Antônio José Quim

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Antônio José Quim

Birthdate:
Birthplace: São Luís, Maranhão, Brasil (Brazil)
Death: March 27, 1877 (76)
São Luís, Maranhão, Brasil (Brazil)
Place of Burial: São Luís, Maranhão, Brasil
Immediate Family:

Son of Henrique Quim and Maria Francisca Serra Quim
Husband of NN and Isabel Jansen Serra Lima

Occupation: Capitão
Managed by: Leonardo Costa
Last Updated:

About Antônio José Quim

“Nasceu Antônio José Quim, nesta capital, em 10 de junho de 1800, sendo seus progenitores o Coronel Henrique Quim e D. Maria Francisca Serra Quim.

Desde tenra idade revelou talento e vocação decidida para as letras, que seriam aproveitados se a escassez das luzes, principalmente nesta Província, que alumiavam o Brasil Colônia, lhe permitisse dedicar-se a elas.

Apesar, porém, das dificuldades que encontrava para cultivar o seu espírito sequioso de instruir-se, procurava nos livros saciar essa sede, e, consultando os melhore professores que então havia, pôde adquirir o cabedal de conhecimentos que possuía.

Ainda muito jovem, Antônio José Quim principiou a prestar serviços a pátria, com muito patriotismo e desinteresse.

Em 13 de outubro de 1819 assentou praça no regimento de linha desta Província, sendo reconhecido cadete em 5 de novembro do mesmo ano. Promovido a alferes por decreto de 26 de março de 1821, a tenente para o batalhão de caçadores a 12 de outubro de 1823 e a capitão a 3 de maio de 1825, foi reformado na forma da lei, pelo então governador das armas, Pedro José da Costa Barros, por ato de 22 de janeiro de 1826.

Não tendo sido aprovado o ato do governador das armas a respeito da sua reforma no posto de capitão, como vimos da Provisão do Conselho supremo Militar de 4 de novembro de 1831, que ordenava que ficassem, não só de nenhum eleito a reforma, como também as promoções de tenente e capitão, foi ele conservado no posto de alferes.

Os brios do jovem oficial, injustamente feridos, não podiam concordar com semelhante deliberação, por isso entendeu que, por dignidade, deveria solicitar a sua exoneração do serviço militar, o que lhe foi concedido por decreto Imperial de 19 de fevereiro de 1832.

Em poucas palavras recordaremos os serviços por ele prestados, durante a sua longa vida pública.

Exaltados os ânimos pelos acontecimentos que vieram concorrer para a nossa emancipação política, foi o capitão Quim, encarregado pelo governo de seguir para o interior da Província, onde reais serviços prestou, os quais concorreram para o feliz êxito de sua importante comissão.

Jurada a Constituição e quando descansava dos labores de penosa jornada, no seio da família, foi surpreendido com a nomeação para a importante e arriscada comissão de ir ao Itapecuru e mais outros pontos do interior, afim de chamar aos seus deveres os pretos que também a seu turno exigiam a sua liberdade.

Não podia ser melhor a escolha.

Com o tino, de que dispunha, pôde, em pouco tempo, chama-los à ordem, castigando os que mais obstinados se opunham ao cumprimento de seus deveres.

Jurada a Constituição, foram, pelos art. 71 e 89 criados os Conselhos de Província e o nome de Antônio José Quim foi lembrado para fazer parte dessa importante corporação, onde nada esqueceu do que convinha à administração, municipalidades, etc.

Promulgado o ato adicional pela lei de 12 de agosto de 1834 e extintos esses Conselhos passaram as suas atribuições às Assembleias Provinciais.

Procedendo-se à eleição para os futuros deputados, foi o nome de Antônio José Quim incluindo no número dos que pelo povo eram encarregados, como seus legítimos procuradores, de velar por seus interesses. Com efeito a escolha foi bem acertada, pois muito trabalhou ele para o bem estar da Província, satisfazendo plenamente a confiança que em si depositavam.

