Jozeph Lourenço Baeta Neves, Capitão

Jozeph Lourenço Baeta Neves

- Nasceu em 02/01/1771 em Albergaria, Gois, Coimbra, Portugal, Filho de Jozeph Baeta e Anna Manoel.
- Em 1794 migra para o Brasil e passa a residir com seu tio Manoel Lourenço Lopes, em Ouro Branco, Minas Gerais.
- Em 1798 faz um requerimento solicitando licença para ir a Portugal.
- 18/02/1802 - Proposta de nomeação que faz o Capitão do Distrito Inácio Antônio de Melo Sousa e Alvim Indicando a José Lourenço Baeta Neves, para o posto de Alferes do Distrito de Nossa Senhora da Ajuda, Arraial do Redondo e do Senhor Bom Jesus do Matozinhos do Maranhão, Freguesia de Congonhas do Campo.
- Em 1808 faz requerimento solicitando sua confirmação no exercício do posto de alferes de Ordenança na Capitania de Minas.
- Em 1820 - Inquirição e justificação do capitão José Lourenço Baeta Neves.
- Em 1820 - Informa que o Capitão do Distrito de Ouro Branco José Lourenço Baeta, necessita da licença que requer por ter de cuidar de seu negócio, fazenda seca e negros novos.
- Em 1826 chegam ao Brasil seu irmão Lourenço Baeta Neves, e seus sobrinhos Joaquim Lourenço Baeta Neves e Joaquim Francisco Baeta Neves e passam a residir com José Lourenço.
- Em 1832 chegam ao Brasil seus sobrinhos Gaspar Lourenço Baeta Neves, Manoel Lourenço Baeta Neves e Daniel Lourenço Baeta Neves e passam a residir com José Lourenço.
- Em 02/04/1846 faleceu na fazenda do Bastos em Itaverava, Minas Gerais, Brasil.

Os irmãos Bernardo José Baeta Neves e Jozeph Lourenço Baeta Neves ao falecer legaram fortuna a seus sobrinhos:

1. Joaquim Lourenço Baeta Neves, comendador [Joaquim Lourenço Baeta Neves (Comendador)];

2. Daniel Lourenço Baeta Neves [Daniel Lourenço Baêta Neves]. Diz-se que morreu solteiro e com uma filha que, mais tarde, seria baronesa de Queluz;

3. Manoel Lourenço Baeta Neves, barão de Loredo [Manoel Lourenço Baeta Neves];

4. Gaspar Lourenço Baeta Neves[Gaspar Lourenço Baeta Neves]. Casou com Maria Joaquina de Oliveira;

5. António Lourenço Baeta Neves [Ant%C3%B4nio Lourenço Baeta Neves]. Casou em 1832 com Florinda Roza de Jesus. (sobrinho afetivo)

6. Joaquim Francisco Baeta Neves. Casou em 1842 com Fortunata Augusta Monteiro de Barros Lobo. (sobrinho afetivo)

O Ministro Francisco de Paula Ferreira de Rezende (1832-1893), Juiz Municipal e de Órfãos do termo de Queluz em 1856, em seu livro “Minhas Recordações”, nos conta que, no final do século XVIII, ou início do século XIX, desembarcou no Rio de Janeiro um português, com poucas patacas no bolso, e gastou-as quase todas na compra de bananas, para ele desconhecidas até então. Com o pouco dinheiro que lhe restou, comprou algumas miudezas e rumou para Minas, tal como um caixeiro-viajante. Pouco tempo depois retornou à Corte, onde fez mais compras, revendendo-as na Província do Ouro por preços avultadíssimos, logrando, após várias viagens, um sofrível capital, suficiente, porém, para se estabelecer. Esse português que o Magistrado não cita o nome, apenas dizendo que ter sido conhecido por “Baeta Velho”, fixou-se em Queluz, dedicando-se á cultura da terra, o que fez do humilde caixeiro um abastado fazendeiro. Esse “Baeta Velho” não se casou; entretanto, à medida que seus negócios foram melhorando, mandava vir de Portugal seus sobrinhos, ensinando-os a trabalhar no cultivo da terra tão fértil, no dizer de Caminha “em nela se plantando tudo daí”.

Esse fato que o Ministro Ferreira de Rezende descreveu em seu livro é, certamente, o que ele ouviu contar sobre o primeiro Baeta Neves que chegou a Queluz. A bem da verdade, não foi só um Baeta Neves que veio primeiro para a Terra de Santa Cruz, mas, sim, vieram três irmãos para o Brasil

http://goismemorias.weebly.com/famiacutelia-baeta-neves.html