Gonçalo Nunes Barreto, 2º senhor do morgado de Quarteira

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Gonçalo Nunes Barreto, 2º senhor do morgado de Quarteira

Portuguese: Gonçalo Nunes Barreto, 2º senhor do morgado de Quarteira
Birthdate:
Death:
Immediate Family:

Son of Gonçalo Nunes Barreto, 1º senhor do morgado de Quarteira and Inês de Menezes
Husband of Inês de Menezes and Isabel Pereira
Father of Inês Barreto; Fernão Pereira Barreto, senhor do morgado do Freixo; Nuno Barreto, 3º senhor do Morgado da Quarteira; Alfonso Teles Barreto; Leonor Barreto and 1 other
Brother of Diogo Gonçalves Barreto; Fernão Pereira Barreto; Vasco Fernandes Coutinho; Nuno Barreto; Guiomar de Menezes and 1 other

Occupation: Alcaide-mor de Faro
Managed by: Private User
Last Updated:

About Gonçalo Nunes Barreto, 2º senhor do morgado de Quarteira

Filhos: Nuno Barreto, 3.º senhor do Morgado da Quarteira * c. 1450, casado com Leonor de Melo Pedro Barreto, comendador de Castro Verde, casado com Mécia de Castelo-Branco, casado com Catarina Nogueira Afonso Teles Barreto * c. 1450, casado com D. Germineza Pereira Fernão Pereira Barreto, senhor do morgado do Freixo * c. 1450, casado com Catarina de Sequeira Inês Barreto * c. 1450 Isabel de Menezes Gil de Magalhães, 2.º senhor de Ponte da Barca Leonor Barreto, casada com Martim Afonso de Melo, casada com Gonçalo de Figueiredo

2do Señor del morgado de Quarteira.


Participo en la conquista de la India.


Alcalde Mayor de Évora. Castellano de Rezende y Pavía. Senhor de Arega e Barbacena.

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Já durante o século XIV, Gonçalo Nunes Barreto I casou com D. Brites Fernandes Pimentel. Sendo à data alcaide-mor de Montemor, o casamento assegurou-lhe a promoção social inerente ao enlace com aquela prestigiada linhagem e ainda o dote da vila de Cernache.

O seu filho Diogo Gonçalves Barreto acompanhou o Infante D. João de Castro, um dos filhos do rei D. Pedro I e de D. Inês de Castro. Tendo sido nomeado fronteiro-mor do Algarve e casado com D. Teresa Martins, Diogo Gonçalves Barreto foi exilado pelo rei D. Fernando precisamente devido às suas ligações com aquele infante

Desta forma, foi o seu filho Gonçalo Nunes Barreto II quem herdou os seus bens, em data desconhecida. Na guerra de 1383-85, apoiou o mestre de Avis e figurou entre os que no Algarve lutaram contra os castelhanos.

É provável que tenha sido confirmado nessa ocasião como fronteiro-mor do Algarve, sobretudo tendo em conta que já em 1378 era juiz geral e vereador em Loulé.

A reforçar esta hipótese está a doação do reguengo de Aria e Boina, no termo de Loulé, realizada por D. João I a favor do fidalgo, identificado como morador em Loulé e com direito de transmissão aos herdeiros, em Julho de 1384.

A continuidade dos serviços no Algarve levou a que em Julho de 1414, D. João I tenha formalizado a troca dos bens que este detinha em Cernache por bens em Loulé e na Quarteira avaliados em 4115 libras, num escambo que deveria valer para sempre.

É possível que de então date a fundação do morgado da Quarteira, apesar das evidências documentais datarem do tempo de Nuno Barreto. O estabelecimento no Algarve permitia a Gonçalo Nunes Barreto II a separação definitiva com os familiares da linhagem do Porto, validando a viragem para sul que o seu ramo realizou durante o século XIV.

Colocando-se ao serviço do Infante D. Pedro, Gonçalo Nunes Barreto II participou na ocupação de Ceuta, em 1415, e foi nomeado por este Infante para comandar os 250 homens que este deixou na cidade, sendo-lhe ainda confiada a defesa da torre de Fez, enquanto ao seu filho Fernão Barreto foi entregue a guarda da Almina.

Considerado “home de gramde syso e de gramde esforço” participou no primeiro ataque fora de portas, sendo um dos conselheiros mais relevantes de D. Pedro de Meneses, 1o capitão de Ceuta. De igual forma, não hesitou em repreender este, em conjunto com Álvaro Mendes Cerveira, quando em pleno cerco de 1419, Meneses doente arriscou a sua vida saindo da cidade.

O episódio é elucidativo da influência que já então detinha. A conjugação da sua ligação a Meneses e ao Infante D. Pedro explicam que se tenha consorciado com D. Isabel de Meneses, filha bastarda de D. Pedro de Meneses, mas também que toda a sua descendência estivesse directamente associada à capitania de Meneses em Ceuta: João Teles Barreto e Fernão Barreto combateram na cidade e o último casou-se nesta com D. Brites Gonçalves, o mesmo sucedendo com a sua irmã D. Guiomar de Meneses que se casou com Afonso de Negrelos falecido em Ceuta.

Apesar de ter deixado a cidade após 1419, tudo aponta para que Gonçalo Nunes Barreto II tenha percepcionado que poderia garantir o futuro da sua Casa não apenas no serviço do Infante D. Pedro mas também no de D. João I ao colocar-se ele próprio e aos seus descendentes ao serviço em Ceuta. A frontaria-mor do Algarve e a proximidade geográfica dos seus bens na Quarteira e em Loulé ajudariam a colocá-lo em posição privilegiada para providenciar os socorros necessários a Ceuta e ajudam a explicar a razão de ter conseguido casar com uma filha, ainda que bastarda, de D. Pedro de Meneses que foi titulado, por D. João I, como 1o conde de Vila Real em 1424.

Apesar da incerteza, devido à homonímia entre pai e filho, é possível que o herdeiro Gonçalo Nunes Barreto III tenha também marcado presença em Ceuta ainda em vida do pai.17 O último acto em que Gonçalo Nunes Barreto II participou foi na assinatura de pazes com Castela em 1431, as quais presenciou na qualidade de conselheiro de D. João I e de testemunha pelo Infante D. Pedro.18 A sua presença em tão relevante acto simboliza bem, como apesar de numa segunda linha ainda afastada da corte, a linhagem dos Barretos fora uma das que fora promovida socialmente com D. João I e D. Duarte.

https://run.unl.pt/bitstream/10362/42885/1/33247_120473_1_PB.pdf