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Ana de Castro Osório

Birthdate:
Birthplace: Mangualde, Viseu, Portugal
Death: March 23, 1935 (62)
Rua Augusto Rosa, 17, 2.º, Sé, Lisboa, Portugal (Nefrite crónica)
Place of Burial: Jazigo particular n.º4814, Cemitério do Alto de São João, Lisboa, Portugal
Immediate Family:

Daughter of João Baptista de Castro and Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins
Wife of Francisco Paulino de Oliveira
Mother of João Osório de Castro and José Osório de Castro e Oliveira
Sister of João Osório de Castro and Alberto Osório de Castro

Managed by: Eduardo Cardoso Mascarenhas de L...
Last Updated:

About Ana de Castro Osório

Ana de Castro Osório OSE • ComMAI (Mangualde, Viseu, 18 de Junho de 1872 — Sé, Lisboa, 23 de Março de 1935) foi uma escritora, especialmente no domínio da literatura infantil, jornalista, pedagoga, feminista e activista republicana portuguesa.

Biografia

Nascida em Mangualde, a 18 de Junho de 1872, Ana de Castro Osório era filha de João Baptista de Castro (1845-1920), um reputado bibliófilo, notário e magistrado, natural de Eucísia (Alfândega da Fé), e de Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins, natural de São Jorge de Arroios (Lisboa). Sobre o seu pai, sabe-se ainda que publicou um livro sobre "Questões Jurídicas" (1868) durante a sua estadia universitária em Coimbra, quando este era companheiro de casa de Teófilo Braga, e que viria em 1911 a julgar e aprovar o pedido de Carolina Beatriz Ângelo para ser incluída nas listas de recenseamento eleitoral. Ana era também a irmã mais nova do juiz, maçom e poeta português Alberto Osório de Castro.

Em 1895, residindo em Setúbal, e tomando como interesse o jornalismo, Ana começou a publicar os seus primeiros artigos e crónicas no jornal "Mala da Europa", sendo elogiada publicamente pelo político, poeta e escritor ultra-romântico português Thomaz Ribeiro. Para além das peças de carácter jornalístico, começou também a escrever, em 1898, diversas obras didácticas, romances, novelas, contos e peças infantis, incluindo a colecção de 18 volumes "Para as Crianças" (1897-1935) que lhe conferiu um lugar cimeiro como criadora da literatura infantil em Portugal.

Nesse mesmo ano, a 10 de Março, com 25 anos, casou-se com o poeta, publicista e membro do Partido Republicano Francisco Paulino Gomes de Oliveira, na igreja paroquial de Nossa Senhora da Anunciada, em Setúbal. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento de Camilo Pessanha, contudo, a amizade manteve-se até à morte do poeta, em 1926.

Com o virar do século, e o clima de instabilidade político-social existente na Europa, Ana de Osório Castro começou a focar os seus esforços na luta pela causa republicana e a igualdade de direitos entre homens e mulheres, reflectindo muitas vezes esses mesmo ideais nas suas obras literárias, e assim tornando-se numa das mais reconhecidas pioneiras activistas feministas em Portugal.

Activismo Republicano e Feminino

Em 1905 escreveu "As Mulheres Portuguesas", o primeiro manifesto feminista português, seguindo-se a criação da revista "A Sociedade Futura", o "Jornal dos Pequeninos", a sua integração no Grupo Português de Estudos Feministas e ainda, em 1908, com o apoio do político republicano António José de Almeida, a fundação da organização e associação política Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (LRMP), no 2º andar do nº 6 da Rua dos Castelinhos, em Lisboa, juntamente com as médicas e sufragistas Carolina Beatriz Ângelo e Adelaide Cabete, entre outras proeminentes mulheres da sociedade portuguesa de então.

Durante esse prolífero período, a escritora e activista publicou diversas obras e artigos de carácter politico e social, nomeadamente sobre o direito ao voto, à educação, ao trabalho e a importância da independência económica da mulher em caso de abandono ou viuvez, entre outros temas, não só na revista mensal da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, "A Mulher e a Criança", como também escreveu e fez distribuir, gratuitamente, folhetos de divulgação de normas educativas e de higiene para jovens mães, com o título "A Bem da Pátria".

Desempenhou ainda um papel de destaque no jornal setubalense "O Radical" de 1910 a 1911, fundou a Escola Liberal de Setúbal, as Edições Lusitânia, e tornou-se membro do Grande Oriente Lusitano, integrando a Loja Humanidade e adoptando como nome simbólico maçónico Leonor Fonseca Pimentel, em homenagem à revolucionária portuguesa do século XVIII. Durante a Primeira República, imediatamente após a implantação, colaborou com Afonso Costa, então Ministro da Justiça, na elaboração da lei do divórcio.

Pouco tempo depois, devido a conflitos internos na Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, nomeadamente com a militante Maria Veleda, sobre a proposta apresentada ao Governo para se alterar o Código Eleitoral, demitiu-se do cargo de presidente e fundou a Associação de Propaganda Feminista.

Em 1911, viajou para o Brasil quando o seu marido foi nomeado cônsul em São Paulo. Tornou-se professora e escreveu vários livros, entre os quais "Lendo e Aprendendo" e "Lição de História", dois manuais utilizados pelas escolas brasileiras e portuguesas. Três anos mais tarde, Paulino de Oliveira faleceu, a 13 de Março de 1914, vitimado pela tuberculose. Após enviuvar, Ana de Castro Osório regressou a Portugal com os seus dois filhos João de Castro Osório (1899-1970) e José Osório de Oliveira (1900-1964), e fixou residência em Lisboa, na Rua do Arco do Limoeiro.

