Alexandre de Gusmão, Diplomata

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Alexandre Lourenço de Gusmão

Birthdate:
Birthplace: Santos, Santos, State of São Paulo, Brazil
Death: December 31, 1753 (58)
Lisbon, Lisbon, Portugal
Immediate Family:

Son of Francisco Lourenço Rodrigues and Maria Alvares
Husband of Isabel Maria Teixeira de Chaves
Father of Viriato and Trajano
Brother of Bartolomeu de Gusmão, o padre voador; Simão Álvares; Domingas Gonçalves; Maria Gomes; Joana Gomes and 7 others

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About Alexandre de Gusmão, Diplomata

Alexandre de Gusmão

(Santos, 1695 – Lisboa, 31 de dezembro de 1753)nota 1 foi um diplomata de nacionalidade portuguesa nascido no Brasil Colônia, que representou Portugal em vários países, nomeadamente em Roma, onde chegou a ser convidado para a corte do Papa Inocêncio XIII. Notabilizou-se pelo seu papel crucial nas negociações do Tratado de Madrid, assinado em 1750, que definiu os limites entre os domínios coloniais portugueses e espanhóis na América do Sul, criando assim as bases do actual Brasil.1

Entre 1730 e 1750 foi o secretário particular de D. João V, e nessa condição teve grande influência nas decisões de Portugal sobre o Brasil.

Suas doutrinas políticas e econômicas tiveram a defesa do Marquês de Pombal, que dizia: "Sua Majestade D. João V não distingue seus vassalos pela cor; distingue-os pela inteligência."nota 2 . Acerca deste aspecto, que aqui se cruza, Alexandre de Gusmão tinha escrito sobre a genealogia do povo português, defendendo a teoria de que não poderia haver pessoa com sangue puro no Reino de Portugal, vista a relação estreita e direta mantida por vários séculos entre seu reino, judeus e os mouros2 .

Considerado o "avô" da diplomacia brasileira por sua atuação no Tratado de Madridnota 3 , onde defendeu o princípio do uti possidetis. O resultado do Tratado foi praticamente a triplicação do território brasileironota 4 e o uti possidetis passou a ser largamente utilizado pela diplomacia brasileira para solucionar às questões fronteiriças do Brasil.

Nono dos doze descendentes, seis filhos e seis filhas, de Francisco Lourenço Rodrigues, cirurgião, e Maria Álvares, e baptizado simplesmente com o nome de Alexandre Lourenço, era irmão de Bartolomeu de Gusmão, o padre voador, o qual mais tarde, em 1718, adota a si o apelido de Gusmão em homenagem ao preceptor e protector o jesuíta Alexandre de Gusmão3 . Casou-se em Lisboa com Isabel Maria Teixeira de Chaves, com quem teve os filhos Viriato e Trajano. Em 1752, a esposa e os dois filhos morreram tragicamente em um incêndio que destruiu sua casa de Lisboa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_de_Gusm%C3%A3o

