Immediate Family
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stepfather
About Francisco Dias de Ávila, I
O herdeiro do imenso domínio de Garcia d'Ávila , foi o neto, Francisco Dias d’Ávila Caramuru, filho de Isabel d’Ávila, sua filha, havida de uma índia, que se casara com Diogo Dias, neto de Caramuru. Esse rapaz, ainda jovem, contou com o apoio de Manuel Pereira Gago, amigo e procurador de Garcia d’Ávila, que, zelosamente, o casou com sua filha, Ana Pareira, e, em 23 de agosto de 1621, já a identificar-se como “senhor da Torre de Tatuapara”, obteve uma sesmaria de dez léguas com seis de largura, por serviços prestados à Coroa, ao empregar criados, escravos e índios frecheiros, para reprimir, às suas próprias custas, o levante dos índios tapanhunos. Ele continuou assim a expandir o domínio, que herdara, e a espalhar os currais de gado pelo sertão, na medida em que a pecuária, no curso do século XVII, continuou a assumir cada vez mais crescente significação econômica e social, em função da intensa procura de gado bovino, cavalar e muar pela indústria do açúcar, que o empregava para o transporte terrestre a pequenas distâncias bem como tração nos engenhos e trapiches. Ademais, a criação de gado vacum requeria pouca inversão de capital e dispensava especialização, não demandava tantos braços como a cultura da cana e a produção do açúcar, nem exigia o mesmo esforço de trabalho, a que os indígenas não estavam acostumados. E a miscigenação dos colonos com as índias também facilitou alianças com diversas tribos, o que permitiu o combate, a expulsão ou o extermínio de várias outras, que continuavam hostis e se opunham à expansão dos currais.
Não foi, no entanto, apenas a expansão dos currais que impulsionou Francisco Dias d’Ávila a adentrar o sertão. Em 21 de abril de 1624, D. Filipe IV emitiu então um alvará, mediante o qual o autorizou a devassar os sertões fora da autoridade dos governadores, para fazer o descobrimento das minas de prata, cujo segredo Belchior Dias Moréia, o Moribeca, seu tio, dizia possuir. Esta expedição Francisco Dias d’Ávila só teve condições de empreender depois que os portugueses e espanhóis reconquistaram a Bahia, ocupada em 1624 pelos holandeses. Não descobriu as minas de prata, mas localizou as de salitre e obteve permissão para assenhorear-se de mais 200 léguas de terra, “desde o rio S. Francisco até o rio da Cachoeira, de rio a rio (...), as serras todas de Jacobina e a serra de Loisembá, e destas ditas serras para o sertão 100 léguas, e daí para a costa do mar outras cem léguas” [4]. em afirmar que seu nome “bem merece lugar de maior destaque entre os heróis da expansão geográfica do Brasil no século XVII”[6].
JABOATÃO, A. DE S. M. Catálogo genealógico das principais famílias: que procederam de Albuquerques, e Cavalcantes em Pernambuco, e Caramurus na Bahia, tiradas de memorias, manuscritos antigos e fidedignos, autorizados por alguns escritores, e em especial o Theatro Genealógico de D. Livisco de Nazáo Zarco e Colona, aliás Manoel de Carvalho de Atahide, e acrescentado o mais moderno, e confirmado tudo, assim moderno, como antigo com assentos dos livros de baptizados, cazamentos, e enterros, que se guardam na Camara Ecceziastica da Bahia. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, tomo LII, parte 1, 1889.
Francisco Dias de Ávila, I's Timeline
1590 |
1590
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Salvador, BA, Brazil
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1622 |
June 20, 1622
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Portugal
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1645 |
1645
Age 55
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Salvador, BA, Brazil
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