Maria Joaquina Ribeiro de Góes e Lara

Houve uma sua irmã, também chamada Maria, que foi sepultada em 18.03.1762. Então, restou a dúvida. Qual Maria foi batizada em 01.07.1758?

Maria Joaquina de Góes e Lara, QUE PODE TER SIDO batizada em 01.07.1758, na Capela da Laje, filial da Matriz da Vila de São José, pelo Capelão Jacinto Teixeira da Cunha, tendo como padrinho Antônio Marques de Moraes, e era coadjutor o Padre José Barbosa Pereira (folha 117, livro 07, caixa 03, São José, documento do Arquivo Eclesiástico da Diocese de São João del Rei). Ela foi casada com Luís Ribeiro da Silva. Verificamos, também, que ela tem seu inventário iniciado em 13.12.1824, na vila de São João del Rei, comarca do Rio das Mortes. Este inventário está no Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN, em São João del Rei, na caixa 134, e nele há cópia do seu testamento, que foi aberto em 31.08.1824, em São João del Rei. Foi inventariante o seu filho Antônio Ribeiro da Silva. No seu testamento feito em 17.05.1824, ela declarou que era filha legítima do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e de Ana Maria Bernardes, já falecidos naquela data, e que era natural da Freguesia de Santo Antônio, da Vila de São José, bispado de Mariana. Declarou também que foi casada com o Alferes Luís Ribeiro da Silva, já falecido naquela data, de cujo matrimônio tiveram 3 filhos: Antônio Ribeiro da Silva, Joaquim Ribeiro da Silva e Maria Bernardes da Silva, casada com Cândido Hermenegildo Branquinho, todos seus legítimos herdeiros. Ela nomeou seus testamenteiros: em primeiro lugar o seu filho, o guarda-mor Antônio Ribeiro da Silva, em segundo lugar o seu filho, Joaquim Ribeiro da Silva, e em terceiro lugar o seu genro, Cândido Hermenegildo Branquinho. Ela era moradora na "paragem" chamada "Rio Acima". O seu genro alferes Cândido Hermenegildo Branquinho, nomeado seu testamenteiro em terceiro lugar, tem seu testamento, do ano de 1857, no Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN, em São João del Rei, caixa 15, tendo como testamenteira a viúva Maria Bernardes de Silva. Neste testamento, ele declara que era filho legítimo de José Joaquim Gomes Branquinho e de Maria Victória dos Reis, já falecidos naquela época, natural da freguesia de Lavras, e que fora casado com Maria Bernardes da Silva há cerca de 32 anos, de cujo matrimônio não teve filhos. Na falta de herdeiros necessários, instituiu sua herdeira universal a sua mulher e, na falta dela, a suas sobrinhas legítimas. Ele nomeou seus testamenteiros: em primeiro lugar a sua mulher, Maria Bernardes da Silva, em segundo lugar Alexandre Firmino dos Reis e em terceiro lugar José Joaquim dos Reis. O testamento foi feito em São João del Rei, em 03.01.1851, e teve um adendo, "em tempo", de 04.01.1851. A aprovação foi na data de 04.01.1851. A abertura foi em 11.10.1857 e o testamento foi apresentado na Fazenda do Rio Acima, lugar em que faleceu o testador. Há no processo comprovante das despesas do funeral do testador, de 11.10.1857, pagas pela viúva.

No citado Escritório Técnico do IPHAN, com a referência caixa 253, há o inventário de Luís Ribeiro da Silva, iniciado em 15.04.1817, na Vila de São João del Rei, Comarca do Rio das Mortes. Os filhos, herdeiros, são os mesmos citados no inventário de Maria Joaquina de Góes e Lara. Ainda no mesmo Escritório Técnico do IPHAN, com a referência caixa 124, há o testamento com que faleceu o Guarda-mor Antônio Ribeiro da Silva, onde ele se declara filho legítimo do Alferes Luiz Ribeiro da Silva e de Maria Joaquina de Góes e Lara, ambos já falecidos naquela época. Declarou que era natural e batizado na Aplicação de São Gonçalo do Brumado e que era morador na Aplicação da Freguesia de Santa Rita do Rio Abaixo, Termo da Vila de São José (Tiradentes, MG). Nomeou seus testamenteiros: em primeiro lugar sua esposa Constância Cândida de Jesus e seu filho Damazo Ribeiro da Silva, unidos em um só corpo; em segundo, seu genro Geraldo Ribeiro de Resende; e em terceiro, seu compadre Flávio José da Silva. Ele declarou que era casado, em face da Igreja, com Constância Cândida de Jesus, de cujo matrimônio teve os filhos Luís Ribeiro da Silva, Francisco Ribeiro da Silva, e Damazo Ribeiro da Silva, que estavam vivos. Declarou ainda que, antes de seu casamento, tivera com a mesma sua esposa o filho de nome Antônio. Declarou que teve dois filhos com Beralda, mulher solteira que morava na Fazenda do Escovão: Miguel Ribeiro da Silva, que estava casado e residia na Freguesia de Santa Rita, e Norberta, que morava para os lados da Campanha. Declarou a existência de uma outra filha, Ana Cândida de Jesus, já falecida e que teve dois filhos (Antônio e Geraldo) e que havia sido casada com Geraldo Ribeiro de Resende. Declarou que seu filho Antônio, já falecido, tinha dois filhos: Francisco e Luís. O testamento foi feito em 03.12.1857, no sítio do Mato Dentro. A abertura do testamento foi feita em 21.08.1863 perante o Pároco Padre Chrispiniano Antônio dos Santos, depois de apresentado por Antônio Rodrigues de Almeida.

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