Matching family tree profiles for Maria Flora Ribeiro de Andrada
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About Maria Flora Ribeiro de Andrada
Dona Maria Flora Ribeiro de Andrada - Segundo o recenseamento de Santos, do ano de 1765, Bonifácio José de Andrada tinha, nesse ano, os três seguintes filhos: 1º) Patrício, com 5 anos; 2º) José, com 2 anos e 3º) Maria, com 1 ano.
Pelos dados referentes aos dois primeiros, verifica-se logo que o recenseamento está exatíssimo, porquanto o padre Patrício nasceu, de fato, em 1760 e José Bonifácio, em 1763, conforme os documentos oficiais autênticos que mencionamos nesta obra. De dona Maria Flora não conseguimos a certidão de idade, por não existirem mais os livros respectivos, mas não é de crer que só em relação a ela o recenseamento que falou a verdade quanto a seus irmãos mais velhos, cometesse uma inadmissível inexatidão.
Tinha ela, em 31 de dezembro de 1765, um ano de idade; logo, nascera em 1764, e que ela era o terceiro rebento do casal é o que não resta dúvida alguma, diante do que diz o recenseamento em questão, que apenas registra a existência desses três filhos.
É certo que do assentamento de seu óbito consta que ela morreu com mais de 81 anos (quer dizer: cerca de 82); nesse caso, teria nascido em 1769, o que é absolutamente inaceitável, pois nesse ano exatamente nascia seu irmão Bonifácio, como se verificará do documento citado mais para diante.
O que pudemos observar, através dos vários recenseamentos que examinamos, é que, à proporção que avançava em idade e o seu estado de celibatismo se prolongava, d. Maria Flora, pagando um natural tributo à sua justa vaidade de mulher, diminuía certo número de anos na contagem do tempo transcorrido. Quando chegou à velhice, já estava habituada a esse desconto.
Funções que ocupou
Nascida, pois, em 1764, a ilustre senhora residiu sempre em Santos, em companhia de sua carinhosa e veneranda progenitora (N.E.: na verdade, genitora, mãe), enquanto esta viveu, e depois em companhia dos irmãos que lá se achavam, até que os acontecimentos políticos da Independência obrigaram-na a fixar-se na Corte, por ter sido chamada a desempenhar as altas funções de camareira-mor da primeira imperatriz do Brasil [101].
Após a queda política e expulsão dos Andradas, tendo solicitado e obtido exoneração de seu honroso cargo, transferiu-se de novo para sua terra, onde residiu definitivamente.
Serviços à sua terra natal
Aí, além de vários atos de beneficência privada, que praticou magnanimamente, ajudou a fundar, com outras senhoras da alta roda social daquele tempo, e a prestigiosa cooperação de cavalheiros estimáveis e igualmente generosos, a Sociedade Philantrópica Santista, de que já nos ocupamos, e na qual exerceu desveladamente as funções de suplente da promotora.
A sua polida educação moral e inteligência de quilate fino deram grande brilho e realce à agitada Corte do primeiro Império. A imperatriz d. Leopoldina votava-lhe a mais tocante afeição.
Falecimento
D. Maria Flora faleceu solteira, de um insulto apoplético, a 22 de julho de 1851, contando mais de 81 anos de idade, segundo o assentamento constante do Livro Parochial [102], mas na realidade tinha 87 anos de acordo com o que há pouco dissemos. Foi sepultada no cemitério público de sua terra natal [103], pois, desde 1850, em virtude do Aviso do ministro do Império, de 16 de março desse ano, estavam proibidos os enterramentos nos templos e fora aberto o cemitério do Paquetá.
Maria Flora Ribeiro de Andrada's Timeline
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Santos, São Paulo, Brasil (Brazil)
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Santos, São Paulo, Brasil (Brazil)
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