Honrado com a nomeação de vice-presidente desta Província, administrou-a por duas vezes de 3 a 5 de março de 1834 e de 30 de outubro do mesmo ano a 20 de janeiro de 1835.

Criada a Companhia Municipal de Permanentes foi o nome de Antônio José Quim indicado para comanda-la na qualidade de capitão, cargo este que exerceu de 26 de abril de 1833 até 12 de dezembro de 1835.

Administrando então a Província Manuel Felippe de Souza e Mello em 1839, quando no interior rebentou a revolução conhecida pelo nome de – Balaiada – revolução que trouxera a nossa Província o luto e cercou-a de infelicidades, foi nesta capital organizado 1 batalhão, composto de cidadãos portugueses, que voluntariamente, se alistaram para por fim a semelhante luta fratricida, ainda o nome de Antônio José Quim foi lembrado para comandar uma das suas companhias.

Reais foram sem dúvida os feitos deste patriótico batalhão e reais foram também os serviços do nosso biografado.

Dissolvido o batalhão, quando já a Província gozava de sossego, voltou ele a capital, sendo, em 29 de novembro de 1838, nomeado tesoureiro interino da Tesouraria Geral, nomeação esta confirmada pelo Governo Geral em 19 de fevereiro do mesmo ano.

Homem de princípios rígidos e de uma boa fé, sem limites, teve por dever do seu novo cargo de chamar um fiel.

Desta data principiaram os revezes, senão o começo de sua total ruína.

O homem escolhido, o amigo, em quem depositara a mais ilimitada confiança, dela abusou.

O fato criminoso praticado nesta Província no ano de 1845 é bastante conhecido e não nos cumpre hoje reaviva-lo, visto que teríamos de tratar de quem já, perante o Supremo Juiz, foi dar conta de seus feitos cá na terra.

Comprometido nesse crime, de que foi vítima, viu-se privado de seus haveres e por isso reduzido a maior penúria.

De gênio estoico e de ânimo severo sofreu os reveses da sorte com a maior placidez, e já velho, por isso sem esperança de adquirir a fortuna perdida, solicitou dos poderes públicos um emprego qualquer afim de subsistir decentemente com sua família.

Assim, por ato do governo provincial de 14 de maio de 1853, foi nomeado bibliotecário público, lugar que ocupou até a extinção desse estabelecimento, passando, por deliberação da Assembléia Provincial, a ser adido a secretaria do governo.

Apesar de velho, na avançada idade de 77 anos, só deixou de ali comparecer diariamente quando foi postado no leito para render a alma ao seu Criador.

Tendo passado em 16 de abril de 1865 a segundas núpcias com D. Isabel Jansen Serra Lima, filha do coronel Raimundo Jansen Castro Lima e Anna Gertrudes Serra Lima, já falecidos, deixou-lhe, além de um nome respeitável e invejável, uma filhinha, fruto desse feliz consorcio.

O homem, que exerceu em seu país os mais elevados cargos de nomeação do governo, de eleição popular, tais como oficial de exército, e de comissões, membro do Conselho de Província, deputado provincial, vice-presidente da Província, tesoureiro da Tesouraria Geral, bibliotecário público, vereador e presidente da Câmara Municipal, juiz de paz, eleitor de paroquia, etc. morreu paupérrimo, legando a suas esposa e filha se não a miséria ao menos pobreza estrema.

Dotado de uma severidade de costumes, ameno em seu trato, trabalhado a antiga, nunca pediu nem esperou recompensas; sem honras baixou ao túmulo, apenas com o hábito de cavaleiro da Ordem de Cristo que lhe foi concedido por decreto de 16 de novembro de 1841” (RIBEIRO, 1877).


RIBEIRO, J. J. Antonio José Quim, Diario do Maranhão, São Luís, 10 abr. 1877. p. 1-2.

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Antônio José Quim's Timeline

1800
June 10, 1800
São Luís, Maranhão, Brasil (Brazil)
1877
March 27, 1877
Age 76
São Luís, Maranhão, Brasil (Brazil)
March 27, 1877
Age 76
São Luís, Maranhão, Brasil (Brazil)