Guterre NN

No §1 N1 do TT Cunhas do Nobiliário das Famílias Portuguesas, consta como D. Guterres Paes, ou D. Guterre Pallaes, cavaleiro francês natural da Gasconha, ou espanhol, filho de D. Payo Paes, Sr. de Cisneiros, e neto do infante D. Payo de Fruella, o Diácono e de sua mulher a infanta D. Aldonça, filha de D. Ordonho, o cego. Veio para Portugal com o Conde D. Henrique, com quem participou nas batalhas contra os mouros, e foi Rico Homem da Rainha D. Teresa e do Rei D. Afonso Henriques, Sr. da freguesia de Ozordão e de Alderete de Alto e de Baixo e da Torre, Quinta e Solar da Silva. Casou com D. Maria Ovenal, filha de Egas Yvanes de Ovenal, 1º Sr. da Casa de Aguillar.

Solar de Pregais, Forjães, Esposende.

A Quinta de Pregais era, ainda em meados do século XX, uma extensa e florescente propriedade agrícola. Uma inscrição cravada na face exterior do muro que defende o solar, pelo lado nascente, indica que a Quinta de Pregais poderá remontar à fundação da nacionalidade, já que teria sido um tal Guterres - para alguns o fundador do mosteiro de Carvoeiro - quem teria erguido, no ano de 1100, uma torre que viria a ruir muito depois, por volta de 1600 (Almeida, Brochado de – Santa Marinha de Forjães, 2001). Esta propriedade já existia no séc. XIII, e é descrita nas inquirições de D. Dinis onde se chamava, já “Pedragaes” (A.N.T.T., 0166, Inq. D. Dinis, 1.3,Casa Forte, fls.7). Na altura já aparece designada como sendo um “Paaço” o que denota a sua natureza senhorial… … …

Posiblemente de padre sueco y de madre francesa.

1º D. GUTERRES PAES Cavaleiro Francês natural da Gascunha filho de D. Payo Paes Sr. de Cisneiros Rico Homem do Rei D. Afonso VI de Leão, e neto do Infante D. Payo Fruella chamado o Diacono, e de sua mulher a Infanta D. Aldonça filha do Infante D. ordonho o Cego, e sua mulher a Infanta D. Crestina filha de D. bermudo 2º Rei de Leão 2º neto de D. Fruella 2º Rei de Leão, Galiza, e Asturias, e sua mulher D. Ximena Infante de Navarra filha de D. Sancho Garcez o Reparador 6º Rei de Aragão, e Navarra, e da Raínha D. Toda Assenar filha do Conde de Aragão D. Assenar filho de D. Fortunato Rei de Aragão Era D. Guterre Rico Homem da Raínha D. Teresa, e do Rei D. Afonso Henriques, e Sr. da freguesia de Ozordão, e de Alderete Alto, e baixo, e da Torre, Quinta e Solar da Silva, e é o primeiro em que o Conde D. Pedro começa esta família; foi ele de grande concelho, e valor e veio com o Conde D. Henrique a quem serviu em todas as guerras contra os Mouros veja-se o Conde D. Pedro ttº 55 fl 310 N 1º = Casou com D. Maria Ovenal filha de Egas Yvanes de Ovenal 1º Sr. da Casa de Aguilar como diz Sandoval alegado por Ascenso de Siqueira e diz mais que este D. Guterre se chamava D. Guterre Pallaes, e era Espanhol, e irmão de D. Fernando de Trastamata = teve D. Guterre 2 D. Payo Guterres

N 2 D. PAYO GUTERRES filho de D. Guterre N 1º veio com seu pai na companhia do Conde D. Henrique com quem se achou em todas as vitórias, onde mostrou o seu valor, serviu também o Rei D. Afonso Henriques, e se lhe encomendou a Fortaleza de Leiria fronteira aos Mouros como diz a Crónica do dito Rei Cap. 11; fez feitos valorosos contra os Mouros que tinha vizinhos os quais juntando-se em grande número, o cercaram e depois de mostrar o seu valor foi cativo, e sendo resgatado se achou na tomada de Santarém, e na de Lisboa onde querem alguns como Jerónimo de Aponte que ganhasse o apelido de Cunha dizem uns por quebrar com cunhas de ferro as portas de Lisboa por onde entrou nela o Rei D. Afonso e lhe deu por Armas [1], outros dizem que este apelido de Cunhas viera das muitas que este D.Payo Guterres metera na muralha da dita cidade de Lisboa por onde subira quando o dito D. Afonso a tomara aos Mouros; outros enfim dizem, que no tempo que os Mouros cercaram Lisboa, estando uma bandeira na muralha do Castelo para cair com a rijeza do vento, o que os Mouros queriam, e pela não segurarem choviam as setas naquele lugar, o dito D. Payo Guterres lhe metera duas cunhas com que segurou a dita bandeira o que visto por El Rei disse ao dito D. Payo Guterres = a Cunha, a Cunha, e desta voz do Rei, e das Cunhas lhe ficara o apelido. Seja como fôr a origem deste apelido o certo é que este foi o primeiro que usou dele, outros quizeram dizer que vinha da corrução do nome de Gascunha donde diziam era seu pai. Foi D. Payo Guterres Rico Homem, e Adiantado Mor de Portugal Sr. das quintas da Silva, e da Cunha, fundou os Mosteiros de Tivains, Cocujains, S. Simão da Junqueira, S. Salvador do Souto, e S. Estevão de Villela. Casou com D. Orlanda, ou D. Ozenda Trastamires filha de D. Trastamiro, ou Ermigo Alboazar filho do Infante Alboazar Ramires neto do Rei D. Ramiro 2º de Leão, e sua mulher D. Dordia Assores Conde D. Pedro Plana 117

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