Antônio Gonçalves de Sá Peixoto

Antônio Gonçalves Pereira de Sá Peixoto nasceu no Rio de Janeiro, então capital do Império, no dia 27 de fevereiro de 1869, filho de Antônio Pereira de Sá Peixoto e de Maria Gonçalves Peixoto. Formado em direito, foi nomeado pelo presidente Floriano Peixoto (1891-1894) juiz federal no Amazonas, estabelecendo-se, assim, em Manaus. Em 1894 foi eleito deputado federal pelo Amazonas. Assumindo sua cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em maio do mesmo ano, exerceu o mandato até 1896. Nesse ano, com a posse de Fileto Pires Ferreira no governo do Amazonas (1896-1898), foi nomeado diretor geral da Instrução Pública no estado. Permaneceu no cargo até o ano seguinte, quando foi eleito deputado estadual. Assumindo sua cadeira na Assembleia Legislativa em 1897, exerceu o mandato até 1900. Em 1903 voltou a ser eleito deputado federal pelo Amazonas. Ainda antes do fim do mandato foi eleito senador em eleição suplementar e ocupou uma cadeira no Senado de 1905 a 1908. Em 1908 deixou o Senado Federal para tornar-se vice-governador do estado do Amazonas ao lado do governador coronel Antônio Ribeiro Bittencourt (23/7/1908- 22/12/1912). No dia 8 de outubro de 1910, enquanto era vice-governador, foi conivente com Pinheiro Machado na tentativa de golpe contra Antônio Ribeiro Bittencourt. A Marinha chegou a bombardear a cidade de Manaus, e Sá Peixoto teve de assumir o governo do estado durante 20 dias. Contudo, a tentativa golpista fracassou, e Ribeiro Bittencourt conseguiu reaver seu mandato no dia 31 de outubro do mesmo ano. Voltou então ao cargo de vice-governador, que manteve até o fim do mandato de Ribeiro Bittencourt, em dezembro de 1912. Em 1916 tornou-se ministro do Tribunal de Justiça do Amazonas, e entre os anos de 1923 e 1930, já como desembargador, foi presidente do tribunal. Foi também livre docente de direito internacional na Faculdade do Rio de Janeiro e professor de direito internacional privado na Faculdade do Amazonas. Pertenceu à Academia Amazonense de Letras. Foi Grão-mestre do Oriente do Brasil e recebeu o título de grande benemérito da Ordem Maçônica do Brasil. Faleceu no dia 17 de abril de 1948. Casou-se em primeiras núpcias com Eudóxia Sarmento Moreira, com quem teve cinco filhos. De uma segunda união nasceram seis filhos.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas