Martin Welter

Capela do Santíssimo RosárioY

Veleiro Cacilie

GEDCOM Note

Jacob Welter, a esposa Helena Blasius e os filhos Martin, Catharina, João, Barbara e Elisabeth, partem de Klüsserath, vale do Mosel, localizado no Trier Saarland-antiga Renânia-atual Alemanha; subindo pelo Rio Mosel até o Rio Reno e deste seguindo pelo Rio Weser até o porto de Bremen. Aguardando o embarque, ficaram na hospedaria-estalagem "Vor dem Bunten Thore", partindo para o Brasil, no veleiro Cäcilie em 06 de janeiro de 1827. Na viagem sofreram um quase naufrágio, durante uma tempestade, onde o Canal do Mancha se encontra com o Oceano Atlântico, o veleiro perdeu os três mastros. Conta a tradução oral que o marceneiro Philip Schmitz, chamado de "o grande", com a ajuda dos outros imigrantes teve a ideia de cortar os mastros na intenção de estabilizar a embarcação. O veleiro ficou vagando sem rumo durante dias até ser avistado pelo navio inglês Plower Packet e rebocado para o porto de Falmouth, na Inglaterra. Lá permaneceram durante um ano e onze meses. Em 10 de dezembro de 1828, partem de Falmouth no veleiro James Laing rumo ao Brasil. Chegam no Rio de Janeiro em 08 de fevereiro de 1829, aguardando à bordo até 19 de fevereiro de 1829 a autorização para o desembarque. No Rio de Janeiro, os Welter ficaram alojados em galpões - local que era um depósito de pescado, que foi organizado para servir temporariamente como hospedaria para os imigrantes- chamado de " Armação da Praia Grande ", situava-se na Ponta da Areia, em São Domingos, distrito da Villa Real da Praia Grande ( atual Niterói ). Partiram do Rio de Janeiro em direção ao Sul no Brigue-escuna Florinda em 10 de abril de 1829. Desembarcando em Porto Alegre aos 14 de maio de 1829. Ficaram alojados, no prédio do Arsenal da Guerra (localizava-se onde hoje é as proximidades da Usina do Gasômetro). Para São Leopoldo, o transporte era feito em lanchões à remo, pelo Rio dos Sinos chegam em São Leopoldo aos 22 de maio de 1829. Em carretas, chegam a Feitoria do Linho-Cânhamo, onde ficaram alojados até o recebimento do lote de terras. Durante os dias de estadia na hospedaria, uma vida cotidiana marcou a trajetória dos antepassados Welter que ali passaram. Mais que um espaço para aguardar até a rota final desta longa jornada iniciada em 1827, " presenciou" importante registro na história da colonização no Brasil. Lá " /.../ entrecruzaram-se sonhos, angústias, expectativas. Em seus pátios, corredores, dormitórios e refeitórios, no acervo documental está inscrita a memória da imigração /.../. "

De São Leopoldo, seguem pelo Rio Cai e deste até o Rio Cadeia para a Picada Capela do Rosário, na Linha Hortencio ou Portugieserschneis, região de São José do Hortêncio ( o nome é proveniente do padroeiro São José e em homenagem ao Sr. Hortencio, que tinha suas terras localizada na via de acesso pelos colonizadores ) para os lotes de terra, na Linha Nova ou Neuschneis: Lote 30 e 31, no sentido Norte-Sul, encrustrada entre vales e serras e coberta por espessa mata. ( anos depois Jacob Welter transferiu para o seu filho - sendo o proprietário - Martin Welter ). Subiram a Serra e desbravaram picadas, movidos pelo trabalho e religiosidade, deixando para trás o mundo em que viviam em Klüsserath até 1827, iniciando um novo ciclo em suas vidas a partir de 1829.

GEDCOM Note

Primeiro filho dos genearca Jacob Welter e Helena Blasius, emigrou para o Brasil, junto com os pais e irmãos em 1827. Estabeleceu-se na Linha Nova e casou-se com Catharina. Morou no lote 30-31 com a esposa e filhos e posteriormente adquiriu o lote 24 oeste. Tiveram 10 filhos.