Mário Cochrane de Alencar

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Mário Cochrane de Alencar

Birthdate:
Birthplace: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Death: December 08, 1925 (53)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Immediate Family:

Son of José de Alencar and Georgiana Augusta da Gama Cochrane
Husband of Helena Cochrane da Fonseca
Brother of Augusto Cochrane de Alencar; Elisa Cochrane de Alencar; Clarisse Cochrane de Alencar; Cecy Cochrane Alencar Pinto Alves and Adélia Cochrane de Alencar

Occupation: Escritor
Managed by: Private User
Last Updated:

About Mário Cochrane de Alencar

Mário Cochrane de Alencar (Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 1872 — Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1925) foi um advogado, poeta, jornalista, contista e romancista brasileiro. [Também conhecido na literatura por Mário C. de Alencar, ou simplesmente Mario Alencar. Filho de José de Alencar, foi membro da Academia Brasileira de Letras. Autor de folhetins, teve muito dos seus escritos em prosa e poesia dispersa entre jornais e revistas.

Utilizou-se de pseudônimos como Deina e John Alone em algumas publicações em periódicos. Colaborou com vários órgãos de imprensa do Rio de Janeiro/RJ, desde a adolescência, tais como: Almanaque Brasileiro Garnier, Brasilea (1917), Correio do Povo (1980); Gazeta de Notícias (1894); O Imparcial e A Imprensa (1900), Jornal do Commercio, O Mundo Literário, Renascença, Revista Brasileira (1895-1899), Revista da ABL e Revista da Língua Portuguesa, além de alguns periódicos paulistas. Ocupante da cadeira 21, foi eleito em 31 de outubro de 1905, na sucessão de José do Patrocínio.

Obras: 1888 Lágrimas; 1902 Versos; 1903 Ode cívica ao Brasil; 1906 Dicionário de rimas; 1910 Alguns escritos; 1912 O que tinha de ser; 1913 Se eu fosse político; 1914 A Semana; 1919 Catulo da Paixão Cearense: sertão em flor; 1920 Contos e impressões. Fonte da biografia: wikipedia


Capitu de verdade

Teria a mulher de José de Alencar traído seu marido com Machado de Assis?

(Revista Veja http://veja.abril.com.br/110899/p_138.html)

Capitu, a mulher com "olhos de ressaca", traiu ou não seu marido Bentinho? Mote do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, esse é o mais célebre enigma da literatura brasileira. Páginas e páginas de crítica já foram gastas na tentativa de esclarecê-lo. Aqueles que ficam com a resposta afirmativa aceitam as razões de Bentinho, que é o narrador do livro: seu filho não tem nada a ver com ele, mas é a cara de seu amigo Escobar. A semelhança seria a prova do adultério de Capitu. Em duas crônicas escritas na semana passada para um jornal paulista, o escritor Carlos Heitor Cony acrescentou lenha a essa fogueira. E que lenha! Segundo Cony, a traição do livro é baseada num episódio da vida do próprio Machado. Sua tese é de que o autor de Dom Casmurro cobiçou a mulher de um próximo, assim como o personagem Escobar, e com ela gerou um filho, que Cony identificou com as iniciais M. de A. "Eles tinham a mesma testa, o mesmo cabelo crespo e alguns tiques iguais", escreveu Cony, acrescentando que M. de A. sofria de epilepsia, como Machado. Desse modo, com uma única penada, ele não apenas teria resolvido o grande mistério de nossa literatura, como também exposto uma passagem escandalosa da vida do maior escritor brasileiro, um homem que primava pela discrição.

Nome aos bois – Para chegar a tais conclusões, Cony desenterrou fofocas quase esquecidas. Em seu primeiro texto, publicado na quarta-feira, ele disse ter recorrido a "crônicas daquele tempo". Citou como testemunhas o médico Afonso Mac-Dowell, que atendia vários acadêmicos, e o escritor Humberto de Campos. Mesmo utilizando o artifício das iniciais, ele dava a entender qual seria a identidade do tal filho misterioso: o diplomata Magalhães de Azeredo, pessoa a quem Machado dedicou uma amizade paternal. Mas num segundo texto, que foi publicado no sábado, Cony reconhece que sua fonte principal foi uma crônica do livro Diário Secreto, de Humberto de Campos (veja quadro). Cony diz que as iniciais podem não ser do diplomata, mas continua sustentando sua tese polêmica: o adultério de Dom Casmurro tem como fundamento experiências do próprio Machado de Assis. O que Cony não se atreveu a fazer foi dar o passo seguinte. Ou seja, dar nome aos bois e tornar ainda mais escabrosa toda essa história. Pois, se M. de A. não é Magalhães de Azeredo, só pode ser o escritor Mário de Alencar, filho do romancista José de Alencar e de Georgiana Cochrane. Em sua crônica, Humberto de Campos chega a escrever as iniciais do suposto marido traído: J. de A. Em outras palavras: dois dos principais literatos do século XIX teriam sido vértices de um triângulo amoroso. Se verdadeira a hipótese, não foi só no campo da literatura que o realismo de Machado deu cabo do romantismo de Alencar.

O relacionamento entre Mário de Alencar, autor de pouca notoriedade, e Machado de Assis realmente era próximo. "Mário, que não se dava bem com José de Alencar, até se referia a Machado como pai em suas cartas", lembra o escritor Antonio Olinto, conhecedor da vida de ambos. Como ninguém vai se dispor a fazer um teste de DNA nos restos mortais dos escritores, a insinuação de Humberto de Campos, cacifada por Cony, dificilmente será provada. De qualquer forma, não deixa de ser uma ironia que se levante uma suspeita dessas em relação a Machado de Assis, um escritor que dizia que jamais escreveriam uma boa biografia sua, "porque ninguém é mais reservado nessa matéria do que eu".

Humberto levantou a bola

(Trecho de crônica de Humberto de Campos, em que o autor insinua que Machado de Assis teve um caso com a mulher de José de Alencar)

Havia, realmente, nos dois, traços fisionômicos que corriam paralelos. E aquela afeição paternal de Machado de Assis, tão desconfiado nas suas amizades e, no entanto, tão ligado a M. de A., cuja presença na velhice não dispensava um só dia?

Meses depois, em uma das minhas visitas ao consultório de Afonso Mac-Dowell, meu médico e amigo, este me recebe exclamando:

– Se você chega dois minutos antes, encontraria aqui um colega seu, da Academia.

– Qual deles?

– O M... M. de A.

Sem a menor lembrança, no momento, das palavras de Goulart de Azevedo, falei-lhe do nervoso do M., o qual não saía à rua sem companhia de um ou dois filhos.

– Nervoso, só, não – atalhou o médico.

E com ares misteriosos:

– Eu lhe digo aqui com a devida reserva: o M. é epilético.

Essa informação pôs um raio de luz em minha dúvida. J. de A. jamais sofreu de epilepsia. Machado de Assis morreu dessa moléstia. Como explicar, pois, a epilepsia de M. de A.?

Mergulhei no oceano desse mistério, tateantes as mãos do meu pensamento. Dom Casmurro não será uma história verdadeira? Aquele amigo que trai o amigo, aquele filho que fica de uns amores clandestinos, não seriam páginas de uma autobiografia?

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Mário Cochrane de Alencar's Timeline

1872
January 30, 1872
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
January 30, 1872
Rio De Janeiro,,Rio De Janeiro,Brazil
1925
December 8, 1925
Age 53
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
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