Antonio Teixeira da Rocha, barão de Maceió

Antônio Teixeira da Rocha nasceu na antiga Cidade das Alagoas, hoje Marechal Deodoro, então capital da Província das Alagoas, no dia 04 de abril de 1824, sendo seus pais o major Manoel Casimiro da Rocha e Joanna Maria da Conceição Rocha, ambos descendentes da mesma província.

Seu pai, filho de Antônio Teixeira da Rocha e de Manoela da Conceição Barbosa, nasceu na Vila das Alagoas em 04 de março de 1796 e faleceu em Maceió no dia 06 de maio de 1875. Foi oficial de milícias da Vila de São Miguel e, na Cidade das Alagoas, exerceu os cargos de suplente de juiz municipal, juiz de paz, vereador e presidente da Câmara Municipal, sendo ainda, na mesma cidade, irmão da Ordem 3ª do Carmo.

Fez os estudos preparatórios em Salvador e em 1840, aos dezesseis anos de idade, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, doutorando-se em fins de 1846, apresentando à Congregação da Faculdade a tese intitulada “Princípios de Filosofia Médica”.

Nesta época, em Salvador, pertenceu à Sociedade de Medicina, à Sociedade Instrutiva e à Biblioteca Clássica Portuguesa.

No ano seguinte à formatura, retornou à terra natal, onde principiou o exercício da medicina.

Estreou na vida pública na Província, sendo eleito (1847) deputado à Assembleia Legislativa em duas Legislaturas consecutivas, na 7ª (1848/1849) e 8ª (1850/1851).

Em 1855, transferiu o seu domicílio para a Corte do Império onde, quatro anos depois (1859), foi provido, por concurso, no cargo de Lente Substituto da Seção Cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, cuja tese versou sobre Infecção Purulente e Hérnias Inguinais.

Permaneceu por pouco tempo como Lente Substituto, pois logo passou para a Cátedra de Anatomia Geral e Patologia, exercendo-a de 1864 a 1884 e, deste ano até o seu falecimento, ministrou a Cátedra de Histologia Teórica e Prática. Importante registrar que, à época, os professores catedráticos tinham honras de desembargador e tratamento de senhoria.

Data desse tempo, também, o seu ingresso na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, onde exerceu por longo tempo as funções de médico clínico da Seção Cirúrgica.

Em 1872, foi eleito Deputado, por Alagoas, à Assembleia Geral, exercendo o mandato de 31 de dezembro daquele ano a 1875 (15ª Legislatura), sendo reeleito para a Legislatura seguinte (31 de dezembro de 1876 a 1877), sempre filiado ao Partido Conservador.

Era condecorado com o hábito da Imperial Ordem da Rosa e com a Comenda de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal e fora nomeado Médico da Imperial Câmara, em 1873, e com o título do Conselho, em 1874.

Por decreto de 29 de julho de 1877, foi agraciado com o título de Barão de Maceió.

Fonte : Alagoanidades

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