Fernando Henriques, 2.º senhor das Alcáçovas

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Fernando Henriques, 2.º senhor das Alcáçovas

Portuguese: D.Fernando Henriques (de Castilla), 2.º senhor das Alcáçovas
Birthdate:
Birthplace: Castela, Espanha (Spain)
Death: circa 1452 (58-76)
Place of Burial: Alcáçovas, Viana do Alentejo, Évora, Portugal
Immediate Family:

Son of Fernando de Castela, senhor de Puenas e Alcaçovas and Leonor Sarmiento de Castilla
Husband of Branca de Melo, senhora de Barbacena
Father of João Henriques; Brites Henriques; Isabel Henriques; Briolanja Henriques; Joana Henriques and 3 others

Occupation: senhor das Alcáçovas
Managed by: João Ramalho Carlos
Last Updated:

About Fernando Henriques, 2.º senhor das Alcáçovas

D. Henrique II, filho bastardo de D. Afonso XI, Rei de Castela, e de D. Leonor Numes de Gusmão, filha de D. Pedro Numes de Gusmão e de sua mulher D. Joana Ponce de Leão.

D. Henrique II matou e tirou a Coroa de Castela a seu irmão D. Pedro, o Cruel, e de D. Brites Fernandes de Angulo, filha de Pedro Afonso de Angulo, alcaide-mor de Córdova, e de sua mulher D. Sancha Inigues de Cárcamo, houve filhos ilegítimos, sendo um deles D. Fernando Henriques, nascido no ano de 1365 e casado com D. Leonor Sarmento, filha de D. Diogo Peres Sarmento, senhor de Vilamaior e Salinas, e de sua mulher D. Mécia de Castro, a qual D. Leonor era sua parenta em segundo e terceiro grau por consanguinidade, porquanto a mãe dela era prima coirmã de D. Fernando Henriques.

Deste matrimonio nasceu outro D. Fernando Henriques, que veio para Portugal e foi tratado por neto del-rei. Teve o senhorio das Alcáçovas, doado por D. Duarte com o consentimento do Infante D. Henrique para o casamento do referido D. Fernando, a quem chamava tio, o qual foi confirmado por D. Afonso V em 24-VIII-1439. Este monarca fez nova doação a D. Branca de Melo sua mulher, em 5-II-1453, declarando nela que D. Fernando era seu primo, neto do Rei D. Henrique II de Castela.

D. Fernando Henriques, além de ser o primeiro senhor das Alcáçovas, teve o reguengo do mesmo nome por mercê de 1440 e foi apresentador-mor de D. João II e do seu conselho. Recebeu-se com D. Branca de Melo, senhora de Barbacena, filha de Martim Afonso de Melo, alcaide-mor de Évora e de Olivença e guarda-mor de D. João I, e de sua segunda mulher D. Briolanja de Sousa, de cujo matrimonio teve larga descendência que segui o apelido de Henriques.

João Rodrigues de Sá cantou os Henriques nas trovas heráldicas, dizendo:

Está mas nom posto em alto douro em castelo real em vermelho, apar do qual fazem dous lyoens hum salto sobre o segundo metal.

Vinda do conde Gijão Annriquez he jeração, que com taes armas que tem dos reys de Castela uem, mas nom jaa per soçessão.

Igualmente o bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, os não esqueceu nos seus versos, dizendo:

Este também é real e vem do Conde Girão, é a mesma geração que temos em Portugal mas não já na socessão.

E dos outros Henriques diz:

Henrique é nome alemão, e foi companheiro forte e mui antigo brazão e vieram lá do norte contra a agarena nação.

Refere-se ao cavaleiro Henrique que ajudou o primeiro Rei de Portugal na tomada de Lisboa, na qual morreu, estando enterrado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. RESUMO

Tratando-se de um patronímico (filhos de Henrique), pelo que muitas terão sido as famílias que o adoptaram por apelido sem estarem ligadas por laços de consanguinidade.

Há todavia uma família de Henriques que pelas suas origens, se destaca de todas as outras. É a que vem de D. Fernando Henriquez, filho bastardo de Henrique II, rei de Castela, havido em Dona Sancha Iñiguez de Cárcamo e nascido em 1365.

Do seu casamento com D. Leonor Sarmiento teve a outro D. Fernando Henriques, que veio para Portugal e aqui foi tratado como parente pelos reis D. João I e D. Duarte, dando-lhe este último o senhorio das Alcáçovas e do reguengo do mesmo nome, com geração que prosseguiu o uso deste patronímico.

A chefia desta família está na Casa dos Condes das Alcáçovas (Henriques de Lancastre).

De outro filho natural de Henrique II, rei de Castela, descende o ramo dos Henriquez ditos de Sevilha, com ramificações em Portugal e na Madeira.

Na Madeira, um outro ramo de Henriques parece descender de um enigmático cavaleiro polaco Henrique Alemão (supostamente o rei Ladislau Jagiello II da Polónia, desaparecido na batalha de Varna), de cuja única filha Bárbara Henriques, a descendência usou o apelido.

