Eudoro Libanio Villela

Is your surname Villela?

Research the Villela family

Eudoro Libanio Villela's Geni Profile

Share your family tree and photos with the people you know and love

  • Build your family tree online
  • Share photos and videos
  • Smart Matching™ technology
  • Free!

Eudoro Libanio Villela

Birthdate:
Birthplace: Vargem Grande Do Sul, SP, Brazil
Death: April 18, 2001 (93)
São Paulo, São Paulo, SP, Brazil
Place of Burial: São Paulo, São Paulo, SP, Brazil
Immediate Family:

Son of Eurico de Azevedo Vilela and Maria José Libânio
Husband of Maria de Lourdes Egydio de Souza Aranha
Father of Private and Private
Brother of Mauricio Libanio Villela; Private User; Ruth Libanio Villela; Rubem Libanio Villela; Eurico Libanio Villela and 1 other

Managed by: Private User
Last Updated:

About Eudoro Libanio Villela

Eudoro Libânio Villela (nascido em 1907), foi um empreendedor na indústria e inovador do sistema bancário brasileiro, nasceu em Vargem Grande do Sul, interior de São Paulo e morreu em 2001 em São Paulo – Capital. Um dos últimos representantes da geração que transformou o Brasil de país agrícola, do início do século XX, em potência industrial, nos anos 70. (Lucia Kassai, jornalista em artigo para a revista Isto é Dinheiro de 13 de abril de 2001).

“Um homem além de seu tempo, que teve uma participação relevante no mundo empresarial brasileiro, que com sua criatividade e espirito inovador, introduziu no Brasil novas técnicas para a produção de chapas de fibra de madeira, nos métodos da pecuária ou nos estudos sobre reflorestamento, que além de ser um dos responsáveis pela formação do "Império Itaú" e que teve forte paixão pelo Brasil. Sonhava-o grande, como potência do pelotão de frente, saudável na política, próspero na economia, mais justo na distribuição de renda e mais consciente de suas responsabilidades, como na preservação dos patrimônios naturais e na defesa da soberania sobre a Amazônia. Exemplo de homem de sólida formação moral, intelectual e científica; de humanista preocupado com as assimetrias e as desigualdades existentes no mundo; de empresário pioneiro e de visão; de mecenas das artes e das letras; e de brasileiro perdidamente apaixonado pelo desenvolvimento e pela grandeza do país e empenhado na melhoria dos níveis da vida de seu povo.” (Antonio Gomes da Costa, presidente do Real Gabinete Português de Leitura e presidente da Federação das Associações Portuguesas Luso-Brasileiras – em artigo para a Folha de S.Paulo de 26/4/2001).

Filho de Maria José Libânio (*1886) e Eurico de Azevedo Villela (*1883 +1962) , cientista, médico, professor, higienista, administrador de hospitais e um dos membros da equipe de Carlos Chagas que descobriu o micro-organismo causador da doença de Chagas no Brasil.

Casou-se em 1938 com Maria de Lourdes Egydio de Souza Aranha, nascida em 16 de dezembro de 1916, filha de Umbelina Egydio de Souza Aranha e de Alfredo Egydio de Sousa Aranha (*1894 - +1961) .

Tiveram dois filhos, Maria de Lourdes Egydio Villela “Milú”, nascida em 8 de setembro de 1943 e, Alfredo Egydio Arruda Villela, nascido em 6 de outubro de 1939 que faleceu em 18 de janeiro de 1982 em um acidente aéreo em Paraty, Rio de Janeiro, junto com sua esposa, Maria Sílvia de Mattos Barretto (*1943 +1982).

Carreira na medicina

Em 1928 formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 1931 tornou-se encarregado dos cursos de anatomia patológica da Fundação Oswaldo Cruz sob orientação do Dr. Carlos Bastos Magarinos Torres, quando obteve uma bolsa da Fundação Gaffrée-Guinle e foi trabalhar em Paris na França, no Institut du Radium[5] de La Fundation Curie,[6] sob orientação dos professores Claudius Régaud, Antonie Lacassagne e G. Gricouroff e da própria Madame Curie.