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Alexandre de Gusmão

, foi um grande diplomata e por estar ligado fortemente à D. João V, uma vez que era seu secretário particular, pode influir em muitas decisões. Seu grande feito foi a elaboração do Tratado de Madri. Até a morte de D. João V (1750), Alexandre esteve inserido em praticamente todas as articulações políticas do Império Luso.10 Alexandre de Gusmão, filho de Francisco Lourenço e D. Maria Alvarez nasceu em 1695, no Brasil, na Vila do Porto de Santos, foi o nono filho de doze irmãos. Desde criança contara com a ajuda de seu padrinho o jesuíta Alexandre de Gusmão, a quem além do nome deve todo o início de sua educação. Ainda criança Alexandre iniciara seus estudos no Brasil, seu padrinho era o reitor do seminário de Belém, na Capitania da Bahia, assim como ele, seus irmãos homens, também estudaram lá. Apesar de todos terem tido a mesma base educacional, Alexandre e Bartholomeu foram os que mais se sobressaíram. Com o ensino inaciaciano ele e a maioria de seus irmãos saíram "munidos duma base segura para os estudos superiores, mas não devotos da Companhia"." Alexandre foi o único homem de sua família, que não seguiu a vida religiosa, no entanto, o fato de assim como ele a maioria de seus irmãos não terem permanecido na Companhia de Jesus é atribuído, segundo Cortesão à "disciplina quase monástica, imposta a jovens, de caráter muito diversos, havia de provocar forçosamente nos educandos reações tanto mais fortes e duradouras, quanto mais se opusesse a personalidade, ainda que em germem, já independentes."Mas, estudos contemporâneos contestam a afirmação de Cortesão, pois, sabe-se que no século XVIII, a Companhia estava se adaptando aos novos pensamentos que fluíam pelo mundo, e tal fator foi a razão de seu enfraquecimento13. Juntando-se a isso, o fato de Alexandre ter concluído seus estudos em Coimbra, num momento em que as idéias iluministas começavam a soprar pela Europa, é possível entender o motivo que levou o afastamento da Alexandre da ordem de Loyola. Alexandre, apesar de sua pouca idade, mas já conhecido pela sua inteligência, foi secretário do Condeda Ribeira na Embaixada Portuguesa em Paris do ano de 1715 á 1719, período onde, principalmente se dedicou aos estudos. Quando retornou à Portugal em 1719 recebeu o grau de doutor em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, a partir daí não deixou de prestar serviços à Coroa. Em 1720, em Roma conseguiu que o papa cedesse o título de fidelíssimo ao rei D. João V, pois, segundo o Próprio Alexandre: "V. Magestade desejava ser tratado (desta forma) para que lhe não levassem nisso vantagem os monarcas de França e Espanha".14 Finalmente, em 1730 passou a ocupar um dos cargos mais cobiçados do Império Português, o de secretário particular do rei. Como nos diz Salvatori S. Nigro: "O secretário era o formador do Príncipe".15 Seu grande feito foi a elaboração do Tratado de Madri, em 1750. Até a morte de D. João V, também em 1750, Alexandre esteve inserido em praticamente toda articulação política das duas últimas décadas do governo deste monarca. Pois, "A grande inteligência que tinha dos interesses políticos dos Soberanos, o fez capaz de ser agente dos negócios desta Coroa nas cortes de Paris e Roma praticando com tanto desvelo, e fidelidade estes ministérios, que mereceu as estimações dos mais eruditos da Europa, não somente pela judiciosa industria com que concluía os negócios mais difíceis, mas pela ciência das línguas mais polidas da Europa".16 Assim, Alexandre desde muito moço, fez parte dos altos círculos políticos e sociais da época. Sua ligação com D. João V era bastante próxima, em uma carta direcionada ao rei, Alexandre menciona todos os serviços prestados à coroa desde sua juventude. Nesta carta, o histórico descrito por ele, tem a finalidade de um aumento de salário, pois, segundo Alexandre, de acordo com os serviços prestados, merecia bem mais do que ganhava.17 Devido sua dedicação ao governo Português, em 13 de março de 1732, fora eleito membro daAcademia Real de História Portuguesa. Para Alexandre, assim como os demais membros da elite da sociedade da época, participar daAcademia Real era um prestígio inestimável, segundo ele: aos varões mais eruditos, me concede hoje a vossa benignidade, sem ter mais provada minha suficiência, que a notícia de haver em mim uma suma veneração às letras, e um desejo ardentíssimo de vir a merecer nela algum nome. Porém, tanto teria de oportuna esta recomendação para me aeutares por discípulo vosso, quanto é ineficaz [sic.] para alcançar o glorioso título de Vosso Colega. Como membro da Academia Real de História, Alexandre nunca escreveu nenhuma grande obra, no entanto, sempre se fez presente com poemas, orações e alguns escritos políticos e literários, bem como a tradução de obras francesas para o teatro.A esta incapacidade foi atribuída a falta de fontes que pudessem ser confiáveis, pois eram "escassas as impressas e guardadas tantas vezes com 'avareza' as manuscritas".18 No entanto, existe uma tentativa de cumprir esta tarefa, ainda muito pouco conhecida dos estudiosos do período. Intitulada de Resumo Histórico, Cronológico e Político do descobrimento da América'9, nesta obra Alexandre de Gusmão faz uma descrição das terras, rios e dos índios que aqui moravam, localizándoos geograficamente do sul do Brasil até o Amazonas. Em cada capitania que apresenta, comenta suas particularidades naturais, econômicas e populacionais. Na parte inicial do pequeno texto que contém 18 fólios, o autor narra sobre os primeiros anos de dominação portuguesa na América: Feitas estas expedições até o ano de 1516 mandou o governador e capitão general da América Portuguesa huma pouca dc tropas e em outra gente para descobrirem as terras da outra parte do Rio da Prata e chegaram com efeitos as margens dele, onde hoje chamando-o Paraguai, e aqui tomaram mil índios da nação guarani e passaram até o Peru donde trouxeram algum ouro e metal prata.2" Desta forma, segue o documento analisando cada capitania do Brasil. Este não é o único escrito histórico de Alexandre, que também escreveu sobre a genealogia do Império Português, defendendo a teoria de que não poderia haver pessoa alguma que tivesse sangue puro em Portugal, visto a relação estreita direta mantida por vários séculos entre seu reino e os mouros. Mesmo Alexandre não tendo se destacado na Academia, sempre se mostrou como um grande amante das letras. Escrevendo cartas oficiais "bem como os múltiplos projetos e pareceres que teve de redigir" não deixou de armazenar e produzir correspondências pessoais, fez traduções e adaptações do teatro francês, assim como compôs poesias e reflexões sobre a moral. Alexandre tornou-se integrante de uma "nobreza civil ou política", pois, apesar de sua origem humilde, ele conseguiu participar dos mais altos cargos e decisões do governo de D. João V. (segue)

Família Gusmão Do colégio jesuítico às idéias ilustradas do século XVIII Vanessa Albuquerque

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Alexandre de Gusmão, Diplomata's Timeline

1695
1695
Santos, Santos, State of São Paulo, Brazil
1753
December 31, 1753
Age 58
Lisbon, Lisbon, Portugal
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