Luis Carlos Inácio Xavier de Menezes, 1° marquês de Louriçal, Vice-rei da India

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Luis Carlos Inácio Xavier de Menezes (de Menezes), 1° marquês de Louriçal, Vice-rei da India

Also Known As: "1º Marques de Louriçal"
Birthdate:
Birthplace: Lisboa, Kingdom of Portugal
Death: June 12, 1742 (52)
Portuguese Empire - Goa (Antigo Estado da Índia Portuguêsa), Kingdom of Portugal
Immediate Family:

Son of D. Francisco Xavier de Menezes, 4º conde de Ericeira and Joana Madalena de Noronha
Husband of Ana de Xavier de Rohan
Father of Constança Xavier de Meneses; Francisco Xavier Rafael de Menezes, 2.º marquês do Louriçal; Henrique de Menezes, 3º marquês de Louriçal; D. José Vicente Xavier de Menezes; D. Joana de Menezes and 3 others

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About Luis Carlos Inácio Xavier de Menezes, 1° marquês de Louriçal, Vice-rei da India

Um homem enérgico no Estado Português da Índia

Na década de trinta do século dezoito, as lutas com o Império Marata no Concão haviam reduzido o Estado Português da Índia aos territórios de Goa, Damão e Diu. Lisboa resolve então tomar providências. Era necessário enviar homens e armamento para defender as praças portuguesas invictas e indemnizar-se de parte do prejuízo sofrido. Para tomar sobre si o espinhoso encargo designou como vice-rei o quinto conde da Ericeira, Dom Luís Carlos Inácio Xavier de Menezes. A fim de lhe agravar a responsabilidade e pagar os incómodos, com a nomeação cumularam o título de marquês do Louriçal.

O conde e marquês fez-se ao largo com seis navios de guerra, com dois mil homens dentro, mais dezasseis peças de artilharia que eram tecnologia de vanguarda à época: disparavam vinte tiros por minuto e crêem-se inventadas pelo dinamarquês Jacob de Weinholtz, que então servia a Coroa de Portugal. Poucas vezes se vira na história do Estado Português da Índia uma frota tão bem guarnecida de homens e armas, mas a circunstância tanto pedia.

Desembarcado em 18 de Maio de 1741 em Goa, o vice-rei já investia contra a fortaleza de Cochim em 13 de Junho e viria a receber passados poucos dias a rendição do forte de Corsala. Também Bardez e Salcete caíram ao passo vitorioso do conde da Ericeira, que forçaria o reino de Bounsoló a implorar a paz, comprada com as cidades de Sanguém e Pondá. Só não pôde o nobre português prosseguir o sucesso do vice-reinado, até ali tão promissor, quando a morte lhe saiu ao caminho a 12 de Junho de 1742.


Notas Biográficas 5º conde de Ericeira Títulos, Morgados e Senhorios: Condes da Ericeira (5) Marqueses de Louriçal (1)

Cargos e Profissões: Governadores da Índia (70) - 1741 a 1742 Governadores da Índia (65) - 1717 a 1720 Vice-reis da Índia (43) - 1741 a 1742 Vice-reis da Índia (39) - 1717 a 1720

Cronologia: 16.10.1717 Toma posse o novo governador daÍndia, D. Luis de Menezes, conde da Ericeira. 22.04.1740 O conde da Ericeira é agraciado com o título de marquês de Louriçal.


  • 5º conde da Ericeira Luís Carlos Inácio Xavier de Meneses , 5º conde da Ericeira, 1º marquês do Louriçal, (Lisboa, 1689 — Goa, 1742), foi um nobre e administrador colonial português, vice-rei da índia portuguesa entre 1717 e 1721 e entre 1740 e 1742.

Aplicado em livros, serviu na guerra da alta aliança e fez coisas de juízo e valor. Educado pelo pai, por D. Luís e D. Fernando de Menezes, conviveu com os que concorriam às Conferências Eruditas e estudou, além de línguas modernas habituais e do latim, as matemáticas e a geografia, «sem gastar mto tempo nas miudezas escolasticas».

Bom militar, como provou nas campanhas da guerra de Espanha (como coronel e brigadeiro de infantaria no exército do Alentejo) e na ação na India contra piratas, e régulos subvencionados; mas seus interesses principais estavam no campo da economia, finanças, cultura e erudição.

Vice-rei da Índia

Os seus dois governos na Índia, o primeiro aos 27 anos como Vice-Rei e capitão-general da India em 1717-1721 e 1740-1742 (quando chegou com uma esquadra de seis naus e 2 mil soldados), foram notáveis - sobretudo o primeiro, quando venceu os árabes por três vezes e ganhou a cidade de Pot-Patane e a ilha de Zumba - do ponto de vista da administração publica, por ter restabelecido a ordem económica e financeira do domínio, e ter dado à armada força suficiente para assegurar ao comércio português a livre passagem pelos mares orientais.

