Luiz da Silva Alves de Azambuja Suzano

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About Luiz da Silva Alves de Azambuja Suzano

Foi padrinho de batismo: Luiz Alvarez de Carvalho por procuração apresentada pelo Alferes Manoel Antunes Suzano.

Registro de batismo: "Brasil, Rio de Janeiro, Registros da Igreja Católica, 1616-1980," images, FamilySearch (https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939F-GJRC-3?cc=1719212&wc=M... : 20 May 2014), Rio de Janeiro > Nossa Senhora do Desterro > Batismos 1777, Maio-1811, Nov > image 194 of 522; paróquias Católicas ,Rio di Janeiro (Catholic Church parishes, Rio di Janeiro).
Agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo em 11/10/1848; Agraciado com o grau de Oficial da Ordem de Cristo em 4/3/1855. Um carioca injustamente esquecido pelos capixabas é Luiz da Silva Alves de Azambuja Suzano. O Dicionário Bibliográfico de Inocêncio Francisco da Silva, publicado em Lisboa, no ano de 1860, informa que ele nasceu a 20 de agosto de 1791. Suzano fez o curso de humanidades no Seminário de S. Joaquim, mas seus pais, lavradores, não lograram o intento de vê-lo um eclesiástico. Ao atingir os vinte anos, isto é, em 1811, ele obteve uma cadeira de gramática e língua latina, em Vitória, onde conseguiu, igualmente, fazer-se escriturário da Contadoria da Junta da Fazenda da província. Batalhador pela causa da independência brasileira, foi eleito secretário da Junta Provisória Provincial, cargo que ocupou por dois anos, passando a oficial da respectiva secretaria. Exerceu cargos de eleição popular: Juiz de Paz; Juiz de Órfãos e outros, que se diziam obrigatórios. Em 1836 foi nomeado, por decreto, Tesoureiro da Fazenda e após uma década, outro decreto promoveu-o a Inspetor da Tesouraria, cargo no qual se aposentou.

Nos quarenta e cinco anos de trabalho desenvolvido no serviço público, as horas que lhe sobraram foram aproveitadas em intensa atividade intelectual. Da sua vasta bagagem, notadamente de obras jurídicas, destacamos:

"Memória sobre o restabelecimento da província do Espírito Santo, oferecida ao doutor João Fortunato Ramos, deputado às cortes de Portugal". Bahia, 1821; "Regulamento interno das escolas primárias", publicado no Correio da Vitória, outubro de 1849; "Compêndio de Gramática Portuguesa para uso das escolas primárias", escrito em 1848, para ser adotado nas escolas espírito-santenses, por ordem do presidente da província, Luís Pedreira do Couto Ferraz. Escreveu, ainda: - Princípios de Aritimética Mercantil"; "Compêndio de Ortografia"; "Compêndio de Arte de Agricultura", em cujo frontispício os editores cariocas adulteraram-lhe o nome. Teve a mesma contrariedade repetida com a primeira edição do seu "Digesto Brasileiro", em três volumes, quando os editores Laemmert, com a intenção de despertarem maior interesse do público, omitiram-lhe o nome, imprimindo essa indicação: obra póstuma, de um antigo Desembargador do Porto, emigrado no Brasil. Na segunda edição, em 1854, aumentada e revista pelo autor, foi reparado o erro.

Azambuja Suzano fez diversas traduções de autores clássicos, algumas que deixou inéditas, como "Odes de Anacreonte"; "Apologético de Tertuliano" e "Episódios da Ilíada". O poema "Orlando Furioso", de Ariosto, que ele traduziu em prosa, em 1875 — diz Afonso Cláudio — "trabalho que nunca foi impresso, estava em poder de um de seus genros, inteiramente esquecido e desaproveitado". O Dicionário Bibliográfico Português informa, todavia, que essa tradução veio a lume em 1833, editada no Rio, em quatro volumes, na Tipografia de Miranda & Carneiro. Das suas composições literárias, acusa o registro bibliográfico o romance que escreveu em 1843: "Um roubo na Pavuna"; outro romance: "O Capitão Silvestre e Fr. Venoso, ou a plantação do café no Rio de Janeiro", vol. de 58 págs, editado pela Tip. Laemmert, em 1847, publicado também na Folhinha (mesmo ano), dos seus editores. Sátira à boçalidade dos lavradores, registro de costumes, essa composição constitui o primeiro romance brasileiro sobre a plantação do café que Frei Venoso e o Marquês do Lavradio se empenharam em difundir. Tal prioridade, arrancou a produção literária do olvido. Afonso d'E. Taunay dela se ocupou em sua "História do Café no Brasil" e em artigo no Jornal do Comércio, Carlos Stelfeld comenta-a no estudo "Os dois Velloso-; e Basílio de Magalhães teve a feliz idéia de a transcrever, integralmente, no livro "O Café", da Coleção Brasiliana.

