Antonio Dias Adorno

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Antonio Dias Adorno

Birthdate:
Death:
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Son of Antônio Dias Adorno and Antonia Fogaça
Brother of Margarida Dias Campanaro Adorno

Managed by: Private User
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About Antonio Dias Adorno

Antônio Dias Adorno, neto de Paulo Adorno, foi um bandeirante e explorador português que efetuou diversas expedições pelo sertão, principalmente nas regiões da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Não deve ser confundido com o também bandeirante Antônio Dias de Oliveira, paulista. Em 1574, partindo de Salvador por mar, Adorno penetrou no Rio Caravelas e por terra chegou ao vale do Rio Mucuri, alcançando as terras do atual estado de Minas Gerais. Como a sua houve muitas outras entradas e explorações - as de André de Leão, Diogo Martins Cão, Marcos de Azevedo e seu filho, que devem ter atingido o extremo norte da atual Minas Gerais em busca da lendária lagoa de Vupabuçu, mas seus frutos não foram ouro e esmeraldas, mas sim índios para escravizar. Assim relata seu contemporâneo, Gabriel Soares de Souza:

Este rio Doce vem de muito longe e corre até o mar quase [no sentido] leste-oeste, pelo qual um Bastião Fernandes Tourinho, de quem falamos, fez uma entrada navegando por ele acima, até onde o ajudou a maré , com certos companheiros, e entrando por um braço acima, que se chama Mandi, onde desembarcou, caminhou por terra obra de vinte léguas, com o rosto a oés-sudoeste, onde foi dar com uma lagoa, a que o gentio chama boca do mar, por ser muito grande e funda, da qual nasce um rio que se mete neste rio doce, e leva muita água. Esta lagoa cresce às vezes tanto, que faz grande enchente neste rio Doce. Desta lagoa corre este rio a leste, e dela a quarenta léguas tem uma cachoeira; e andando esta gente ao longo do deste rio, que sai da lagoa mais de trinta léguas, se detiveram ali alguns dias; e tornando a caminhar, andaram quarenta dias com o rosto a oeste, e no cabo deles chegaram onde se mete este rio Doce, e andaram nestes quarenta dias setenta léguas pouco mais ou menos. E como esta gente chegou a este rio Doce, e o acharam tão possante, fizeram nele canoas de casca, em que se embarcaram, e foram por ali acima, até onde se mete neste rio outro, a que chamam Açeçi, pelo qual entraram e foram quatro léguas, e no cabo delas desembarcaram e foram por terra com o rosto a noroeste onze dias, e atravessaram o Açeçi, e andaram ao longo dele cinquenta léguas ao longo dele da banda ao sul trinta léguas.

E aqui, conta-se como acharam as pedras:

Aqui achou esta gente umas pedreiras, que tem umas pedras verdoengas, e que tomam de azul que parecem turquescas (sic), e afirmou aqui o gentio vizinho que no cimo deste monte se tiravam pedras muito azuis, e que havia outras que, segundo sua informação, havia muito ouro descoberto. E quando esta gente passou o Açeçi a derradeira vez, dali cinco ou seis léguas da banda do norte, achou Bastião Fernandes uma pedreira de esmeraldas e outra de safiras, as quais estão ao pé de uma serra cheia de arvoredo do tamanho de uma légua, e quando esta gente ia do mar por este rio Doce, acima sessenta ou setenta léguas da barra, acharam umas serras ao longo do rio Arvoredo, e quase todas de pedra, em que também acharam pedras verdes; e indo mais acima quatro ou cinco léguas da banda do sul, está outra serra, em que afirma o gentio haver pedras verdes e vermelhas tão compridas como dedos, e outras azuis, todas mui resplandecentes. Desta serra para a banda de leste pouco mais de uma légua está uma serra, que é quase toda de cristal muito fino, a qual terá em si muitas esmeraldas, e outras pedras azuis. Com estas informações que Bastião Fernandes deu a Luís de Brito, sendo governador, mandou Antonio Dias Adorno, como já fica dito atrás, o qual achou ao pé deste serra, da banda de leste as esmeraldas, e da de oeste as safiras. E umas e outras nascem no cristal, de onde trouxeram muitas e algumas muito grandes, mas todas baixas; mas presume-se que debaixo da terra as deve de haver finas, porque estas estavam à flor da terra. Em muitas partes achou esta gente pedras desacostumadas, de grande peso, que afirmam terem ouro e prata, do que não trouxeram amostras, por não poderem trazer mais que as primeiras e com trabalho; a qual gente se tornou para o mar pelo rio Grande abaixo, como já fica dito. E Antonio Dias Adorno, quando foi a estas pedras, as recolheu por terra, atravessando pelos Tupinaes (sic) e por entre os Tupinambas (sic), e com uns e outros teve grandes escaramuças, e com muito trabalho e risco de sua pessoa chegou à Bahia e fazenda de Gabriel Soares de Sousa.

(Wikipedia)

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