Domingos Vidal de Barbosa Lage

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Domingos Vidal de Barbosa Lage

Birthdate:
Birthplace: Minas Gerais, Brazil
Death: circa 1793 (23-40)
Immediate Family:

Son of Antonio Vidal de Barbosa Lage and Teresa Coutinho Gonçalves Chaves
Brother of Manuel Vidal Lage and Francisco Vidal de Barbosa Lage

Managed by: Nivea Nunes Dias
Last Updated:

About Domingos Vidal de Barbosa Lage

- Dr. Domingos Vidal de Barbosa Lage, inconfidente, n. 1761, NS da Conceição do Mato, Chapéu D'Uvas, MG, Médico, fazendeiro em Juiz de Fora, primo dos também inconfidentes Francisco Antonio de Oliveira Lopes e José Lopes de Oliveira. Juntamente com José Joaquim da Maia e Barbalho, teria se encontrado com Thomas Jefferson, segundo declarações de Francisco Antônio de Oliveira Lopes. (A.5.389, 9.273, DD.102 e "A Inconfidência Mineira", de Márcio Jardim, fls. 272). - Obs.: Vide toda a ascendência em VT.1.178.

Fonte : Genealogia Brasileira
DOMINGOS VIDAL DE BARBOSA LAGE (1761 – 1793)

Nasceu Domingos Vidal, na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Caminho do Mato, em 1761. Era filho do Ca­pitão Antonio Vidal de Barbosa e d. Teresa Maria de Jesus, membros de uma antiga e abastada família da Capitania de Mi­nas. Formou-se em medicina em Bordéus, regressando ao Bra­sil em 1789, onde viveu “mais do recurso de sua lavoura do que da sua clinica”, consoante escreve Joaquim Norberto.

Era Domingos Vidal cunhado do Coronel Francisco Anto­nio de Oliveira Lopes, por cujo intermedio ficou inteirado dos planos da conspiração mineira. Foi ainda Vidal quem narrou a José de Rezende Costa Filho e ao coronel Francisco Antonio, o episódio da conspiração de José Joaquim da Maia com Jeffer­son, então ministro americano em Paris, ácerca da independen­cia do Brasil.

Esta revelação custaria bem cara a Domingos Vidal, pois os juizes da devassa mostravam-se cada vez mais insatisfeitos com os seus depoimentos, de nada lhe valendo a carta denuncia que escreveu a 9 de Julho de 1789, na qual comprometia terri­velmente seu cunhado e o jovem Rezende Costa Filho.

Este jamais lhe perdoou a delação, pois que, em 1846, ain­da o acusava na Revista do Instituto Historico, de haver vendido a denuncia por um habito de Cristo e uma tença de 200$000, premias que esperou de Lisbôa, sem nunca lograr recebe-los.

A 19 de Julho de 1789, dez dias depois de escrita a sua carta-denuncia, foi Domingos Vidal de Barbosa preso em Juiz de Fóra e conduzido á cadeia de Vila Rica pelo porta-estandarte Francisco Xavier Machado. Aí sofreu varias interrogatorios, sendo depois remetido para o Rio de Janeiro, para onde seguiu escoltado, tendo por companheiro de jornada o padre José Lo­pes. Ali chegando, foi o jovem medico encerrado nas masmor­ras da fortaleza da Conceição, em companhia de José Alvares Maciel.

Condenado á morte, por sentença de 19 de Abril de 1792, teve Domingos Vidal a sua pena comutada em degredo por dez anos para a ilha de S. Tiago de Cabo Verde, onde desembarcou em principias de Janeiro de 1793.

Na ilha de S. Tiago residia o brasileiro dr. João da Silva Feijó, eminente naturalista, que ali se encontrava como secreta­rio do governador Francisco José Teixeira Carneiro. Ambos re­ceberam o exilado com atenções e carinhos, tendo ficado Domingos Vidal recolhido ao Convento de S. Francisco, na cidade de Ribeira Grande, onde faleceu de febres endemicas na região, em Agosto de 1793.

Duas odes, é tudo quanto nos ficou de Domingos Vidal de Barbosa, sendo uma delas de autoria contestada. Sacramento Blake afirma ter deixado o inconfidente “grande copia de ver­sos, escritos desde Os tempos de estudante e que não teve tempo de coleccionar e dar á “estampa”. Embora não conheçamos a ra­zão desta afirmativa do ilustre patricia, somos inclinados a acei­ta-la, pois é muito natural que as produções poeticas de Vidal de Barbosa, tenham tido, nos sequestras, o destino que tiveram as de Alvarenga Peixoto.

A Ode ao Vice-Rei Luis de Vasconcelos e Souza, foi coligida por Januario da Cunha Barbosa, e incluida no seu Parnaso Brasileiro. Melo Morais Filho reproduziu-a “no seu Novo Par­naso Brasileiro. (Vol. 1.°, pg. 223).

A Ode a Afonso de Albuquerque foi tambem recolhida por Januario, e depois por Pereira da Silva, no seu Parnaso Brasi­leiro (Vol. 1.°, pg. 244).

Até o aparecimento das Obras Poeticas de Manoel Inacio da Silva Alvarenga, editadas por Joaquim Norberto, a Ode a Afonso de Albuquerque era atribuida a Domingos Vidal, e nessa convicção a incluiu o Conego januario em seu Mosaico Poetico.

Esta ode apareceu pela primeira vez na Colecção de poesias ineditas (Tomo III — pg. 21), assinada por João Inacio da Sil­va Alvarenga, nome deturpado de Manoel Inacio da Silva Alva­renga, consoante a opinião de Joaquim Norberto. Atribuida de­pois a Domingos Vidal de Barbosa, passou novamente a ser tida como produção de Silva Alvarenga, depois da publicação de suas Obras Poéticas, em 1864.

Joaquim Norberto, diante destas incoerencias, optou por Silva Alvarenga, declarando que “nem um mal fazia em da-la como do nosso poeta”.

Todavia, uma simples comparação da Ode a Luis de Vas­concelos com a Ode a Afonso de Albuquerque, convencerá que ambas são do mesmo autor. Ou ambas são de Domingos Vidal ou ambas de Silva Alvarenga.

A forma do verso, a metrica, a ideia, e até a repetição de certas figuras e pensamentos, comprovam a nossa afirmativa.

Vejamos estas duas estrofes, onde se repetem as mesmas ideias, as mesmas figuras, e até os mesmos versos:

Na Ode a Afonso de Albuquerque:

“Entre os espessos barbaros alfanges

Vejo arrancar os louros vencedores;

Fogem cortadas, temidas falanges

Dentre mortais clamores.

Do guerreiro Albuquerque o nome e a gloría

Vejo subir ao Templo da Memoria.”

e na Ode a Luis de Vasconcelos:

“Serei triste e terrivel homicida

D’ altos imperios, torres elevadas;

Pobre choupana a cinzas reduzidas,

Cidades sublimadas,

Tudo consumirei; só tua gloria

Verei subir ao Templo da Memoria”.

Outras estrofes poderiam ser comparadas, porém, acredi­tamos que essas duas mostram sobejamente quão injusto foi Joa­quim Norberto em querer reduzir, ainda mais, a já reduzida obra poetica do medico mineiro.

Quanto a nós, não temos duvida em afirmar, levados pela comparação que fizemos das duas odes, que ambas são da au­toria do desventurado poeta inconfidente.

FONTE: PARANHOS, Haroldo. História do romantismo no Brasil. São Paulo: Edições Cultura Brasileira, 1937

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