Joaquim Pinto de Góes e Lara

    O SARGENTO-MOR JOAQUIM PINTO DE GÓES E LARA era pai do Capitão Antônio Pinto de Góes e Lara e filho do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e de Anna Maria Bernardes de Góes.

    Ele nasceu e foi batizado na Freguesia de Santo Antônio, da Vila de São José, Minas (atual Tiradentes, MG), no ano de 1760, foi morador na Aplicação da Laje, na Fazenda do "Ribeirão de Santo Antônio" e faleceu, com testamento, em fevereiro de 1835 (o testamento foi aberto em 24.02.1835). Não deu para ver o dia do falecimento, porque o processo de inventário está danificado, no lugar onde estaria esta informação. Sobre o seu assento de batismo há informação abaixo.

    Seu testamento está no Arquivo Histórico do Escritório Técnico do IPHAN, em São João del Rei, na caixa 71. Ele nomeou seus testamenteiros: em primeiro lugar os seus filhos, Antônio Pinto de Lara e Francisco Pinto de Lara, juntos (unidos num só corpo); em segundo, o seu filho Felisberto Pinto; e em terceiro, o Alferes José Jacinto Rodrigues Lara. Ele declarou que era filho do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e de Anna Maria Bernardes.

    Ele foi Capitão da Ordenança do Distrito da Capela de São Sebastião, Termo de São José, Comarca do Rio das Mortes, e fez requerimento solicitando a permissão para construir seu próprio celeiro, para guardar os produtos de suas lavouras (conforme verificamos em documentos do Arquivo Público Mineiro).

    Há o seu inventário no Escritório Técnico citado acima (inventário, caixa 596).

    Joaquim Pinto de Góes e Lara e seu irmão João Pinto de Góes e Lara estão no processo "De Genere et Moribus", que obrigatoriamente teria que fazer um seu outro irmão, o Padre Francisco Pinto de Góes e Lara, antes de receber o presbiterato. Neste processo, que é um documento do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana - AEAM, há a transcrição do registro de batismo de Joaquim (folha 886 do 1º livro de batizados), registro que foi feito quando Bento Cortês de Toledo era vigário encomendado da Vila de São José e coadjutor o Padre José Barbosa Pereira. O seu batismo foi realizado em 18.08.1760 na Capela de Nossa Senhora da Conceição de Mato Dentro, de Pedro Bernardes Caminha (já falecido naquela época), filial da Matriz da Vila de São José, pelo Capelão da Laje Padre Antônio Gonçalves dos Santos. Foram seus padrinhos Luís Cardoso Osório e Ana Maria, solteira, filha de Manoel de Araújo de Sampaio. Este assento está também no livro 07, caixa 03, folha 186, do Arquivo Eclesiástico da Diocese de São João del Rei.

    No processo "De Genere et Moribus" do seu filho, o Padre Damaso, consta cópia do seu registro de casamento (de um livro da vara da comarca, folha 199): Em 27.11.1780, pelo meio dia, na Capela da Laje, filial da matriz de São José, feitas as denunciações canônicas sem se descobrir impedimento algum, com provisão do muito reverendo vigário da vara da Comarca do Rio das Mortes, o Doutor José Batista da Silva, de licença do reverendo vigário da Freguesia de São José, Carlos Correa de Toledo e Melo, em presença do Padre José Bernardes Caminha e das testemunhas Padre Carlos Correa de Toledo e Melo e João Tomás Ribeiro de Miranda, com as palavras de presente e em face da igreja, casaram-se Joaquim Pinto de Góis, filho legítimo do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e de dona Anna Maria Bernardes, natural, batizado e morador na dita freguesia, e Ana de Almeida e Silva, filha legítima do Alferes Antônio Ribeiro da Silva e de dona Antônia Maria de Almeida, natural da freguesia e vila de São João del Rei, e logo receberam as bênçãos nupciais. Este Padre Carlos Correa de Toledo e Melo, vigário e testemunha do casamento, foi um dos inconfidentes.

    Ana teve pelo menos 5 irmãos: Manoel, Miguel, José, Barnabé e Luís.

    Ana de Almeida e Silva faleceu em 14.05.1830.