Nessa época ele desenvolveu uma técnica para identificação de tumores malignos, que foi batizada de (“Rio-Hortega-Villela”), método utilizado até hoje no diagnóstico de câncer.

Noticia sobre sua entrevista ao Diário da Tarde

Terminado o estágio francês, ingressou no laboratório do Professor Pio Del Rio-Hortega, em Madrid, atuando como assistente dos técnicos histológicos de impregnação pelo método Cajal.

Em 1935 retornou ao Brasil e foi indicado para Chefe de Serviço no Instituto do Câncer da Fundação Oswaldo Cruz, cargo que não o obrigava a dedicar-se com exclusividade, podendo com isso se manter também suas funções no serviço de autópsia do Hospital São Francisco de Assis da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Tornou-se ainda, responsável pelo setor de histopatológia no Laboratório da Missão Rockefeller no Rio de Janeiro, sob orientação do Dr. Fred Soper, grande pesquisador de doenças tropicais.

No Brasil fez vários cursos de especialização em várias instituições de renome.

Ao lado, certificado de conclusão de curso efetuado no período de 13 de fevereiro a 13 de agosto de 1940 no Instituto “Arnaldo Vieira de Carvalho”, atual Instituto Dr. Arnaldo. sobre o problema do câncer no serviço de Curietherapie do Instituto.

Carreira como empresário

Quando estava estagiando em Paris, nos intervalos dos trabalhos de pesquisa, aproveitava o tempo livre para visitar centros de tecnologia na Europa.

Em Estocolmo, na Suécia, tomou ciência de um método novo para tratar chapas de fibra de madeira tipo hardboard, um material derivado da madeira parecido com MDF, mas muito mais duro e mais denso, feito com fibras de madeira altamente comprimidas.

Homem de visão percebeu que isso poderia ser feito no Brasil, utilizando-se das reservas florestais de eucaliptos de São Paulo, então parcialmente exploradas. Sugeriu ao sogro – Alfredo Egídio de Sousa Aranha, dono do Banco Federal de Crédito – a criação de uma fábrica que explorasse a tecnologia no Brasil.

No início dos anos 50, Eudoro Villela e Nivaldo Coimbra de Ulhoa Cintra, proprietários da empresa de importação e exportação "Los Andes", encaminharam a Suécia, amostra de Eucaliptos brasileiros para teste. Ao receberem o resultado dos testes demonstrando a ótima qualidade da madeira de eucalipto brasileiro, ficaram empolgados e deram início a um empreendimento pioneiro no País: a fabricação de chapas de fibra de madeira que, antes, eram importadas da Suécia.

Com o apoio e a colaboração do sogro, Alfredo Egydio, os dois empresários procuraram a empresa sueca Defibrator para a aquisição de equipamentos e maquinários.

Além da assistência técnica sueca, a nova fábrica contou com a colaboração da família Leloir (Maximo Leloir), proprietária da FIPLASTO, empresa argentina congênere, que com sua ajuda permitiu ao Brasil iniciar suas primeiras exportações de chapas de fibra de madeira, do tipo “hard-board”, aos Estados Unidos.

No dia 31 de março de 1951, nasceu a Duratex S.A Indústria e Comércio,[15] um empreendimento pioneiro no Brasil.

O projeto contou, com o apoio do Ministro Osvaldo Aranha responsável na época, pelo tratamento preferencial necessário a obtenção da licença de importação dos equipamentos básicos.

Em 1954, entrou em operação a primeira fábrica da Duratex, no município de Jundiaí.

Atualmente, a Duratex é a maior empresa produtora de painéis de madeira industrializada do Hemisfério Sul e líder no mercado brasileiro – chapas de fibra, MDP, MDF/HDF/SDF, pisos laminados com a marca Durafloor [18] e peças semi-prontas sob a marca Multiform.

