Pedro da Cunha Beltrão

Is your surname da Cunha Beltrão?

Research the da Cunha Beltrão family

Pedro da Cunha Beltrão's Geni Profile

Share your family tree and photos with the people you know and love

  • Build your family tree online
  • Share photos and videos
  • Smart Matching™ technology
  • Free!

Pedro da Cunha Beltrão

Birthdate:
Birthplace: Pernambuco, Brasil (Brazil)
Death: April 23, 1928 (75-84)
Recife, Pernambuco, Brasil (Brazil)
Immediate Family:

Son of João Antônio de Sousa Beltrão de Araújo Pereira and Isabel Beltrão de Araújo Pereira
Husband of Maria do Carmo da Silva Beltrão
Father of Jahel Beltrão dos Santos Dias and Luísa Beltrão dos Santos Dias
Brother of João da Cunha Beltrão and Antônio de Arruda Beltrão

Occupation: Dembargador
Managed by: Leonardo Costa
Last Updated:

About Pedro da Cunha Beltrão

“Em Recife, faleceu segunda-feira ultima, o desembargador Pedro da Cunha Beltrão, filho do Dr. João Antônio Beltrão de Araújo Pereira e de dona Isabel Beltrão de Araújo Pereira.

Depois de um curso brilhante, defendeu tese para obter grau de doutor, tendo sido a sua tese aprovada com distinção e louvor.

Eleito deputado geral em 1878, pela Província de Pernambuco, com isso o Dr. Pedro da Cunha Beltrão iniciava a sua vida política. Por mais duas legislaturas veio ele à Câmara sendo em uma delas o único deputado liberal que conseguiu ser eleito e reconhecido. Na sua passagem pela Câmara os anais estão cheios de discursos e trabalhos em prol do seu Estado e benefício do país.

No auge da campanha abolicionista e muito antes da Lei Áurea Pedro Beltrão dava liberdade a todos seus escravos conseguindo que todos de sua família seguissem o seu exemplo e assinassem documentos em que dariam todo seu apoio às suas idéias. Em 1882 foi nomeado Presidente do Estado da Paraíba, tendo de tal modo sido a sua gestão presidencial que terminando o seu governo foi nomeado para Presidente do Maranhão, onde naquela época reinava grande divergência entre os partidos dominantes.

Terminada a monarquia deixou por completo a vida política não aceitando por diversas vezes convites do marechal Deodoro da Fonseca, que os fez por intermédio do marechal Hermes da Fonseca, capitão naquela época.

Dedicou-se a advocacia, exercendo-a por muitos anos. Alguns anos depois transferiu sua residencia para Recife. Foi nomeado juiz de direito da comarca de Igarassu, depois de Palmares, Jaboatão, e ultimamente foi convidado pelo Dr. Sérgio Loreto para uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça do Estado.

Do seu consorcio com D. Maria do Carmo Beltrão: dona Jahel Beltrão dos Santos Dias, casada com o agricultor André dos Santos Dias, e D. Luíza Beltrão dos Santos Dias, casada com o coronel Manoel Antônio dos Santos Dias, funcionário do Ministério da Agricultura. Deixa os seguintes netos: Dr. Pedro Manoel Beltrão dos Santos Dias, engenheiro civil André dos Santos Dias Filho, bacharelando em direito Cyro Beltrão dos Santos Dias, estudantes Joel, Paulo, Pedro e Manoel Antônio, e senhoritas Felonilla, Maria do Carmo e Beatriz Beltrão dos Santos Dias”.

FALLECIMENTOS, O Paiz, Rio de Janeiro, p. 5, 25 abr. 1928.


“Desembargador Pedro da Cunha Beltrão – Acaba de falecer em Recife (Pernambuco), o Desembargador Dr. Pedro da Cunha Beltrão, homem de grande cultura e mérito que, no passado regime, desde muito novo, se impusera, pelo seu valor, à atenção do País. Nascera naquele Estado em 1848, sendo seus pais o Dr. João Antônio de Souza Beltrão de Araújo Pereira e D. Isabel de Beltrão de Araújo Pereira. Ainda quase uma criança, concluiu os preparatórios necessários ao curso Jurídico, de modo que, para se matricular na Academia de Direito de Olinda, teve de conseguir o indispensável suplemento de idade.