Diz dele Veríssimo Serrão,[1] que «foi o maior dos governantes do Oriente na primeira metade do Setecentos» (página 293).

«Mereceram-lhe especial interesse as praças do Norte, onde já então se fazia sentir a ameaça dos Maratas, pelo que restaurou as muralhas de Damão e de Diu. Graças ao almirante António de Figueiredo Dutra, foram os árabes vencidos em três encontros navais. Escreveu um relatório a propor meios para se atalhar os males e carências da Índia. No seu entender, deviam procurar-se boas relações com os potentados vizinhos, incluindo o Grão-Mogol e o xá da Pérsia, a quem enviou embaixadores com protestos de amizade».

O homem

Como homem de grandes interesses intelectuais, devem-se ressaltar suas relações com Jussieu, ao qual comunicou exemplares e descrições de plantas de Portugal e do ultramar; o seu suplemento, em francês, do Dictionnaire Historique de Moreri; a Tradução da Histoire de Charles XII de Voltaire e um Vocabulario dos indigenas de Madagascar.

Embora ligado pelo casamento à filha do conde da Ribeira Grande, à melhor nobreza do reino e da França, recebido com todas as honras pelo Duque de Orléans e por Luís XV de França, a Rainha viúva da Espanha e os príncipes de Rohan, seus parentes próximos, não gozava do favor de D. João V de Portugal, por questão de desconfiança pessoal, por acusações que lhe moveram, depois do primeiro governo da Índia, pelas relações mantidas com o Infante D. Manuel de Bragança, pela sua cultura «estrangeirada» e também sua dúvida pelas intrigas que lhe moveram os ofendidos pelo «Discurso Político».

Protegeu as fábricas que o conde seu avô estabeleceu apesar da decadência em que as achou. Na volta do seu governo de vice-rei na India, veio para a França- entre outros conhecimentos que aí adquiriu foi o principal o do estado de perfeição das Artes. Havendo-se recolhido ao reino em 1723, achou vedada sua entrada no Paço até 1736 - mas em tais 13 anos fez o maiores estudos na Economia Política, tomando todo o conhecimento do estado da Agricultura, das Artes e do Comércio.

«A primeira vez em que beijou a mão a El-Rei, apresentou um Discurso Político sobre os interesses do Reino, para mostrar que não estivera ocioso, ocupara aquele tempo em fazer-se útil à Patria. Entre outras inadvertências ou descuidos que lembrou, tocou largamente embora com moderação e prudência, no demasiado aumento do Clero secular e regular e na sua amontoada riqueza. O poder do clero escandalizado do conteudo dele, coadjuvado dos poderes da Superstição, do Fanatismo e da Ignorância, deu ao autor a denominação de falto de Religião.»

E de notar, entretanto, que mesmo durante o período em que não era recebido pelo Rei, respondia a consultas que lhe eram dirigidas pelo Conselho Ultramarino.

Casou com Ana Xavier de Rohan, filha de José Rodrigo da Câmara, 2° Conde da Ribeira Grande, e Constança Emilia de Rohan Soubise. Foram seus descendentes:

Francisco Xavier Rafael de Menezes, 6º Conde da Ericeira, 2º Marquês do Louriçal, senhor da Ericeira; 4º senhor de Ancião, 10º senhor do Louriçal.

Constança Xavier de Menezes, casada ca. 1740 com seu primo José Félix da Cunha Menezes, senhor do morgado de Paio Pires.

Henrique de Menezes (1727-1787) 7º Conde da Ericeira e 3º Marquês de Louriçal, senhor da Ericeira, 5º senhor de Ancião, 11º senhor do Louriçal.

José Vicente de Menezes

Joana de Menezes

Margarida Xavier de Menezes

Fernando de Menezes

Quando faleceu, o «Elogio de Luis Carlos Inácio Xavier de Menezes, 5° conde da Ericeira, 1° Marquês de Louriçal", impresso em Londres, foi redigido pelo académico Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro conde de Oeiras e Marquês de Pombal.

Ver também

Lista de governadores da Índia Portuguesa

Conde da Ericeira

Bibliografia

RELAÇAÕ, / E VERDADEIRAS NOTICIAS - das ultimas acçoens militares, ordenadas / PELO ILLUSTRIS. E EXCELLENTIS. SENHOR / D. LUIZ / DE MENEZES / MARQUEZ DO LOURIÇAL / VISO-REY, E CAPITAM GENERAL DA INDIA / E executadas por Manoel Soares Velho, General da Província / de Bardez / LISBOA / Com todas as licenças necessárias. / Anno de 1747. Autor desconhecido Descrição das acções militares que foram ordenadas pelo Vice-Rei daquele Estado no século XVIII. Revista da Marinha

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