Carreira como pecuarista

Em 1944 adquiriu uma antiga fazenda de café em São João da Boa Vista no estado de São Paulo, a Fazenda Paraíso com 1.200 hectares.

Em 1947, trouxe de Minas Gerais, as primeiras cabeças de gado da raça HOLANDÊS PO (Puro de Origem) para iniciar um rebanho selecionado que tornaria a Fazenda Paraíso reconhecida nacionalmente como uma fazenda modelo de criação de gado holandês do país.

Com o lado cientista falando alto, pesquisou a melhor maneira de melhorar a produtividade e qualidade do rebanho da Fazenda, dando início a importação de sémen dos melhores reprodutores holandeses dos E.U.A. e do Canadá.

Foi uma das primeiras fazendas a usar inseminação artificial (IA), quando ainda não se usava sémen congelado, e se valia do controle leiteiro para selecionar suas matrizes .

Com a disseminação de mais de dois mil animais de alta linhagem da raça holandesa PO por todo o Brasil, a pecuária leiteira brasileira foi extremamente melhorada.

O trabalho da Fazenda Paraíso com sua colaboração para o melhoramento da pecuária leiteira nacional foi reconhecida em uma reportagem do repórter Afonso Mônaco para o programa Globo Rural da Rede Globo de Televisão em 22 de novembro de 1982.

Carreira como banqueiro

Iniciou sua carreira de banqueiro, como diretor do Banco Federal de Crédito, o antigo Banco Central de Crédito que havia sido fundado em dezembro de 1943 por seu sogro Alfredo Egydio de Souza Aranha.

Quando Alfredo Egydio morreu em 1961, ele foi eleito diretor-presidente e tomou a frente dos negócios, ao lado de Olavo Setúbal, sobrinho de Alfredo Egydio.

Iniciou um projeto de expansão e em janeiro de 1962, o banco abre sua primeira agência fora do Estado de São Paulo - na rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro.

Naquela época, bancos atendiam basicamente a aristocracia rural, mas Villela viu que poderia crescer com a classe média urbana – que, com a industrialização, despontava para o sistema financeiro.

Iniciou a modernização da administração do banco, dando bônus aos funcionários bem-sucedidos, incentivou as incorporações e fusões para tornar o banco mais presente junto à comunidade, além de apoiar a informatização do Banco para modernizar e agilizar as operações.

Aquisições, fusões e incorporações

Sob sua presidência, o Banco Federal de Crédito, efetuou seis fusões e incorporações:

1964 – Fusão com o Banco Itaú de Minas Geriais - dessa fusão surge o Banco Federal Itaú, que começou a funcionar com uma rede de 112 agências em seis Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Guanabara, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná). A diretoria foi composta por Jorge Dias de Oliva (presidente, vindo do Banco Itaú), Eudoro Villela (diretor presidente) e Olavo Setúbal, que passou a ser o diretor geral da instituição.

Com a Lei da Reforma Bancária, no mesmo ano, o Banco Federal Itaú passou a fazer aquisições e passou a buscar expansão para outros pontos do país.

Em 1967, foi inaugurada a agência de Salvador - a primeira no Nordeste.

1966 – Fusão com o Banco Sul Americano.

1969 – Fusão com o Banco da América - se torna o Banco Itaú América, com agências em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal e na Bahia.

1970 – Incorporação com o Aliança.

1973 – Incorporação com o Banco Português do Brasil

1974 – Incorporação com o Banco União Comercial.

Com essas incorporações e fusões, o Banco Itaú passou, em dez anos, de apenas um entre os cinquenta maiores para o segundo maior do país.(LIVRO ´BRASIL DOS BANCOS´ de Fernando Nogueira da Costa - pag 246, Editora EDUSP, 2012).

O nome ITAÚ veio de um dos bancos adquiridos - significava “pedra preta” em tupi.