O seu curso foi brilhantíssimo: em todos os exames obtivera aprovação distinta. Defendeu, então, tese, alcançando o grau de Doutor de Borla e Capelo. As suas provas para doutoramento constituirão um acontecimento social e científico da época: a tese foi aprovada com distinção e louvor e os estudantes da Faculdade, arrebatados pela eloquência do graduado, o conduziram, em préstito, pelas ruas da cidade. A política, que ele encarava pela sua acepção elevada, o seduzia e, ainda jovem, aos trinta anos de idade, era eleito Deputado Geral pela Província natal. Foi o segundo votado, sendo o primeiro o saudoso Dr. José Mariano que, então, também começava a sua notável carreira política. O desempenho que o dr. Pedro Beltrão deu ao seu mandato colocou-o em muito destaque. A sua erudição e os seus magníficos predicados de orador deram-lhe nomeada. Os Anais do Congresso registram suas vitórias parlamentares.

O povo de Pernambuco o enviou à Câmara por mais duas legislaturas, sendo que de uma, fora o único deputado liberal que conseguira ser eleito e reconhecido.

Em 1880 ele, José Manianno, Epaminondas de Mello, Souza Carvalho e Joaquim Tavora formaram a Dissidência liberal organizando nessa ocasião, o Partido Democrático de Pernambuco.

No auge da campanha abolicionista e muito antes de votada a ‘Lei Áurea’, deu ele liberdade a todos os seus escravos.

Em 1885, com 37 anos, foi nomeado Presidente da então Província da Paraíba e, em 1889, no Gabinete Ouro Preto, foi nomeado Presidente do Maranhão, com fim principal de resolver a crise política no seio do Partido Liberal, motivada pelas eleições que se iam realizar.

Deu cabal desempenho à árdua missão.

Proclamada a República, abandonou por completo e sinceramente a vida política, cortando a própria carreira, não tendo aceito o convite do Marechal Deodoro, feito por intermédio do então Capitão Hermes da Fonseca, para colaborar no seu governo.

Dedicou-se à advocacia conseguindo tornar-se um advogado de nota. Foi companheiro de escritório de Ouro Preto.

No governo do Desembargador Segismundo Gonçalves, por efeito de uma lei especial que restaurou a comarca de Igarassu, ingressou o Dr. Pedro da Cunha Beltrão na magistratura do Estado de Pernambuco na qualidade de Juiz de Direito da referida comarca.

De Igarassu foi removido para Palmares,, depois para Jaboatão, sendo no governo do Dr. Sérgio Loreto, nomeado para o Tribunal da Relação de Pernambuco.

Manteve, desde o seu afastamento da vida política, uma atitude de elegante discrição, mas de intransigente fidelidade a seus princípios. Teve numerosas oportunidades, algumas sedutoras, de adesismo. Não aproveitou nenhuma, dando provas de modelar pureza de caráter. Preferiu entrar modestamente para a magistratura estadual, interrompendo definitivamente a série de atos de brilho ostensivo que seu pendor lhe assegurava na política nacional! Mas honrou, como poucos, o arminho de sua toga, de erudito, de justo e de honesto.

Morre aos oitenta anos.

Do seu consórcio com D. Maria do Carmo da Silva Beltrão deixa duas filhas: D. Jahel Beltrão dos Santos Dias, casada com o Coronel André dos Santos Dias, e D. Luíza Beltrão dos Santos Dias, casada com o Coronel Manoel Antônio dos Santos Dias, e netos Pedro Beltrão dos Santos Dias, Manoel Beltrão dos Santos Dias, Filonilla Teresa Dias, André dos Santos Dias, Maria do Carmo Beltrão dos Santos Dias, Cyro Beltrão dos Santos Dias, Johel Beltrão dos Santos Dias, Beatriz Beltrão dos Santos Dias, Manoel Antônio dos Santos Dias Filho, Paulo Beltrão dos Santos Dias e Pedro da Cunha Beltrão dos Santos Dias.

Era primo irmão do Dr. Antônio Carlos de Arruda Beltrão e, em segundo grau, do Dr. Heitor da Nóbrega Beltrão, nosso prezado companheiro de redação, e irmão dos falecidos dr. Antônio de Arruda Beltrão e João da Cunha Beltrão”

FALLECIMENTOS, Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, p. 6, 23 e 24 abr 1928.

view all

Pedro da Cunha Beltrão's Timeline

1848
1848
Pernambuco, Brasil (Brazil)
1928
April 23, 1928
Age 80
Recife, Pernambuco, Brasil (Brazil)
????
????