Leopold Kielanowski, historiador polaco, escreveu um livro em que aventa a hipótese de Henrique Alemão ser o próprio rei o desaparecido, versão polaca do nosso rei D.Sebastião polaco.

O livro, intitulado "A Odisseia de Ladislau o Varnense", editado na Madeira, apresenta este lendário cavaleiro como uma figura de mistério que tem feito e continuará a fazer correr muita tinta.

Seja ele quem for, o certo é que está também na origem do apelido Henriques.

No nobiliário dos França Dória está patente a origem da família Gomes Henriques, que provem de Manuel Afonso, filho do cavaleiro Pedro Fernandes,o grande e de Isabel Afonso, esta filha de outra Isabel Afonso, por seu turno filha de Barbara Henriques, esta a única filha sobrevivente do cavaleiro Henrique Alemão e de Guiomar Gomes Henriques, filha de D. Pedro de Noronha Henriques e de D. Joana Gomes do Galdo.

Os Gomes Henriques representam assim dois troncos de Henriques da Madeira: os Henriques Alemães e os Henriques de Noronha.

Outra família de Henriques, que nada tem a ver com aqueles, provém de um marinheiro de origem dinamarquesa e chamado Eriksen, que se estabeleceu no nosso país em princípios do séc. XVII, traduzindo aquele seu nome para Henriques e transmitindo-o à descendência.

Uma outra família Henriques, embora com menor peso histórico e político, é a dos Henriques do Bombarral, da qual descendem os Gorjão Henriques (Gorjão Henriques da Cunha Coimbra Botado e Serra).

O primeiro deste ramo, Luis Henriques, foi monteiro-mor de D. João I e um dos 20 a cavalo que esteve com o Mestre de Avis no cerco de Lisboa, como vem documentado nas crónicas da época e na sua lápide tumular. Eram morgados no Bombarral e a sua casa foi doada a Luís Henriques em 1422 por D. João I, que lhe atribuíu todos os bens de Pedro Esteves, que se havia passado para Castela na crise dinástica, ainda que tenha casado com uma filha deste, D. Inês Martins.

É hoje o edíficio da Câmara Municipal do Bombarral (vd. Arquivo Nac. Torre do Tombo, Chancelaria de D. João I, livro 1, p. 17)

ARMAS Brasao Henriques

Dos senhores das Alcáçovas: de vermelho, um castelo de ouro, aberto, iluminado e lavrado de azul (Castela), mantelado de prata, dois leões de púrpura, armados e lampassados de azul, o da direita volvido (Leão). Timbre: o castelo do escudo, rematado por um leão sainte de púrpura.

https://www.myheritage.fr/photo-1000133_25457511_25457511/brasaohen...

ver: http://www.bdalentejo.net/BDAObra/obras/89/PDF/89.pdf onde se fala do 1.º Senhor Alcáçovas

àcerca (Português)

D. Henrique II, filho bastardo de D. Afonso XI, Rei de Castela, e de D. Leonor Numes de Gusmão, filha de D. Pedro Numes de Gusmão e de sua mulher D. Joana Ponce de Leão.

D. Henrique II matou e tirou a Coroa de Castela a seu irmão D. Pedro, o Cruel, e de D. Brites Fernandes de Angulo, filha de Pedro Afonso de Angulo, alcaide-mor de Córdova, e de sua mulher D. Sancha Inigues de Cárcamo, houve filhos ilegítimos, sendo um deles D. Fernando Henriques, nascido no ano de 1365 e casado com D. Leonor Sarmento, filha de D. Diogo Peres Sarmento, senhor de Vilamaior e Salinas, e de sua mulher D. Mécia de Castro, a qual D. Leonor era sua parenta em segundo e terceiro grau por consanguinidade, porquanto a mãe dela era prima coirmã de D. Fernando Henriques.

Deste matrimonio nasceu outro D. Fernando Henriques, que veio para Portugal e foi tratado por neto del-rei. Teve o senhorio das Alcáçovas, doado por D. Duarte com o consentimento do Infante D. Henrique para o casamento do referido D. Fernando, a quem chamava tio, o qual foi confirmado por D. Afonso V em 24-VIII-1439. Este monarca fez nova doação a D. Branca de Melo sua mulher, em 5-II-1453, declarando nela que D. Fernando era seu primo, neto do Rei D. Henrique II de Castela.

D. Fernando Henriques, além de ser o primeiro senhor das Alcáçovas, teve o reguengo do mesmo nome por mercê de 1440 e foi apresentador-mor de D. João II e do seu conselho. Recebeu-se com D. Branca de Melo, senhora de Barbacena, filha de Martim Afonso de Melo, alcaide-mor de Évora e de Olivença e guarda-mor de D. João I, e de sua segunda mulher D. Briolanja de Sousa, de cujo matrimonio teve larga descendência que segui o apelido de Henriques.