Suzano publicou mais outro romance, de 63 pgs, na Laemmert, em 1858: "A baixa do Matias, ordenança do Conde dos Arcos, vice-rei do Rio de Janeiro", romance histórico e jurídico, o qual foi inserto nas Folhinhas da mesma editora, em 1859.

Grande trabalho às letras nacionais, merecedor de todos os aplausos, seria a publicação, num volume, pelo Instituto Nacional do Livro, ou por uma das nossas editoras cariocas, dos três romances de Azambuja Suzano. A exumação de um exemplar de "Um roubo na Pavuna", para cópia, talvez se conseguisse, com a ajuda de um bibliográfico da estirpe de Adir Guimarães.

Azambuja Suzano teve, no Espírito Santo, atividade destacada, não só no ministério, que exerceu por mais de meio século, como na advocacia e na política, tendo sido, também, deputado da 1a Assembléia Provincial. Em 1837, seu nome foi o mais votado para vice-presidente da província. A sua casa, que em 1856 situava-se acima do Cais Novo das Colunas, entre este e o Palácio do Governo (antigo Colégio dos Jesuítas), era freqüentada pelas pessoas mais gradas, a começar do Barão de Itapemirim, seu amigo, e do Desembargador Domingos Rodrigues Souto. O brilhante intelectual; cavalheiro de Cristo; oficial da Ordem Imperial da Rosa; versado no português, latim, grego, italiano e francês, não foi escolhido, em tempo oportuno, patrono de uma cadeira da Academia Espírito-Santense de Letras; não teve, ainda, o seu nome homenageado em nenhuma escola capixaba; ele que trocou a terra carioca para eleger a terra de Maria Ortiz a sua preferida e nela desempenhar 62 anos ininterruptos de um fecundo labor, desde a mocidade até a morte, ocorrida em Vitória, a 16 de agosto de 1873. Fonte: De Vasco Coutinho aos Contemporâneos Autor: Levy Rocha,1977 Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2015