Atenta ao clima de tensão, e subsequente guerra, presente na Europa, cria em 1914, a Comissão Feminina Pela Pátria, juntamente com Ana Augusta de Castilho, Antónia Bermudes e Maria Benedita Mouzinho de Albuquerque Pinho. Esta seria a primeira instituição organizada em Portugal com o objectivo de mobilizar as mulheres para o esforço de guerra. Anos mais tarde, com a participação das forças militares portuguesas na Primeira Grande Guerra, Elzira Dantas Machado, ao tempo Primeira Dama, viria a remodelar a comissão e fundar a Cruzadas das Mulheres Portuguesas, um movimento de beneficência que prestava assistência aos soldados mobilizados e suas famílias.

Assume ainda, em Junho de 1916, a pedido de António Maria da Silva, ministro do Trabalho, o cargo de Subinspectora dos Trabalhos Técnicos Femininos. Ao seu desempenho foram-lhe feitas várias críticas e acusações, nomeadamente pela jornalista Adelaide Abrantes, no jornal "A Voz", questionando a utilidade do cargo, sendo no seu ponto de vista um caso de favorecimento do ministro às suas "afilhadas", que viviam em conivência com a classe dos patrões ao não aplicarem no terreno as novas leis de trabalho decretadas pelo governo, tais como a abolição dos serões das costureiras.

Nos anos seguintes, Ana de Castro Osório continuou a escrever e afirmou-se como uma escritora reconhecida a nível nacional e no Brasil, regressando a este país, em 1922, para proferir uma série de conferências no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Sobre essas conferências, escreveu o livro "A Grande Aliança" (1924).

No fim da Primeira República, Ana de Castro Osório encontrava‑se "desiludida" com a situação política em Portugal e reduziu a sua intervenção pública ao trabalho na Cruzada das Mulheres Portuguesas e à sua escrita.

Últimos anos

Faleceu a 23 de Março de 1935. Contudo, sobre a sua morte, pouca informação parece ser exacta, atribuindo-se, em alguns periódicos da época, dois lugares distintos para o acontecimento: Lisboa e Setúbal. Pesquisas posteriores revelaram ter falecido na Rua Augusto Rosa, número 17, segundo andar, freguesia da Sé, Lisboa, apontando como causa de morte nefrite crónica.

Encontra o seu descanso final no jazigo de família número 4814, no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. No seu funeral, compareceram figuras de áreas distintas, entre as quais Regina Quintanilha, Fernanda de Castro, Maria Veleda, João de Barros, António Sérgio, Aquilino Ribeiro, Rodrigues Miguéis e Hernâni Cidade.

Obra Poética e Condecorações

Da sua imensa obra literária, que conta com mais de cinquenta títulos, incluindo ensaios, romances e contos, algumas obras de destaque são: "Em Tempo de Guerra" (1918), "A Verdadeira Mãe" (1925), "Viagens Aventurosas de Felício e Felizarda" (1923), "A Grande Aliança" (1924), "Mundo Novo" (1927), "A Capela das Rosas" (1931), "O Príncipe das Maçãs de Oiro" (1935), e "Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa" (2 volumes, compilada somente em 1952); assim como várias publicações periódicas de destaque onde colaborou como: "A Ave azul" (1899-1900), "Branco e Negro" (1896-1898), "Brasil-Portugal" (1899-1914), "A Leitura" (1894-1896), "Serões" (1901-1911), "A Farça" (1909-1910) e "Terra portuguesa" (1916-1927).

Para além dessas obras, e de o título de criadora da literatura infantil portuguesa, é lhe reconhecida uma extensa e intensiva recolha dos contos da tradição oral do país, e a tradução e publicação de vários contos dos irmãos Grimm assim como muitos outros autores estrangeiros de literatura para crianças. A Ana de Castro Osório ainda se deve a compilação, organização, edição e publicação de "Clepsidra", o único livro de Camilo Pessanha, em 1920, na editora por ela criada, Lusitânia.

A 17 de Maio de 1919 tornou-se Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 5 de Outubro de 1931 foi Comendadora da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Agrícola. Em 1976, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a escritora dando o seu nome a uma rua na zona da Quinta dos Condes de Carnide, em Carnide. Para além dessa rua, o seu nome foi atribuído a outras ruas nos concelhos do Montijo, Amadora, Amora, Mangualde, Sintra e Cascais.

Na Biblioteca de Belém (Lisboa), existe a Biblioteca especializada Ana de Castro Osório. No concelho de Mangualde foi criada a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Ana de Castro Osório.

http://clubehistoriaesvalp.blogspot.com/2010/06/ana-de-castro-osori...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_de_Castro_Os%C3%B3rio

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Ana de Castro Osório's Timeline

1872
June 18, 1872
Mangualde, Viseu, Portugal
1899
January 17, 1899
São Sebastião, Setúbal, Portugal
1900
August 27, 1900
São Sebastião, Setúbal, Portugal
1935
March 23, 1935
Age 62
Rua Augusto Rosa, 17, 2.º, Sé, Lisboa, Portugal
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Jazigo particular n.º4814, Cemitério do Alto de São João, Lisboa, Portugal