Itamar Franco, 33º Presidente do Brasil

Itamar Augusto Cautiero Franco (*Salvador, 28 de junho de 1929 ; +São Paulo, 2 de julho de 2011) foi um político brasileiro, 33º presidente da República (1992-1994), vice-presidente (1990-1992), senador por Minas Gerais (1975-1983;1983-1990 e 2011) e governador do estado de Minas Gerais (1999-2003). Foi também embaixador do Brasil na Itália, em Portugal e na OEA nos anos 90. Era filho do engenheiro civil Augusto César Stiebler Franco (* Juiz de Fora-MG, 21.04.1898; + Salvador-BA, 28.04.1929) e da dona de casa Itália De Lucca Cautiero Franco (* Taruaçu-MG, 16.09.1901; + Juiz de Fora-MG, +09.12.1992). Seus avós paternos, a alemã Mathilde Stiebler Franco e o advogado e pedagogo baiano radicado em Juiz de Fora Archimedes Pedreira Franco. Seus avós maternos, os italianos Rafaela De Lucca Cautiero e Paschoal Cautiero. Seu pai morreu de tifo exatos dois meses antes do seu nascimento, em Salvador, no dia 28.04.1929, deixando sua mãe viúva e grávida dele, com mais três filhos, Mathilde; Maria de Lourdes e Augusto César. Seu tio, o cirurgião-dentista Edmundo Stiebler Franco (* Juiz de Fora-MG, 02.02.1901; + Salvador-BA, 12.01.1989) o registrou, apresentando documentos do falecido irmão e da cunhada no cartório de Nazaré, bairro onde nasceu na capital baiana.

Bacharelou-se em engenharia civil na Escola de Engenharia de Juiz de Fora da Universidade Federal de Juiz de Fora em 1955. Antes estudou no Colégio Granbery, em Juiz de Fora, onde seu pai, tio e irmão também estudaram. Ingressou na carreira política em 1958 quando, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro-PTB, foi candidato a vereador de Juiz de Fora e mais posteriormente, em 1962, a vice-prefeito, não obtendo êxito em ambas as tentativas. Com o início do Regime Militar, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro-MDB, sendo prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971 e reeleito em 1972, quando dois anos depois, renunciou ao cargo para candidatar-se, com sucesso, ao Senado Federal por Minas Gerais, em 1975. Ganhou influência no MDB, assim sendo eleito vice-líder do partido em 1976 e 1977. No início da década de 1980, com o pluripartidarismo restabelecido no país, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB, o sucessor do MDB. Em 1982, foi eleito senador novamente, defendendo sempre as campanhas das Diretas já, e votando no candidato oposicionista Tancredo Neves para presidente na eleição presidencial brasileira de 1985. Migrou para o Partido Liberal-PL em 1986, ano em que concorreu ao governo de Minas Gerais, mas foi derrotado, voltando ao Senado em 1987.

Em 1988, uniu-se ao governador de Alagoas Fernando Collor de Mello para lançar uma candidatura à Presidência e Vice-presidência do Brasil, pelo Partido da Reconstrução Nacional-PRN. Itamar, como Vice-presidente, divergia em diversos aspectos da política econômico-financeira adotada por Collor, com o qual mantinha , aos poucos, cada vez menos contato, vindo a retirar-se do PRN e voltando ao PMDB em 1992. Seguindo o impeachment do presidente, assumiu interinamente o papel de chefe de Estado e chefe de governo em 2 de outubro de 1992 e o papel de Presidente da República em 29 de dezembro de 1992. Em seu governo foi realizado um plebiscito sobre a forma de governo do Brasil, que deveria ter sido feito há 104 anos; o resultado foi a permanência da república presidencialista no Brasil. Durante sua incumbência, foi idealizado o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda. Foi sucedido pelo seu ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, anteriormente ministro das Relações Exteriores. Itamar é o pai do real, moeda que estabilizou a economia, debelando a inflação.

Opondo-se fortemente a seu sucessor, Itamar cogitou candidatar-se a Presidente em 1998 e 2002, mas não prosseguiu com a ideia e elegeu-se facilmente Governador de Minas Gerais em 1998 - um grande sonho por ele realizado, governar Minas Gerais - Em 2002, apoiou a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva e opôs à candidatura de José Serra, candidato apoiado por Fernando Henrique. Não tentou reeleição no estado de Minas Gerais. Lançou-se pré-candidato à presidência pelo PMDB em 2006, mas perdeu para Anthony Garotinho, tentando então para o Senado, perdendo a candidatura para Newton Cardoso. Em maio de 2009, filiou-se ao Partido Popular Socialista-PPS. Faleceu em 02.07.2011, no exercício do mandato de Senador da República, para o qual fora eleito em 2010. Divorciado de Ana Elisa Surerus, deixou duas filhas, Georgiana Surerus Franco Forrester e Fabiana Surerus Franco Varejão, além de genros e netos. Suas filhas são conhecidas pela extrema discrição. Não costumavam aparecer diante dos holofotes da mídia quando ele ocupava cargos públicos, tampouco o fazem agora. Elas cumpriram seu desejo de ser cremado - a cremação foi em Contagem-MG -, e as cinzas depositadas no túmulo de sua mãe, em Juiz de Fora. Seu pai encontra-se sepultado em Salvador.

Alterações realizadas no texto em 01.07.14 por Mônica Franco.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Itamar_Franco)