Em 1973, surge a primeira versão da marca, criada pelo publicitário Francesc Petit.

Em 1975, ele deixou a presidência do Itaú por uma cadeira no conselho de administração da Itaúsa.

Carreira na ANPES

Em 1967, tornou-se presidente da ANPES - Associação Nacional de Programação Econômica e Social, uma associação civil e privada de programação, sem fins lucrativos, com finalidades científicas e culturais. Nesse período trouxe ao Brasil, pessoas de destaque no cenário econômico e científico mundial para conferências na ANPES, como Milton Friedman, um dos mais importantes economistas neoliberais do século XX, que fez uma analise profunda sobre a economia brasileira e do mundo ocidental Lionel Guy Stoléru, economista do Governo Valéry Giscard d'Estaing, entre outros.

Em 1978, a ANPES iniciou um trabalho intitulado "Radiografia da Amazônia", centrado basicamente no Programa Grande Carajás que abrange uma área de 400 mil km², nos Estados do Pará e Maranhão – uma das maiores concentrações de jazidas minerais do mundo.

Esse trabalho resultou em um livro de mesmo nome, que reúne capítulos sobre os diversos aspectos econômicos e sociais, como Solos, Clima, Floresta, Recursos Minerais, Saúde, Colonização, Aspectos Hidrológicos, Projeto Jarí e outros. Dr. Eudoro atento aos resultados e sabendo que Carajás, sendo uma das últimas reservas de recursos naturais do mundo, despertava a atenção dos meios econômicos e financeiros internacionais com seu imenso potencial incentivou a realização de um amplo debate sobre região do Grande Carajás numa tentativa de esclarecer a opinião pública nacional sobre o que Carajás representava para o Brasil em termos de desenvolvimento econômico e social e, em relação ao mundo, sobre o que nosso país tem a lhe oferecer.

Em 1981, foram realizados 2 eventos no Brasil – Encontro Grande Carajás São Paulo e Encontro Grande Carajás Rio de Janeiro.

A repercussão nacional e internacional desse trabalho foi muito grande, tanto que, em 1982, em conjunto com a Brazilian American Chamber of Commerce e Americas Society, o Banco Itaú e a ANPES apresentaram o Projeto Carajás, em Nova York.

Os seguintes eventos foram realizados em Nova York: Carajás Project and Plans for Development of the Eastern Amazon, com a presença de empresários brasileiros e norte-americanos e Seminar on the Great Carajás Project, que reuniu empresários e executivos de instituições financeiras internacionais, empresas mineradoras, empresas consumidoras de minérios, empresas investidoras em potencial, empresas de países consumidores de minérios, autoridades diplomáticas, imprensa nacional e internacional, sobretudo a especializada.

Patrocinou ainda estudo sobre “Recursos Minerais da Amazônia” enfatizando as possibilidades econômicas de Carajás, a realização do trabalho “Saúde na Amazônia”, produzido pela equipe do Instituto Evandro Chagas , de Belém (PA), trabalho que despertou extremo interesse pelo pioneirismo do assunto na região e o “Encontro sobre a Tecnologia do Carvão Mineral”, em 1980, que contou com a participação de técnicos da Polônia (Secretario da Minas), Alemanha (Presidente da KURGI GMBH), maior empresa carbonífera Alemã), Inglaterra (Diretor da National Coal Board) e Argentina (Yacimientos Carboníferos Fiscales).

Reconhecimentos

Governo Francês – Legion d’ Honneur (Legião de Honra) - graus de “Chevalieur” e “Officiel” Governo Argentino - Comenda de San Martin Governo Brasileiro – Ordem do Rio Branco no Grau de Comendador

Fonte: wp

view all

Eudoro Libanio Villela's Timeline

1907
August 2, 1907
Vargem Grande Do Sul, SP, Brazil
2001
April 18, 2001
Age 93
São Paulo, São Paulo, SP, Brazil
????
Cemitério Getsemani, São Paulo, São Paulo, SP, Brazil