Manoel João (II) d'Amorim

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Manoel João d'Amorim era sócio da firma comercial "Amorim Irmãos & Cia", sucessora de "Amorim & IrmÃos" fundada pelos seus tios, Antonio João d'Amorim, Manoel João d'Amorim, e seu pai, José João d'Amorim. Diretor da Associação Comercial Beneficente de Pernambuco. Irmão da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, assinando termo de entrada em 01.01.1878, e termo de profissão em 31.08.1878. Membro, Juiz da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos do Recife [145]. Vice-consul da Confederação Argentina. Presidente da Assembléia Geral da Companhia de Fiação e Tecidos de Algodão de Pernambuco, e seu Diretor ainda no ano de 1903, juntamente com o seu irmão José João d'Amorim Jr, e Thomas E. Comber, sita à rua Marquês de Olinda nº 6. Presidente da Associação Comercial de Pernambuco no período 1884-1885. Membro da Comissão de Colonização encarregada de opinar sôbre a melhor forma de estabelecerem-se núcleos coloniais em Pernambuco. Membro da Comissão criada em 29.04.1888 para a libertação de escravos do município, representando o bairro do Recife. Diretor Incorporador do Novo Banco de Pernambuco, sito à rua do Trapiche nº 34, com capital subscrito de 8.000:000$000 (oito mil contos de réis), dividido em ações de 200$000 (duzentos mil réis) cada uma, estando já capitalizados 4.000:000$000 (quatro mil contos de réis). O banco tinha por finalidade, auxiliar e desenvolver o crédito industrial e coletivo, abrangendo todas as operações industriais e comerciais. Faziam parte da Diretoria, os incorporadores, Luis Antonio de Siqueira, José Adolpho de Oliveira Lima, Antonio Fernandes Ribeiro, Thomas E. Comber, e o Visconde de Figueiredo. Incorporador da Companhia Agrícola Mercantil de Pernambuco, assumindo a presidência da Assembléia de Instalação por aclamação dos incorporadores presentes. A companhia destinava-se ao soerguimento e desenvolvimento da indústria e conexas, com capital subscrito de 2.500:000$000 (dois mil e quinhentos contos de réis), dividido em 12.500 ações de 200$000 (duzentos mil réis) cada uma. Esta assembléia aprovou os pareceres dos senhores Adolpho Cordeiro, Agostinho José da Costa e Eugenio Cardoso Ayres que avaliaram os seguintes bens, transferidos à Companhia: usinas Carassú, Trapiche e Bandeira, em 1.300:000$000 (um mil e trezentos contos de réis); engenhos Anjo e Jassirú, em Serinhãem, e Trapiche e São Francisco em Ipojuca, por 302:829$520 (trezentos e dois contos, oitocentos vinte nove mil quinhentos e vinte réis). Aprovados os estatutos, foi eleita a diretoria que ficou assim constituida: Manoel João d'Amorim, Antonio Fernandes Ribeiro, Dr. Felisbino de Mendonça Vasconcellos, José Maria Carneiro da Cunha, e José da Silva Loyo Jr. Os incorporadores da companhia eram: Amorim Irmãos & Cia, Antonio Fernandes Ribeiro, Manoel João d'Amorim, José João d'Amorim Jr, Francisco de A. Cardoso, Francisco de Paula Marques d'Amorim, e José Maria Carneiro da Cunha. Membro da Comissão Arbitral da Associação Comercial Beneficente de Pernambuco. Diretor Administrador do Banco de Crédito Real de Pernambuco juntamente com Luis Duprat e Manoel Medeiros. Em 15.06.1891 o Diário de Pernambuco publica o Balancete realizado em 30.05.1891 e em 17.06.1891 a chamada para os acionistas receberem os 6º/9º dividendos no valor de 2:435$000 (dois contos quatrocentos trinta e cinco mil réis) havendo o banco na conta "Lucros Suspensos" a quantia de 19:418$774 (dezenove contos quatrocentos dezoito mil setecentos setenta e quatro réis). Diretor da Companhia Pernambucana de Navegação Costeira a Vapor. Em 1890 fez doação à Prefeitura Municipal do Recife de parte de uma área de terreno alagados para a construção de um parque que após inaugurado recebeu o nome de "Parque Amorim", localizado na atual Av. Agamenon Magalhães, no trecho compreendido entre a rua Fernandes Vieira e a Av. Ruy Barbosa, onde localizava-se a sua casa residencial edificada num extenso terreno com frente para a Av. Ruy Barbosa e fundo para a rua Joaquim Nabuco, área hoje ocupada pela Secretaria de Justiça do Estado, Companhia do Saneamento do Estado (COMPESA) e Grupo Escolar Barbosa Lima Sobrinho. Seu falecimento ocorreu aos 03.10.1910 por "Arterio esclerose", atestado do Dr. Silva Ferreira sendo sepultado no Cemitério Público de Santo Amaro (Lv.10, fl.176v, reg.578 Cartório da 6ª Zona Judiciária das Graças).