João Baptista Carlos

Is your surname Carlos?

Connect to 2,332 Carlos profiles on Geni

Share your family tree and photos with the people you know and love

  • Build your family tree online
  • Share photos and videos
  • Smart Matching™ technology
  • Free!

João Baptista Carlos

Birthdate:
Birthplace: Bagé, Rio Grande do Sul, Brazil
Death: April 09, 1941 (86)
Cachoeira do Sul, Hospital de Caridade, Rio Grande do Sul, Brazil (Morte natural: Febre por auto-intoxicação intestinal)
Place of Burial: Cachoeira do Sul, Cemitério das Irmandades, Rio Grande do Sul, Brazil
Immediate Family:

Son of Angelo Carlo and Anna Theresa Calvini
Husband of Faustina Vieira da Cunha Carlos
Father of Alzira da Cunha Carlos; Ecilda da Cunha Carlos; Cyro da Cunha da Cunha Carlos; Orlando da Cunha Carlos; Alice da Cunha da Cunha Carlos and 8 others
Brother of José Felippe Carlos; Rose Maria Magdeleine Madelaine Carlo; Anna María Carlo and Marie Philomène Philomena Carlo

Occupation: Fazendeiro, Político, Criador de Gado e Coronel da Guarda Nacional, Criador
Managed by: Carlos Frederico Menz
Last Updated:

About João Baptista Carlos

A Fazenda ficava no então 3º Distrito de Cachoeira do Sul, o Barro Vermelho. Contava minha sogra Lygia ( que vinha a ser neta de João e Faustina e passou a infância na Fazenda do vovô, como costumava dizer), que na Revolução de 1923, de quando em quando, chegavam tropas, tanto Maragatas quanto Pica-Paus, para abastecerem com gêneros alimentícios e apetrechos.

João Baptista, nestas questões, procurava não se indispor com qualquer dos lados da contenda, embora tivesse opinião própria sobre quem apoiar. Naqueles tempos, pisava-se em ovos para não ter a família e propriedade seriamente atacadas e danificadas.

Numa destas surgiu um grupo de maragatos, comandado por um chefe muito severo. O tal chefe mandou que a tropa apeiasse e foi ao Coronel João-Baptista pedir licença para arranchar, o que conseguiu de imediato, nada obstante o risco, pois nada garantia que, num súbito não viessem inimigos e um combate se desenrolasse bem ali.

Armaram acampamento e se acomodaram.

Mas, João Baptista tinha prole numerosa, principalmente mulheres. E não demorou muito para que um desses soldados se engraçasse por uma das filhas do Coronel e lhe lançasse um dito jocoso, com pretensão de galanteio.

O fato não passou despercebido ao chefe do grupo que, num acesso de fúria pela ousadia do soldado, mandou fuzilá-lo ali mesmo, não adiantando os rogos da familia Carlos para que assim não procedesse.

O inditoso soldado foi enterrado próximo à casa da Fazenda e minha sogra, quando se referia ao fato, sempre o fazia com um leve pesar. O túmulo ficou ali como fosse um monumento erigido à memória da estupidez humana.

Fiz uma única visita à Fazenda, quando a Iara e eu éramos noivos. Aconteceu num domingo em que a minha sogra pediu-me que a levasse até lá, onde nos aguardavam as tias dela, filhas do JB.

Quer me parecer que havia, pouco antes de se chegar na Fazenda, um trecho da estrada em aclive, pelo qual, antes de chegar no topo, dobrava-se à esquerda, tomando um caminho de acesso ao imóvel.

Chegava-se numa porteira e o caminho começava a descer até a casa da Fazenda.

A casa postava-se pouco oblíqua ao caminho, com o qual formava um ângulo obtuso à direita. Destarte, passava-se antes defronte os quartos, voltados que eram para o lado da porteira de entrada, para depois alcançar o hall, onde estava, logo à esquerda de quem entrava, o cofre de madeira (burra), a essas alturas, muito carcomido pelos cupins. Ficava ali como que representando a passagem do tempo, que esvaneceu a fortuna da familia.

Ia-se até o fundo da ante-sala e, virando à esquerda, descortinava-se o refeitório, guarnecido por mesa imensa - estreita e muito longa. Não era de estranhar aquela mesa para quem conhecia, ou ouvira falar da prolífica familia.

Além daquela sala ficava a cozinha e, maravilha da época, um banheiro com banheira de ferro.

Os quartos eram todos guarnecidos com móveis antigos do final do século XIX, início do século XX.

Embora fosse a casa toda muito limpa e bem arrumada, o efeito dos cupins aparecia devastador, causando uma pena imensa de ver aquele patrimônio irremediavelmente terminando.

Nos fundos havia, escalonada com o terreno da casa, uma área mais baixa, com um pomar; já não sei que frutas eram aquelas.

Dizia a minha sogra que o velho João Baptista Carlos era muito ligado nesse tipo de atividade (pomareiro), no que parecia-se muito com o meu avô materno, Alois Schmid.

As frutas do pomar eram regularmente colhidas pelas tias, que delas faziam saborosissimas conservas.

Passamos o domingo naquele local e eu jamais retornei - uma pena!

Walter Menz

view all 21

João Baptista Carlos's Timeline

1854
July 27, 1854
Bagé, Rio Grande do Sul, Brazil
September 5, 1854
Bagé, Rio Grande do Sul, Brazil
1877
May 8, 1877
Bagé, Rio Grande do Sul, Brazil
1879
July 3, 1879
Brazil
1896
1896
1903
1903
Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil
1941
April 9, 1941
Age 86
Cachoeira do Sul, Hospital de Caridade, Rio Grande do Sul, Brazil
April 14, 1941
Age 86
Cachoeira do Sul, Cemitério das Irmandades, Rio Grande do Sul, Brazil