"Nascido a 20 de agosto de 1791 no Rio de Janeiro, onde cursou as aulas do seminário de S. Joaquim com o intuito de ser padre, faleceu a 16 de agosto de 1873 na província do Espírito Santo, onde foi membro e secretário da junta provisória, antes de serem as províncias administradas por presidentes nomeados pelo governo geral. Foi professor de latim, inspetor da tesouraria, deputado provincial e ocupou ainda cargos, quer de eleição popular, quer de confiança do governo, desde 1811. Prestou importantes serviços à causa da independência, já correspondendo-se com os mais decididos patriotas do Rio de Janeiro, já se esforçando para que com toda calma se prestasse o juramento à mesma constituição, quando os ânimos se achavam na província exaltados e a tropa insubordinada. Obteve provisão para exercer a advocacia, em que representou brilhante papel, aplicando-se ao estudo da jurisprudência pátria, assim como à lingüística e às letras amenas, e escreveu várias obras, tanto originais como traduzidas do latim, do francês, do espanhol e do italiano, umas já publicadas e outras inéditas, mas conservadas por sua família. Era oficial da ordem da Rosa e cavaleiro da de Cristo. Suas obras são: – Memória sobre o restabelecimento da província do Espírito Santo, oferecida ao dr. João Fortunato Ramos, deputado às cortes de Portugal, Bahia, 1821. – Regulamento e código do processo criminal e policial. Rio de Janeiro, 1843. – Exemplário de libelos, extraído do de Caminha. Rio de Janeiro, 1843 — Foi publicado junto à Doutrina das ações de Correia Teles, em apêndice. – Digesto brasileiro ou extrato e comentário das ordenações e leis extravagantes, etc. Rio de Janeiro, 1845, 3 tomos 196, 197 e 174 pags. in-4o — Houve segunda edição, correta e acrescentada, em 1854; terceira com as ordenações e leis posteriores até o presente em 1866, todas em três tomos e no Rio de Janeiro. Na primeira o autor ocultou seu nome, declarando ser obra póstuma de um antigo desembargador do Porto, emigrado no Brasil, e por isso julgou-se o livro da lavra do desembargador Venâncio Bernardo de Uchoa, que depois de ter sido deputado às cortes emigrou para o Brasil e aqui morreu. Nas edições que se seguiram foi que declarou-se o autor. – Código das leis e regulamentos orfanológicos ou extrato e comentários das ordenações, leis, decretos, alvarás, avisos, regulamentos que dirigem o juízo dos órfãos e ausentes sobre sucessões, heranças, doações, inventários, tutorias, etc.; tudo em conformidade das reformas que se acabam de legislar. Obra necessária a todas as famílias e a todos aqueles que têm de pedir a juízo os seus direitos hereditários. Rio de Janeiro, 1847, 168 págs. in-4o — Houve outras edições: a terceira é de 1870, 274 págs. in-8o; a Quarta, melhorada, aumentada e de acordo com a legislação vigente pelo Dr. Manoel Godofredo de Alencastro Autran, é de 1884. – Repertório das leis, regulamentos e ordens da fazenda para servir de guia a todos os administradores, tesoureiros, coletores, juízes, empregados e oficiais de fazenda e a todas as pessoas que têm de receber ou contribuir ou agenciar negócios pelas repartições da fazenda nacional. Rio de Janeiro, 1853, 333 págs. in-4o. – Complemento do Repertório das leis de fazenda, seus regulamentos e ordens, relativos aos ministérios da fazenda, guerra e marinha pelos anos de 1852 a 1860. Obra necessária a todos os empregados em repartições públicas, etc. Rio de Janeiro, 1861, 188 págs. in-4o. – Guia do processo policial e criminal, novamente organizado pelo código, regulamento e reformas com todos os decretos, instruções e avisos que se têm publicado até o presente, etc. Rio de Janeiro, 1859, 376 págs. in-8o. – Compêndio de ortografia, extraído de vários autores para facilitar à mocidade o estudo desta parte da gramática. Rio de Janeiro, 1826, 57 págs. in-8o. – Compêndio ou arte de agricultura. Rio de Janeiro, 1834, in-8o. — Foi em parte publicado no Auxiliador da Indústria Nacional. – Selecta latini sermonis exemplaria et scriptoribus probatissimis ad christiane juventutis usum olim collecta. Tradução portuguesa. Rio de Janeiro, 1843, 328 págs. in-8o. – Silabário para ensinar a ler a língua portuguesa. Rio de Janeiro, 1848, 24 págs. in-8o. – Compêndio de gramática portuguesa para uso das escolas primárias, escrito em 1848 por ordem do Ilm. e Exm. sr. dr. Luís Pedreira do Couto Ferraz, presidente da província do Espírito Santo. Rio de Janeiro, 1851, 54 págs. in-8o. – Princípios de aritmética mercantil para se ensinarem nas escolas primárias. Rio de Janeiro, 1860, 93 págs. in-8o. – Regulamento interno das escolas primárias — Foi publicado no Correio da Vitória, 1849. – Orlando furioso: poema heróico de Ariosto, em que se continua o Orlando amoroso e a história do príncipe Rogério; traduzido do italiano. Rio de Janeiro, 1833, 4 vols. in-8o — a tradução é em prosa. – Um roubo na Pavuna: romance histórico. Rio de Janeiro, 1843, in-8o. – O capitão Silvestre e frei Veloso ou a plantação do café no Rio de Janeiro: romance brasileiro. Rio de Janeiro, 1847, 58 págs. in-16o — Saiu também na folhinha de Laemmert, 1848. – A baixa de Matias, ordenança do Conde dos Arcos, vice-rei do Rio de Janeiro: romance histórico-jurídico. Rio de Janeiro, 1858, 63 págs. in 16o — Saiu também na mesma folhinha. – Compêndio da história de Portugal; traduzido de Stella e Santeuil — Inédito. Estava pronto a entrar no prelo quando faleceu o tradutor. – Odes de Anacreonte, vertidas em português, seguidas da tradução francesa de Lafosse — Inédito. – Apologético de Tertuliano, traduzido — Idem. – Episódios da Ilíada, vertidos conforme a tradução italiana de Cesarotti — Idem." [Transcrito do Dicionário bibliográfico brasileiro, de Augusto Vitorino Alves Sacramento Blake, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1899, quinto volume, p. 465-7. Consultada a edição fac-similada do Conselho Federal de Cultura, Rio de Janeiro, 1970.]

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Luiz da Silva Alves de Azambuja Suzano's Timeline

1791
August 20, 1791
Freg. de Campo Grande, Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil
September 22, 1791
NS do Desterro - Campo Grande, Imagem 461-687, filme 1252865 Item 2, Rio de Janeiro, State of Rio de Janeiro, Brazil
1847
1847
Vitória, ES, Brazil
1849
1849
Vitória, ES, Brazil
1861
1861
Vitoria, Vitória, ES, Brazil
1873
August 16, 1873
Age 81
Vitoria, Vitória, ES, Brazil