Alexandre da Silva Correia

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Alexandre da Silva Correia

Birthdate:
Birthplace: São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
Death:
Immediate Family:

Son of Manuel Dias da Silva, o Bixira and Catarina Rodrigues
Brother of Mecia da Silva e Castro; Domingos Dias da Silva; João Dias da Silva; Antonio da Silva de Medeiros and Sebastiana da Silva

Managed by: Private User
Last Updated:

About Alexandre da Silva Correia

2-2 Alexandre da Silva Corrêa, nascido em S. Paulo em 1658, doutor de capelo pela universidade de Coimbra onde estudava em 1677, quando faleceu seu pai, foi lente na mesma por muitos anos e muito respeitado por suas postilas.

Pág. 160 Deixando a cadeira da universidade, passou aos tribunais de Lisboa; foi corregedor do cível no tribunal da casa da suplicação em 1709; conselheiro do ultramar e sucessor em 1726 do conde de S. Vicente no cargo de presidente deste tribunal, aí permanecendo até a data de seu falecimento. Damos em seguida um resumo do que a respeito deste insigne homem de letras escreveu Pedro Taques: "As suas grandes letras e virtudes (foi de vida exemplar) o fizeram digno da real estimação do rei Dom João V. Foi dotado de uma grande esfera e claridade de engenho, o que adornava com ações de um ânimo cheio de sossego e tranqüilidade; tendo prestado grandes serviços, nunca pediu mercê alguma para si ou para outrem. Foi esta uma qualidade de que se adornavam os paulistas que só faziam glória de consumir suas fazendas e vidas no serviço do rei; pois foram eles os que conquistaram os bravos gentios do sertão da Bahia em 1672 até 1674, os do rio S. Francisco até o Ceará; os que penetraram o sertão desde S. Paulo até o Maranhão; os que acudiram por muitas vezes a socorrer a praça de Santos, a do Rio de Janeiro e a de Pernambuco; os que fizeram descobrimentos de minas de ouro e ferro em S. Paulo em 1597 e os mais descobrimentos de minas também de ouro em Paranaguá e Curitiba; em a Ribeira de Iguape as chamadas minas de Cananea, em Paranapanema e Apiaí, em Minas Gerais de Cataguazes e Sabarabuçú em 1695 até 1700, as de Cuiabá em 1719 até 1720, as de Mato Grosso em 1736, as de Goiases com o dilatado tempo de 3 anos e 3 meses de 1722 a 1724 e finalmente as minas de esmeraldas em 1681, e por causa deste descobrimento se conheceram os diamantes de Serro Frio que primeiro os descobriu o mesmo descobridor das esmeraldas Fernão Dias Paes.

O conselheiro Alexandre Corrêa foi cordialmente devoto do inefável mistério da Imaculada Conceição da Senhora em cuja reverência ouvia missa todos os dias. Nunca concebeu paixão nem agastou-se com os pretendentes que o procuravam, os quais mesmo na rua lhe faziam parar a modesta carruagem e nela introduziam seus memoriais; pois os recebia com afabilidade e compaixão e no tribunal os examinava em utilidade dos pretendentes.

Pág. 161 Dos seus rendimentos destinava a maior parte a obras pias, reservando apenas o que bastava para sua sustentação, mantendo em sua casa (de aluguel) um criado e uma velha cozinheira. Rezava todos os dias das duas horas da tarde em diante o ofício divino com tanta devoção que durante esse exercício não recebia pessoa alguma por mais grada que fosse. Foi caso muito divulgado em Lisboa que chegando a sua casa o conde de S. Vicente e subindo as escadas para falar ao conselheiro Alexandre Corrêa, lhe disse o criado que seu amo estava rezando o ofício divino e que não falava a pessoa alguma nessa hora; foi este cavalheiro tão benigno que se dignou a esperar que o conselheiro acabasse o seu devoto exercício. Quando concluiu foi buscar ao conde, pedindo-lhe desculpas e perdão de sua demora e lhe disse com humildade e reverencia estas palavras: "Ex.mo. senhor, quem está falando com o Criador não se deve abstrair para falar com a criatura". E o benigno conde, também bom católico, lhe não estanhou a demora, antes louvando-lhe a piedosa devoção, contou muitas vezes este lance a outros cavalheiros, aplaudindo a exemplar vida e virtudes do mesmo Alexandre Corrêa da Silva. Nunca vestiu seda sendo a sua maior gala o crepe; e desta fazenda tão barata trazia a sua beca remendada, e para desculpar-se da aparência de falta de asseio e decência de um ministro tão caracterizado, dizia que queria menos adornado o corpo pelos vestidos, do que a alma pelas esmolas. No ano de 1728 em que contava 70 anos de idade, voltando do conselho ultramarino, mandou chamar ao seu pároco e confessor o diretor da freguesia dos Anjos, e lhe disse que chegara o tempo de prestar contas no tribunal divino pois que ao do ultramar não voltaria mais, entregou ao mesmo pároco uma reserva de dinheiro para sufrágio de sua alma por meio de missas e ofícios de defuntos para se repetirem nos 3 dias seguintes, sendo que o 3.º seria o de sua morte. Recebeu o Viático e no 3.º dia a Extrema Unção e faleceu como tinha vaticinado, depois de feito seu testamento. Pág. 162 O rei D. João V no mesmo dia em que o conselheiro chamou o pároco, mandou a seus médicos que lhe fossem assistir, e que lhe provesse do necessário para restaurar-lhe a vida a custa de todo o dispêndio; porém debalde, porque os médicos reconheceram pela debilidade do pulso que a doença era mortal. Falecendo em suma pobreza, como se conheceu no seu testamento em que pedia pelo amor de Deus ao provedor da santa casa de misericórdia que lhe mandasse enterrar o cadáver , a real grandeza ordenou que seu corpo fosse sepultado no jazigo onde descansavam as cinzas do benemérito ministro Guerreiros, tudo a expensas do rei. Foi seu cadáver adornado de flores, levando nas mão um palma como insígnia da pureza que soube conservar ao longo dos anos de sua vida. Declarou no testamento ser natural de S. Paulo, sem herdeiros forçados; deixou os seus serviços todos a seu primo irmão o capitão Roque de Macedo Pereira de Sampaio, morgado do Verride, como prova de gratidão pelo amor e benefícios de que lhe era devedor, durante o tempo que residiu em Coimbra".

http://www.buratto.org/paulistana/Pires_4.htm pág. 161

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Alexandre da Silva Correia's Timeline

1658
1658
São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil
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