Charneca, bispo do Porto e de Braga.

Tiveram:

Leonor da Silva que casou com D. João de Menezes, 4º senhor de Cantanhede.

Casou uma segunda vez com D. Beatriz de Meneses, filha de D. Martinho de Meneses, senhor de Cantanhede, que foi aia e camareira-mor da Rainha D. Isabel.

Tiveram:

João da Silva

Fernão Teles de Meneses, 4º senhor de Unhão.

Isabel de Menezes casada com D. Rodrigo Afonso de Melo, 1º conde de Olivença.

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