Fernão Martins Mascarenhas

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Viveu durante os reinados de D. Duarte, D. Afonso V e ainda D. João II de quem foi aio e o agraciou com a comenda mor de S.Tiago. O seu casamento com D. Beatriz Rodrigues constava de uma escritura de venda da Quinta da Cançada na qual constavam como vendedores.



Viveram em Évora. Viveu durante os reinados de D. Duarte, D. Afonso V e ainda D. João II de quem foi aio e o agraciou com a comenda mor de S.Tiago.

O seu casamento com D. Beatriz Rodrigues constava de uma escritura de venda da Quinta da Cançada na qual constavam como vendedores.

(António Pestana de Vasconcelos) Era Fernão Martins Mascarenhas I(1), filho de Martim Vaz Mascarenhas I, que as genealogias referem como homem honrado de Évora(2). Pertencia a uma família que podemos caracterizar como pertencente à média nobreza de corte, manifestando uma grande implantação em toda a região do Alentejo.

Referido como fidalgo e criado do Infante D. João, filho de D. João I(3), surge-nos como comendador da Represa e Garvão e pertencente aos Treze na Ordem de Santiago, pelo menos desde Janeiro de 1422(4). Veio mais tarde a ascender à Comenda mor desta milícia, tendo exercido estas funções entre os anos de 1440 e 1445(5). Esteve presente em Setúbal, na aclamação de D. Diogo, como Governador e Administrador na Ordem de Santiago a 24 de Janeiro de 1443(6), tendo após a sua morte exercido as funções de Regedor na Ordem de Santiago, na menoridade do Infante D. Fernando(7). Na qualidade de comendador mor, surge-nos em diversas ocasiões a entregar a administração de comendas da Ordem que se encontravam vagas, como aconteceu a 31 de Janeiro de 1444, ao seu filho Martim Vaz de Mascarenhas II, da comenda de Aljustrel(8); a 20 de Fevereiro do referido ano, a dar a comenda de Sesimbra a João Fogaça(9); e oito dias depois, a entregar a comenda de Samora Correia a Diogo Pereira-o-Moço, comendador da Arrábida(10). Como comendador e Regedor da Ordem, aparece-nos em Abril de 1444, a dar o seu consentimento para que D. Afonso V privilegie Lopo Mendes de Vasconcelos, cavaleiro da casa do Infante D. Pedro, na sequência dos bons serviços prestados ao Infante D. João e à Ordem de Santiago, para que este fosse armado cavaleiro da dita Ordem e lhe fosse lançado o hábito, com uma tença da Ordem no valor de 20.000 reais brancos(11). Ainda imbuído desta funções, em carta datada de 5 de Fevereiro de 1445, concede a Diogo Nunes de Abreu, cavaleiro do Infante D. Pedro, a comenda de Espada, que a Ordem de Santiago tinha em Elvas e Alhos Vedros(12).

De salientar que foi durante o período em que exerceu este cargo que foram concedidos o maior número de benefícios a indivíduos pertencentes à casa do Infante D. Pedro, evidenciando assim uma certa proximidade à causa do Regente. Não é pois de estranhar que dois dos seus filhos, Gonçalo Vaz Mascarenhas(13) e João Vaz Mascarenhas(14), viessem a incorporar a hoste do Infante D. Pedro no confronto que o opôs ao monarca e ao duque de Bragança, na batalha de Alfarrobeira.

Da descendência deste comendador mor são também de referir mais dois filhos Nuno Mascarenhas I, e Martim Vaz Mascarenhas II(15), os quais irão dar continuidade à presença desta família na Ordem de Santiago.

(1) Casou este comendador com Beatriz Rodrigues. MORAIS, Cristóvão Alão de – Pedatura Lusitana, Porto: Livraria Fernando Machado, 1943, Tomo III, vol. I, p. 100. (2) Livro de Linhagens do Séc. XVI, (introdução de António Machado de Faria), Fontes Narrativas da História Portuguesa, nº 3, Lisboa: Academia Portuguesa de História, 1956, p. 293; GAYO, Felgueiras – Nobiliário de Famílias de Portugal. Braga: Edição de Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Araújo, 1938-1941, Tomo XVIII, p. 79. (3) GAYO, Felgueiras – Nobiliário de Famílias de Portugal. Braga: Edição de Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Araújo, 1938-1941, Tomo XVIII, p. 79 (4) Como comendador da Represa e de Garvão e pertencente aos Treze, mencionado numa procuração de 24 de Janeiro de 1422, dada ao Mestre, e inserta numa carta de 22 de Fevereiro de 1429. IAN/TT., Ordem de Santiago, Códice 272, fl. 86-87. (5) Sucedeu nesta dignidade a Rodrigo de Castro, o qual a exerceu entre 1422 até cerca de 1440. Foi substituído nesta dignidade, cerca de 1454, por Henrique Pereira, que a irá exercer até cerca de 1461. (6) SOUSA, D. António Caetano de – Provas de História Genealógica da Casa Real Portuguesa. Coimbra: Atlântida Livraria Editora, Tomo II, p. 91. (7) Recebeu de D. Afonso V, a 8 de Fevereiro de 1444, as comendas de Mouguelas, Montel e da Roliça, quando exercia as funções de Regedor na Ordem de Santiago, na menoridade do Infante D. Fernando. IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Livro 24, fl. 32. (8) Estava comenda de Aljustrel vaga por morte do seu anterior titular Martim Correia, cavaleiro do Infante D. Pedro. IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Livro 24, fl. 19v. (9) Estava a comenda de Sesimbra vaga por renúncia de Diogo Mendes de Vasconcelos. IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Livro 24, fl. 40-40v. (10) Estava a comenda de Samora Correia vaga por morte do seu anterior titular Rodrigo Afonso de Oliveira. IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Livro 24, fl. 25v. (11) IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Livro 24, fl. 52. (12) Estava esta comenda vaga por renúncia de Rui Mendes de Vasconcelos. IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Livro 25, fl. 61. (13) Refira-se a presença nas hostes do exército comandado pelo Infante D. Pedro, regente, de Gonçalo Vaz Mascarenhas, alferes-mor do dito infante, o qual veio a morrer nesta batalha. Cf. GAYO, Felgueiras – Nobiliário de Famílias de Portugal. Braga: Edição de Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Araújo, 1938-1941, Tomo XVIII, p. 79. (14) Por ter estado em Alfarrobeira veio a receber carta de perdão, em 1452. IAN/TT., Chancelaria de D. Afonso V, Liv. 12, fl. 19. Referido por MORENO, Humberto Baquero – A Batalha de Alfarrobeira. Antecedentes e significado histórico, Coimbra: BGUC, p. 433. (15) GAYO, Felgueiras – Nobiliário de Famílias de Portugal. Braga: Edição de Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Araújo, 1938-1941, Tomo XVIII, p. 79.

NFP, F. Gayo, Agost. Meirelles, 1ª Ed., Braga, 1938-41, vol. XVIII - pág. 79 (ttº Mascarenhas, § 1º, N 6) (ver http://purl.pt/12151/3/hg-40110-v/hg-40110-v_item3/index.html#/342) Os Mascarenhas, uma família da Ordem de Santiago, António Pestana de Vasconcelos, in Comendas das Ordens Militares na Idade Média, Actas do Seminário Internacional, Porto, 3 e 4 de Novembro de 2008, pág. 163 (http://www.cepesepublicacoes.pt/portal/obras/militarium-ordinum-ana...) Genea Portugal (ver http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=64178)