Francisco Emilio da Silva Leme

Genealogia Paulistana , Título Dias Parte 2 , pg 78

5-11 Coronel Francisco Emilio da Silva Leme, nascido em 1805 em Bragança, faleceu em 1885 com 80 anos de idade. Fez seu estudo de latim em Atibaia, e depois passou a S. Paulo onde completou seus preparatórios. Em Bragança dedicou-se à advocacia por muitos anos, em que fez brilhante carreira; mais tarde deixou a advocacia para ocupar o cartório de órfãos dessa cidade, lugar que conservou até pouco tempo antes de morrer. Seu cargo de escrivão não o impedia de prestar seus serviços à política local; assim é que por muitas vezes foi elevado pelo partido liberal, de que era chefe, à cadeira de deputado provincial, em que prestou relevantes serviços que não estão esquecidos na memória dos velhos que o tiveram como companheiro de lutas. Os últimos arrancos de sua atividade, se bem que enfraquecidos pela idade, convergiram para a realização da estrada de ferro bragantina, a qual teve ele a felicidade de ver inaugurada antes de morrer. Foi casado duas vezes, sendo a 1.ª com Policena e a 2.ª vez com Maria Gertrudes da Silva Leme, natural do Socorro, que no presente ano de 1905 reside em S. Paulo. Sem geração das 2 mulheres, pelo que em testamento deixou o melhor sítio com cafezais a seus libertos, e o resto de sua meação a seus parentes.

Coronel Francisco Emilio da Silva Leme, nascido em 1806 em Bragança, faleceu em 1885 com 79 anos de idade. Fez seu estudo de latim em Atibaia, e depois passou a S. Paulo onde completou seus preparatórios. Em Bragança dedicou-se à advocacia por muitos anos, em que fez brilhante carreira; mais tarde deixou a advocacia para ocupar o cartório de órfãos dessa cidade, lugar que conservou até pouco tempo antes de morrer. Seu cargo de escrivão não o impedia de prestar seus serviços à política local; assim é que por muitas vezes foi elevado pelo partido liberal, de que era chefe, à cadeira de deputado provincial, em que prestou relevantes serviços que não estão esquecidos na memória dos velhos que o tiveram como companheiro de lutas. Os últimos arrancos de sua atividade, se bem que enfraquecidos pela idade, convergiram para a realização da estrada de ferro bragantina, a qual teve ele a felicidade de ver inaugurada antes de morrer. Foi casado duas vezes, sendo a 1.ª com Policena e a 2.ª vez com Maria Gertrudes da Silva Leme, natural do Socorro, que no presente ano de 1905 reside em S. Paulo. Sem geração das 2 mulheres com quem foi casado, teve o único filho nascido em 1868, de seu relacionamento com Carolina Pereira de Araujo Dias. Numa sociedade em que filhos fora de matrimônio não eram considerados legítimos, fez o que pode para garantir o futuro daquele que carregou seu nome, Francisco Emílio. Em seu testamento deixou o melhor sítio com cafezais a seus libertos, e o resto de sua meação a seus parentes.