João Rodrigues de Sá cantou os Henriques nas trovas heráldicas, dizendo:

Está mas nom posto em alto douro em castelo real em vermelho, apar do qual fazem dous lyoens hum salto sobre o segundo metal.

Vinda do conde Gijão Annriquez he jeração, que com taes armas que tem dos reys de Castela uem, mas nom jaa per soçessão.

Igualmente o bispo de Malaca, D. João Ribeiro Gaio, os não esqueceu nos seus versos, dizendo:

Este também é real e vem do Conde Girão, é a mesma geração que temos em Portugal mas não já na socessão.

E dos outros Henriques diz:

Henrique é nome alemão, e foi companheiro forte e mui antigo brazão e vieram lá do norte contra a agarena nação.

Refere-se ao cavaleiro Henrique que ajudou o primeiro Rei de Portugal na tomada de Lisboa, na qual morreu, estando enterrado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. RESUMO

Tratando-se de um patronímico (filhos de Henrique), pelo que muitas terão sido as famílias que o adoptaram por apelido sem estarem ligadas por laços de consanguinidade.

Há todavia uma família de Henriques que pelas suas origens, se destaca de todas as outras. É a que vem de D. Fernando Henriquez, filho bastardo de Henrique II, rei de Castela, havido em Dona Sancha Iñiguez de Cárcamo e nascido em 1365.

Do seu casamento com D. Leonor Sarmiento teve a outro D. Fernando Henriques, que veio para Portugal e aqui foi tratado como parente pelos reis D. João I e D. Duarte, dando-lhe este último o senhorio das Alcáçovas e do reguengo do mesmo nome, com geração que prosseguiu o uso deste patronímico.

A chefia desta família está na Casa dos Condes das Alcáçovas (Henriques de Lancastre).

De outro filho natural de Henrique II, rei de Castela, descende o ramo dos Henriquez ditos de Sevilha, com ramificações em Portugal e na Madeira.

Na Madeira, um outro ramo de Henriques parece descender de um enigmático cavaleiro polaco Henrique Alemão (supostamente o rei Ladislau Jagiello II da Polónia, desaparecido na batalha de Varna), de cuja única filha Bárbara Henriques, a descendência usou o apelido.

Leopold Kielanowski, historiador polaco, escreveu um livro em que aventa a hipótese de Henrique Alemão ser o próprio rei o desaparecido, versão polaca do nosso rei D.Sebastião polaco.

O livro, intitulado "A Odisseia de Ladislau o Varnense", editado na Madeira, apresenta este lendário cavaleiro como uma figura de mistério que tem feito e continuará a fazer correr muita tinta.

Seja ele quem for, o certo é que está também na origem do apelido Henriques.

No nobiliário dos França Dória está patente a origem da família Gomes Henriques, que provem de Manuel Afonso, filho do cavaleiro Pedro Fernandes,o grande e de Isabel Afonso, esta filha de outra Isabel Afonso, por seu turno filha de Barbara Henriques, esta a única filha sobrevivente do cavaleiro Henrique Alemão e de Guiomar Gomes Henriques, filha de D. Pedro de Noronha Henriques e de D. Joana Gomes do Galdo.

Os Gomes Henriques representam assim dois troncos de Henriques da Madeira: os Henriques Alemães e os Henriques de Noronha.

Outra família de Henriques, que nada tem a ver com aqueles, provém de um marinheiro de origem dinamarquesa e chamado Eriksen, que se estabeleceu no nosso país em princípios do séc. XVII, traduzindo aquele seu nome para Henriques e transmitindo-o à descendência.

Uma outra família Henriques, embora com menor peso histórico e político, é a dos Henriques do Bombarral, da qual descendem os Gorjão Henriques (Gorjão Henriques da Cunha Coimbra Botado e Serra).

O primeiro deste ramo, Luis Henriques, foi monteiro-mor de D. João I e um dos 20 a cavalo que esteve com o Mestre de Avis no cerco de Lisboa, como vem documentado nas crónicas da época e na sua lápide tumular. Eram morgados no Bombarral e a sua casa foi doada a Luís Henriques em 1422 por D. João I, que lhe atribuíu todos os bens de Pedro Esteves, que se havia passado para Castela na crise dinástica, ainda que tenha casado com uma filha deste, D. Inês Martins.

É hoje o edíficio da Câmara Municipal do Bombarral (vd. Arquivo Nac. Torre do Tombo, Chancelaria de D. João I, livro 1, p. 17)

ARMAS Brasao Henriques

Dos senhores das Alcáçovas: de vermelho, um castelo de ouro, aberto, iluminado e lavrado de azul (Castela), mantelado de prata, dois leões de púrpura, armados e lampassados de azul, o da direita volvido (Leão). Timbre: o castelo do escudo, rematado por um leão sainte de púrpura.

https://www.myheritage.fr/photo-1000133_25457511_25457511/brasaohen...

ver: http://www.bdalentejo.net/BDAObra/obras/89/PDF/89.pdf onde se fala do 1.º Senhor Alcáçovas